Material traz informações sobre tipos de violência e sobre rede de atendimento às mulheres que vivam esse tipo de situação. |
Enquanto a bola rola nos campos do Catar, fora das quatro linhas o debate sobre a realização da Copa do Mundo no país esbarra em um tema que é cotidiano aqui no Brasil: o machismo. E pensando em ajudar as mulheres que, como atletas ou torcedoras, vivam casos de violência, a Coordenadoria de Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) lançou a cartilha “Mulheres no Esporte”.
A publicação traz conteúdo informativo das diversas formas de violência e da rede de atendimento para aquelas que vivam esse tipo de situação. Como no caso de Mayra Baptista, de 30 anos, torcedora do Botafogo. Frequentadora assídua dos estádios, ela já vivenciou momentos bastante desagradáveis nas arquibancadas.
– É importante que todas as mulheres se sintam seguras para exercer o direito de torcer. E o mais importante é saber que não devemos nos calar e que há autoridades com as quais podemos contar para nos sentir protegidas, destacou a jovem.
Aquilo que Mayra vivencia nos estádios é quase sempre a tônica da presença feminina no ambiente esportivo. Uma pesquisa feita pela ex-nadadora brasileira e integrante da Comissão de Ética do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Joanna Maranhão, constatou que 93% das atletas brasileiras já sofreram algum tipo de assédio, seja físico, sexual ou psicológico.
– As formas de violência contra a mulher não se manifestam apenas no contato físico, mas também de forma verbal, psicológica e até virtual. Muitas mulheres, também, não sabem onde buscar ajuda e a cartilha dá esse direcionamento, destaca a coordenadora de Defesa dos Direitos da Mulher da DPRJ, Flávia Nascimento.
Para conhecer a cartilha “Mulheres no Esporte”, clique aqui. |