
Painel de votação da CPMI do 8/1, antes do resultado. Foto/Divulgação: Edilson Rodrigues/Agencia Senado
Foram 20 votos a favor e 11 contra; documento aponta crimes contra 61 pessoas, como ex-ministros e ex-comandantes das Forças Armadas
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro aprovou por 20 votos a 11 o relatório final, em que recomenda o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 60 alvos, entre eles seis ex-ministros, comandantes das Forças Armadas, foi aprovado nesta 4ª feira (18.out). Houve uma abstenção.
A aprovação do documento marca o fim da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8/1 e representa mais uma derrota política para a oposição bolsonarista no Congresso.
São 26 crimes listados nas 1.333 páginas do relatório final, contra 61 alvos. O material e as provas serão encaminhados para o Ministério Público Federal e para outros órgãos competentes para abrir processos criminais e civeis e também administrativos, como os da Advocacia Geral da União.
O relatório final coloca Bolsonaro no centro de um plano para destituir o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desde o final de 2022, que culminou com a invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro, e as depredações.
Além dos pedidos de indiciamento, o relatório faz ainda o apontamento para aprofundamento de investigações, como no caso das jóias incorporadas pela família Bolsonaro, das falsificações de atestados de vacina da Covid-19, entre outros.
Há ainda outros nomes listados, como os financiadores dos protestos em rodovias e os envolvidos no caso das jóias da família Bolsonaros, com indícios de crimes associados. Mas o documento da relatora pede aprofundamento de investigações nesses casos.
Fonte: EBC/SBT