Pediatra Claudio Ortega destaca baixa cobertura vacinal contra varicela e cuidados específicos que podem ajudar na prevenção de polinoses e doenças virais
A primavera, que começa dia 22 de setembro, marca o aumento de doenças sazonais entre as crianças, como a varicela, rubéola e as chamadas polinoses — rinites, conjuntivites e asma. Segundo o pediatra Claudio Ortega, de Niterói, a prevenção dessas doenças começa com a imunização correta e a adoção de medidas que minimizem o contato com alérgenos.
Vacinação é fundamental para prevenir varicela e rubéola
“A rubéola e a varicela, por exemplo, são doenças preveníveis com vacinas eficazes, desde que aplicadas no período correto”, explica o especialista. Dados recentes do Instituto Butantan mostram que a maioria dos municípios brasileiros não atingiu a meta de 95% de cobertura vacinal. E quando se trata de Niterói, a cobertura para a varicela, está em apenas 43,56%, enquanto a da tríplice viral, que protege contra rubéola, sarampo e caxumba, em 78,64%, segundo dados do DataSUS. “São percentuais preocupantes, já que a melhor forma de controlar essas doenças, principalmente em períodos de maior circulação, é aumentar cada vez mais a imunização”, alerta Ortega.
Ele também reforça a importância da segunda dose da vacina contra varicela, que atualmente é aplicada aos quatro anos. “A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que essa dose seja antecipada para os 15 meses, o que garantirá proteção mais rápida”, orienta o pediatra.
Alergias sazonais: rinites, conjuntivites e asma se intensificam na primavera
Além das doenças virais, as alergias sazonais ganham destaque nessa época do ano. Com o aumento da quantidade de pólen no ar, as crianças podem apresentar sintomas como espirros, coceira nos olhos e nariz, obstrução nasal e crises de asma. “As polinoses, como rinites e asma, são intensificadas pelo pólen, mas também podem ser provocadas por outros alérgenos como ácaros e poeira, que estão presentes o ano todo”, destaca Ortega.
Para prevenir essas alergias, o médico sugere medidas simples, como manter os ambientes bem ventilados e livres de poeira, além de evitar o acúmulo de objetos que podem reter ácaros, como cortinas e tapetes e bichos de pelúcia. “Também é importante lembrar que os pais devem buscar orientação médica para o controle adequado das alergias e, se necessário, fazer uso de medicamentos para alívio dos sintomas”, conclui.
Patrícia Santiago explica que ondas de calor são ainda mais perigosas para idosos, crianças e pessoas com condições médicas pré-existentes
Com a chegada dos dias de muito calor e previsão de uma primavera ainda mais quente, cuidar da alimentação torna-se uma prioridade para manter o bem-estar e a saúde física. A médica Patrícia Santiago compartilha dicas essenciais para enfrentar as ondas de calor que frequentemente antecedem a estação mais quente do ano.
Evite alimentos pesados e gordurosos: Alimentos ricos em gordura podem aumentar o desconforto durante as ondas de calor. “Reduza o consumo de frituras, alimentos processados e carnes gordurosas. Eles podem sobrecarregar o sistema digestivo e aumentar a sensação de calor”, aconselha Santiago.
Controle o consumo de sal: O sal em excesso pode levar à retenção de líquidos. “Evite alimentos muito salgados, como fast food e salgadinhos, e opte por temperos naturais para dar sabor às suas refeições”, recomenda a especialista.
Hidratação é a chave: A Dra. Patrícia Santiago enfatiza a importância da hidratação durante dias quentes, “A água é essencial para regular a temperatura corporal e garantir o funcionamento adequado do organismo. Beba água regularmente, mesmo se não estiver com sede, e evite bebidas açucaradas ou com cafeína, que podem causar desidratação”, acrescenta a médica.
Opte por alimentos leves: Durante o calor intenso, escolha refeições leves e de fácil digestão, “Frutas e vegetais frescos são excelentes escolhas, pois são ricos em água e nutrientes”, diz a profissional. Saladas, sanduíches com proteínas magras e pratos frios são opções ideais.
Aproveite os horários mais frescos: “Tente fazer refeições maiores durante as horas mais frescas do dia, como o café da manhã e o jantar. Isso ajuda a evitar o calor excessivo durante a digestão”, explica a Dra. Patrícia Santiago.
Lembrando que as ondas de calor podem afetar a todos, mas são especialmente perigosas para grupos vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com condições médicas pré-existentes. Portanto, seguir as orientações da Dra. Patrícia Santiago é fundamental para manter a saúde durante os dias quentes que antecedem o verão.
Patrícia é graduada em medicina pela Universidade Estadual do Amazonas desde 2013, com pós graduação em Nutrologia. Atua na área de emagrecimento e performance desde 2015 com ampla experiência no acompanhamento de pacientes bariátricas. No momento desenvolvendo a comunicação digital para pacientes com foco em reeducação alimentar, mudança de estilo de vida e alta performance.
O mês de setembro ficou marcado por dar visibilidade às questões ligadas à saúde mental. É nesse período que se inicia o “Setembro Amarelo”, uma campanha de conscientização e prevenção ao suicídio que, desde 2015 no Brasil,visa quebrar tabus, reduzir estigmas e estimular que as pessoas procurem e ofereçam ajuda.
Segundo estudo realizado pela Unicamp, 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso.
Na vanguarda dessa luta, a ViV Saúde Mental e Emocional, o maior grupo de saúde mental do Brasil e que cuida do paciente desde a consulta ambulatorial até a internação integral, destaca a necessidade de ir além do atendimento médico tradicional. É preciso buscar uma abordagem abrangente e colaborativa para tratamento e diagnóstico de distúrbios mentais.
O atendimento multidisciplinar, que envolve a sinergia entre profissionais de diferentes áreas, como psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais, terapeutasocupacionais e enfermeiros, promove um cuidado integral e personalizado que permite ajustes constantes no tratamento, adaptando-o conforme as necessidades que vão surgindo.
Nesse contexto, o autocuidado também ocupa um papel fundamental. Dar valor aos prazeres da vida como passear com seu cachorro, ir ao cinema, à praia ou até mesmo fazer um curso de pintura, pode ajudar os níveis de estresse e ansiedade.
“A saúde mental é tão essencial quanto a saúde física, e ambas requerem um cuidado atento e multidisciplinar. Quando unimos diferentes especialidades,conseguimos não apenas tratar, mas também prevenir e oferecer suporte integral a cada indivíduo. Nosso compromisso é ‘elevar a vida ao seu melhor’, proporcionando bem-estar em todos os aspectos”, ressalta Pedro Calandrino, CEO da ViV.
Sobre a ViV Saúde Mental e Emocional
A ViV Saúde Mental e Emocional é o maior grupo de saúde mental do Brasil, que oferece tratamento da baixa à alta complexidade e, cuidados personalizados com o propósito de melhorar a qualidade de vida de seus pacientes.
Presente em cinco estados do país (Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo) e com cinco instituições (Clínica da Gávea, Instituto São José, Vila Verde, Cadmo e Green House), a missão da ViV é elevar a vida ao seu melhor e integrar os lados físico, mental e social de cada paciente, com uma abordagem baseada no equilíbrio entre o científico e a sensibilidade humana. Busca ser reconhecida como uma rede de excelência assistencial para saúde mental e emocional, contribuindo para redução do estigma no Brasil.
Fonte: Carla de Azevedo, Carolina Motta, Fernanda Marques e Stefany Oliveira
Assessoria de Imprensa da ViV Saúde Mental e Emocional
Bairros de São Gonçalo receberem pulverização de inseticida
A Secretaria de Saúde e Defesa Civil da Prefeitura de São Gonçalo realiza, na próxima semana, pulverização de inseticida para o controle do mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya. O trabalho dos agentes da Vigilância em Saúde Ambiental é de prevenção e a população também deve fazer a sua parte, evitando qualquer acúmulo de água.
Para ajudar a ação das equipes e manter a casa longe dos vetores, é importante limpar calhas e ralos, tapar caixas d’água, colocar garrafas e recipientes com a boca para baixo, preencher os pratos de vasos de plantas com areia, manter lonas de materiais de construção e piscina sempre esticadas, guardar pneus velhos, manter tonéis e latões fechados. Vale lembrar que qualquer gota d’água pode se tornar criadouro do mosquito.
Os locais de aplicação são definidos pelo Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental com base nos casos notificados pelo setor de Vigilância Epidemiológica, que aponta os locais com maiores notificações da dengue. As ações acontecem em todos os dias úteis da semana, com exceção de feriados, pontos facultativos e dias chuvosos.
A Vigilância Ambiental mantém um trabalho de pronto-atendimento. Qualquer cidadão pode ligar para o setor e pedir uma visita nos casos de infestação de qualquer vetor. Os pedidos são atendidos, em média, em uma semana. Nesses casos, os agentes averiguam a denúncia e realizam a ação necessária para acabar com os vetores. As denúncias podem ser feitas pelo telefone da Vigilância Ambiental (21) 3195-5198, ramal 1008 ou da Coordenação de Vetores (21) 2604-6446.
Programação do controle das arboviroses:
Segunda-feira (9): Porto da Madama, Barracão, Lindo Parque, Santa Catarina e Palmeiras
Terça-feira (10): Porto Velho, Eliane, Ieda, Rocha, Vila Lage e Itaúna
Quarta-feira (11): Camarão, Porto Novo, Ipiíba, Estrela do Norte, Covanca e Porto do Rosa
Quinta-feira (12): Anaia Grande, Pacheco, São Miguel, Neves e Itaoca
Sexta-feira (13): Anaia Pequeno, Arrastão, Jardim Tiradentes, Lagoinha, Zé Garoto, Centro, Venda da Cruz e Mutuá
De acordo com o Ministério da Saúde, desde o início do ano, o Brasil já registrou mais de 830 casos confirmados ou prováveis de mpox, sendo que 61 deles precisaram de internamento. A doença foi declarada como emergência de saúde global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por conta da rápida circulação de uma nova variante, a cepa 1b, no continente africano e que tem diferentes meios de transmissão.
Os grupos de risco para as formas graves da enfermidade são crianças menores de 8 anos, gestantes e imunodeprimidos. Por isso, o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, esclarece as principais dúvidas sobre a doença.
O que é a mpox e como acontece a transmissão?
A mpox, anteriormente chamada de monkeypox ou varíola dos macacos, é uma doença de etiologia viral em que a transmissão acontece principalmente pelo contato próximo prolongado ou íntimo com a pessoa que está infectada ou com as lesões que surgem na pele em um período de até 21 dias. “Se compararmos com outros vírus pandêmicos como a COVID-19, por exemplo, a transmissibilidade da mpox é menor”, enfatiza o infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza, do Pequeno Príncipe.
Quais são os principais sintomas?
Após o contato com o vírus, os primeiros sintomas da doença se manifestam entre três e 16 dias. Os mais comuns são lesões na pele – todas com a mesma característica e local –, febre, ínguas, dores no corpo e de cabeça, fraqueza e até mesmo desidratação.
“A mpox pode ser grave se o paciente estiver com mais de cem lesões na pele associadas à confusão mental, sepse e insuficiência respiratória, o que pode causar comprometimento pulmonar, renal, no sistema nervoso central e até levar a óbito”, explica o infectologista.
Como é o diagnóstico e tratamento?
Em caso de suspeita, é fundamental buscar atendimento médico, pois o diagnóstico da doença é principalmente clínico, e o tratamento é feito com medicações para os sintomas que o paciente apresenta. “Além do tratamento sintomático, também se faz necessário o isolamento social para evitar a transmissão”, frisa Victor Horácio. O especialista reforça que a melhor maneira de se prevenir é não ter contato com qualquer pessoa que esteja com suspeita de mpox e sempre higienizar as mãos corretamente.
Existe vacina disponível contra a doença?
Sim! Atualmente existem duas vacinas contra o vírus e que são produzidas por dois laboratórios diferentes. Elas não estão disponíveis para comercialização, apenas para uso na rede pública e conforme indicação. “A vacinação em massa contra a mpox não é necessária nem recomendada, porque no momento a doença está sob controle e em observação. A indicação de aplicação dela é apenas para quem teve contato com algum caso confirmado da doença”, realça a médica e coordenadora do Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloisa Ihle Garcia Giamberardino.
Sobre o Pequeno Príncipe
Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do país, é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que oferece assistência hospitalar há mais de cem anos para crianças e adolescentes de todo o Brasil. É referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Com 369 leitos, incluídas as 76 UTIs, atende em 47 especialidades e áreas da pediatria, que contemplam diagnóstico e tratamento, com equipes multiprofissionais, e promove 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2023, realizou cerca de 228 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil cirurgias e 307 transplantes. E, pelo terceiro ano consecutivo, a instituição figura como o melhor hospital exclusivamente pediátrico da América Latina, de acordo com um ranking elaborado pela revista norte-americana Newsweek.
O neurocientista luso-brasileiro Dr. Fabiano de Abreu Agrela, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos e Biólogo pela Royal Society of Biology no Reino Unido, compartilha uma perspectiva crucial sobre o suicídio, um tema central do Setembro Amarelo. Para o Dr. Fabiano, é fundamental adotar uma abordagem mais empática e menos julgadora em relação a essa questão delicada. Ele ressalta: “O suicídio é o desfecho de uma depressão que perturba o instinto, a tomada de decisão e a capacidade de prevenção, resultando em uma ação súbita e incontrolável. Não deve, portanto, ser visto como fraqueza ou ser explicado de forma simplista.”
Dr. Fabiano expressa preocupação com a tendência comum de julgar ou culpar o entorno da pessoa ou a própria pessoa afetada, ignorando os complexos mecanismos neurobiológicos subjacentes ao suicídio. Ele destaca que a depressão associada ao suicídio envolve alterações significativas na neuroquímica e estrutura cerebral, especialmente nas áreas que regulam o humor, a tomada de decisão e o comportamento impulsivo. As disfunções no sistema serotonérgico, que regula o humor e a ansiedade, são frequentes, assim como a hiperatividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), que reage ao estresse. A inflamação neurogênica e a redução da neuroplasticidade no hipocampo e córtex pré-frontal também são características marcantes.
Estudos indicam que a predisposição genética ao suicídio, especialmente em contexto de depressão, pode ser influenciada por variações em genes que regulam neurotransmissores importantes como serotonina e dopamina. Genes como SLC6A4, relacionado ao transporte de serotonina, e BDNF, que afeta a neuroplasticidade, são particularmente importantes. A genética, embora contribua para a predisposição ao suicídio, não determina isoladamente o comportamento suicida; ela interage complexamente com fatores ambientais como traumas e estresse crônico.
Além disso, a depressão grave pode levar ao “desligamento” de regiões cerebrais responsáveis pela prevenção ao suicídio e pelo instinto de autopreservação, como o córtex pré-frontal. As disfunções neuroquímicas, como alterações nos níveis de serotonina e glutamato e o aumento do cortisol, reduzem a capacidade desta região de controlar impulsos e regular emoções intensas. Este estado de desregulação emocional compromete os mecanismos naturais de autopreservação, tornando mais provável que pensamentos suicidas evoluam para ações concretas.
O Dr. Fabiano de Abreu Agrela enfatiza a importância de tratar o suicídio com uma visão holística e cientificamente informada, buscando abordagens que integrem conhecimento neurocientífico e compaixão, a fim de fornecer o suporte adequado às pessoas em sofrimento e conscientizar a sociedade sobre a complexidade deste grave problema de saúde pública.
A médica PhD e escritora Isabel Braga, especialista em transtornos do sono e autora do livro Noites de Renovação, destaca os riscos associados à proposta de aumento da jornada de trabalho para pilotos e comissários de 12 para 14 horas diárias. Isabel alerta que a exaustão gerada por períodos prolongados de trabalho compromete gravemente a segurança operacional e a saúde desses profissionais.
Recentemente, o Ministério Público do Trabalho (MPT) criticou essa proposta da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), apontando que a fadiga dos tripulantes representa um risco significativo para a segurança aérea. Isabel, com experiência em transtornos do sono, oferece uma perspectiva crucial sobre como dormir menos do que o necessário afeta negativamente o desempenho e a segurança em profissões de alta responsabilidade.
A visão da médica é essencial para a discussão pública sobre a regulamentação das jornadas de trabalho no setor aéreo. A especialista fornece entendimento sobre os impactos da exaustão e como promover melhores condições de trabalho e segurança.
Sobre a médica: Isabel Braga é mãe, médica e doutora pela Fiocruz, com formação em Medicina e Direito, além de especializações em Medicina do Trabalho, Psiquiatria e mestrado em Saúde Coletiva. Autora de diversos artigos científicos contemplada pelo prêmio Eric Roger Wroclawski em 2017 autora do livro “Noites de Renovação”.
Sobre a médica: Isabel Braga é mãe, médica e doutora pela Fiocruz, com formação em Medicina e Direito, além de especializações em Medicina do Trabalho, Psiquiatria e mestrado em Saúde Coletiva. Autora de diversos artigos científicos contemplada pelo prêmio Eric Roger Wroclawski em 2017 autora do livro “Noites de Renovação”.
Mais jovens e mulheres estão chegando à irmandade desde a pandemia e é possível buscar ajuda pelas linhas de ajuda, reuniões online e aplicativo para celular
Em setembro, Alcoólicos Anônimos (A.A.) comemora 77 anos de atividades no Brasil, ajudando milhões de pessoas a superar o alcoolismo e viver uma vida mais saudável e feliz. Com início no Rio de Janeiro em 5 de setembro de 1947, data que marca a chegada do primeiro brasileiro à irmandade, A.A. está presente em todo o país, com mais de 4 mil grupos de recuperação.
O Rio de Janeiro é atualmente o segundo estado com maior número de grupos de Alcoólicos Anônimos no Brasil, com aproximadamente 450, sendo 250 na região metropolitana, e são realizadas cerca de 1.700 reuniões semanais (presencial e remota).
Referência mundial na recuperação de alcoólicos, A.A. tem percebido um aumento na chegada de membros mais jovens e mulheres desde o início da pandemia. Inclusive, além das reuniões mistas, há reuniões de composição feminina e para a comunidade LGBTQIAP+. No caso das reuniões para mulheres, o estado do Rio de Janeiro é o que concentra o maior número no país, são cerca de 18 reuniões semanais.
“Ingressei em A.A. aos 19 anos, no final do meu primeiro ano de faculdade, e não hesito em afirmar que essa irmandade salvou minha vida. Na verdade, AA me presenteou com uma nova vida. Consegui me graduar, casar, tomo decisões conscientes sobre minha vida e faço projetos a longo prazo, pois aprendi a me planejar. Mas todos os dias relembro que o mais vital é evitar o primeiro gole. Apenas assim posso alcançar todas as outras conquistas. A filosofia do ‘só por hoje’ também se aplica a diversas áreas da minha vida”, conta Antônia, hoje com 27 anos.
A inclusão de novas tecnologias para auxiliar quem busca ajuda também foi uma forma de diminuir barreiras e atrair pessoas que desejam parar de beber. Reuniões online por meio de plataformas de videoconferência, Linhas de Ajuda disponíveis pelo whatsapp e aplicativo para celular para localizar grupos mais próximos e horários de reuniões somam-se às ferramentas tradicionais.
“Uma pessoa que bebe sem conseguir parar, um familiar ou amizade que ‘perde a linha’ nas festas com frequência, aquela que nem bebe sempre, mas quando bebe deixa história tristes, essas são pessoas que podem conhecer o programa de A.A.,na reunião de grupo”, destaca a Gabriela Henrique, psicóloga e vice-presidente da Junta de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos do Brasil (JUNAAB).
De acordo com relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS)1, com dados de 2019, o transtorno por uso de álcool atingiu mundialmente 400 milhões de pessoas com 15 anos ou mais, enquanto que 209 milhões viviam com dependência do álcool. A OMS também destaca que “Alcoólicos Anônimos é de longe a fonte mais amplamente utilizada de ajuda para pessoas com problemas com bebida. Vários estudos bem concebidos e em grande escala sugerem que A.A. pode ter um efeito incremental quando combinado com tratamento formal, e a frequência de A.A., por si só, pode ser melhor do que nenhuma intervenção.”
“A prática diária do programa como o de Alcoólicos Anônimos vai remodelando quem ingressa para parar de beber, através da mútua ajuda. É valioso demais! Com a troca de experiências e apoio entre os membros, a sobriedade chega e traz serenidade para quem fica sem beber e para quem convive com a pessoa que se tornou membro de A.A”, explica Gabriela.
O alcoolismo é uma doença, reconhecida desde 1960 pela OMS. Para quem deseja avaliar sua maneira de beber, A.A. disponibiliza 12 perguntas que podem auxiliar na identificação de problemas com o álcool.
Para quem tem interesse em conhecer melhor o programa de recuperação de A.A., o site de Alcoólicos Anônimos (www.aarj.org.br) reúne diversas informações importantes e também há o podcast Falando de A.A. Para localizar o grupo de recuperação mais próximo em São Gonçalo e região, entre em contato pela Linha de Ajuda: (21) 97201-3633 (whatsapp), pelo telefone do escritório (21) 2036-0907 ou acesse: https://www.aarj.org.br ou o aplicativo AARJ.
Sobre Alcoólicos Anônimos no Rio de Janeiro
Alcoólicos Anônimos (A.A.) é uma irmandade de pessoas que compartilham entre si suas experiências, forças e esperanças, a fim de resolver o seu problema comum e ajudar outros a se recuperarem do alcoolismo. Seu propósito primordial é manter a sobriedade e ajudar outros alcoólicos a alcançarem o mesmo. O único requisito para tornar-se membro é o desejo de parar de beber. No Brasil desde setembro de 1947, A.A. iniciou suas atividades no Rio de Janeiro e atualmente está presente em todos os estados do país e no Distrito Federal. No Rio de Janeiro, são aproximadamente 450 grupos de A.A., sendo 250 na região metropolitana. Para quem precisa de ajuda, é possível localizar o grupo mais próximo, acionar as Linhas de Ajuda ou baixar o aplicativo.
O Yoga soube se reinventar e continuar sendo uma prática importante atualmente, afirma o professor de Yoga e naturopata, Ravi Kaiut
O Yoga surgiu na Índia há mais de 5.000 anos com base em antigos textos sagrados (Vedas) que incluíam práticas de meditação, posturas e controle da respiração. Com o decorrer dos anos, as práticas foram sendo sistematizadas e desenvolvidas em novas vertentes.
Mas apesar de ter milênios de existência, o Yoga tem a capacidade de se renovar e adaptar de acordo com as novas necessidades da sociedade e com as descobertas científicas, como explica o professor de Yoga e naturopata, especializado no Método Kaiut Yoga, Ravi Kaiut.
“O Yoga continua sendo importante para a saúde, pois foca em princípios atemporais de saúde integral. Cada vez mais, novos estudos comprovam a eficácia do Yoga no tratamento de condições como ansiedade, depressão e dores crônicas”.
O Yoga se modernizou
De acordo com Ravi Kaiut, novas metodologias de Yoga surgiram, reinventando e mantendo os bons resultados da prática contra novos problemas de saúde da atualidade.
“O mundo mudou bastante nos desde que o Yoga surgiu, as pessoas agora enfrentam novos problemas, como problemas de saúde mental, sedentarismo, ansiedade, disfunções no ciclo de sono, etc., mas ele continua sendo eficaz para tratar todos esses problemas”, ressalta.
“Essa modernidade do Yoga vem do fato da prática, das metodologias de ensino empregadas serem cada vez mais atuais, a exemplo do Kaiut Yoga que mescla conhecimentos científicos, neurocientíficos e conceitos de outras prática terapêuticas. Hoje em dia ainda existem técnicas que mantêm o Yoga idêntico ao que era feito há milênios, mas nesse caso ele já não entrega resultados tão expressivos quanto as novas metodologias”, afirma Ravi Kaiut.
04 Benefícios da prática regular de Yoga
01 – Fortalecimento da saúde mental: A prática regular ajuda a reduzir os sintomas de ansiedade e depressão, além de melhorar o controle do estresse, todos benefícios que ajudam a fortalecer a saúde mental;
02 – Melhora da mobilidade: O Método Kaiut Yoga é focada no fortalecimento dos músculos, melhoria das articulações, equilíbrio e outras habilidades que contribuem para melhorar a mobilidade;
03 – Controle da respiração: A respiração está intimamente ligada a diversos processos do nosso organismo, como ansiedade, oxigenação do sangue e eficiência cardiovascular, por isso, o Yoga possui técnicas especialmente voltadas para o seu controle;
04 – Alívio de dores crônicas: O Yoga é bastante eficaz no alívio de dores crônicas, como dores nas costas, artrite e dores decorrentes de doenças crônicas, melhorando a qualidade de vida.
Foi diagnosticado aos 4 anos com Síndrome de Legg Perthes, doença genética que destrói o quadril e causa grandes dores, como parte do tratamento passou a praticar Yoga, se apaixonou e decidiu que deveria compartilhar seu conhecimento com o mundo. Campeão brasileiro de fisiculturismo e 10º melhor do mundo, pelo Campeonato Brasileiro de Fisiculturismo e Fitness, da Federação IFBB. Co-fundador da Greenlist, iniciativa com o objetivo de estimular o consumo sustentável. Ensina atualmente na unidade principal do Kaiut Yoga em Curitiba.