Até o fim deste ano cerca de 700 agentes da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) vão se formar nos cursos de capacitação do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) e estarão aptos a compor a corporação. Desde 2014, nenhum curso era realizado pela instituição em função da crise econômica do Estado. A informação foi divulgada pelo direto-geral de ensino e Instrução da Secretaria de Estado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Coronel Lobasso, durante reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Polícia Militar da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). “Muitos cursos estavam parados quando assumimos a direção e já começamos a regularizar essa situação. Temos no CFAP por volta de 1.500 policiais cursando e vamos receber até o fim do ano os remanescentes dos concursos de 2014, que são cerca de 1.800 policiais e vão ingressar no curso. Provavelmente, no término do próximo ano eles já estarão prontos para trabalhar nas ruas”, projetou Lobasso.
O coronel também antecipou que até 2021 serão abertas mais 2 mil vagas de Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos (CAS). A formação é indispensável para a mudança de graduação, que abre caminho para promoções. Segundo o diretor, cerca de 10 mil praças estão aptos a realizar a prova para o CAS, sendo que 40% das vagas vão ser destinadas aos policiais mais antigos e 60% serão preenchidas por prova. Ele também reforçou que essas capacitações deveriam ser realizadas anualmente.
PROMOÇÃO DE PRAÇAS: Outra questão levantada na audiência foi a proposta apresentada pelo presidente da Frente Parlamentar, deputado Renato Zaca (PSL), de alteração no decreto que regulamenta a promoção de praças por tempo de serviço. A ideia do parlamentar é garantir que os segundos-sargentos que já tenham 20 anos de serviço sejam promovidos a primeiro-sargento independente do CAS. Caso o agente faça o curso, ele poderá ser promovido a subtenente a partir de 25 anos de polícia. “Já enviamos essa indicação ao governador Wilson Witzel e estamos lutando por essa alteração. Temos uma quantidade grande de segundos-sargentos aptos a serem promovidos à graduação de primeiro-sargento, mas por não terem o curso ficam estagnados na carreira. A audiência foi muito produtiva porque conseguimos tirar dúvidas em relação a muitas questões”, destacou o parlamentar. A limitação da idade na progressão funcional da carreira na área administrativa da instituição também levantou críticas durante a reunião. De acordo com o decreto, o oficial só pode fazer o curso até os 44 anos. “Há uma preocupação do Governo do Estado muito grande na manutenção da carreira desse profissional precocemente, mas esse limitador no acesso à progressão salarial dificulta esse agente a querer ficar na ativa. Se houvesse uma mudança nessa questão seria possível manter esse agente, que está em condições físicas, nas ruas por mais tempo”, justificou o coronel Bombeiro Militar da Reserva, Adilson Libanio. As propostas foram ouvidas também pelo deputado Gil Viana (PSL), que esteve presente na reunião. Foto/Divulgação: Juliana Passos