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Foto: Divulgação

Com foco em técnicas que evitam conflitos improdutivos, as técnicas da CNV apostam em abordagem transparente e objetiva

 

A não violência é um princípio que rege sociedades norteadas pela cultura da paz. Embora seja uma premissa básica da boa convivência, manter esse estado em sua forma ideal no dia a dia não é uma tarefa fácil. Nem tampouco feitiçaria. É metodologia.

Criado pelo pesquisador e escritor Marshall Rosenberg, o método CNV – Comunicação Não Violenta, difundido pelo seu livro homônimo, provocou uma mudança de mentalidade em universidades, povoados e até empresas nas últimas décadas ao alertar sobre situações que podem parecer corriqueiras mas são violentas – e por isso precisam de cuidado redobrado. Então, por que não reforçar as práticas desse método na vida amorosa?

A Comunicação Não Violenta baseia-se em quatro componentes: observação, sentimentos, necessidades e pedido. Para trazer uma visão desses elementos direcionada à vida a dois, o especialista em relacionamento Caio Bittencourt, do MeuPatrocínio, nos ajuda a decifrar pontos relevantes que a CNV aborda e que podem fazer muita diferença em qualquer estágio de uma relação afetiva.

No amor, o especialista garante que as dicas e técnicas da CNV são capazes de construir pontes e não muros, promovendo mudanças positivas e até resgatando casais de crises que parecem sem saída: “É muito importante construir confiança em um relacionamento, e isso envolve manter a transparência e a honestidade em todos os momentos”, alerta.

O especialista destaca 10 passos que são fundamentais rumo a um relacionamento confiante e saudável:

  • Não existe inimigo no ponto de vista não violento. Não se vê um inimigo. O seu pensamento deve estar focado nas suas atitudes e voltado para entender as suas necessidades.
  • A sua intenção não é fazer a outra parte sofrer; a violência começa quando acreditamos que as outras pessoas nos causam sofrimento e, por isso, merecem ser punidas.
  • Procure os valores que vocês partilham e os desafios que ambos enfrentam; pode ser que haja muito mais coisas em comum entre os sentimentos de vocês do que ambos pensam.
  • Antes de uma conversa franca, tente definir as suas necessidades, nomeie-as; veja se essa necessidade só você pode satisfazer, ou se é realmente um pedido para fazer a alguém.
  • Perceba como você se sente por não satisfazer essa necessidade; sentimentos como a culpa, o medo e a vergonha não são a motivação adequada para que a outra pessoa faça o que nós gostaríamos.
  • Sempre – e isso é um exercício constante – aprenda a separar fatos e opiniões, observando sem julgar ou culpar mas, sim, verificando atentamente o que está acontecendo.
  • É muito importante não dizer nada nas entrelinhas, indiretas são violentas; o sarcasmo é ainda pior.
  • Evite palavras genéricas e dramáticas como “sempre”, “nunca”, “jamais” ou rótulos como “você é assim”; prefira definir o fato ocorrido, descreva o erro e não a pessoa que errou.
  • Lembre-se de que o outro não é responsável pelos seus sentimentos, por isso afirmações como “Sinto isto porque alguém…” ou “Alguém me faz sentir assim” não são úteis para mudar as coisas.
  • Para ajudar objetivamente no dia a dia da relação, concentre-se em uma lista do que fazer e do que não fazer.

“É importante saber que nem todos os dias serão perfeitos, o casal deve trabalhar junto para superar os obstáculos”, finaliza Caio.

 

Fonte: MeuPatrocínio

 

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