Parceria entre Prefeitura de São Gonçalo e Porto da Pedra irá viabilizar iniciativa pelo Meio Ambiente
Em 2023, São Gonçalo vai entrar para a história do Carnaval do Rio de Janeiro com a Escola de Samba Unidos do Porto da Pedra. A agremiação gonçalense vai realizar o primeiro desfile neutro em emissões de gás carbônico, um marco para a maior festa popular da Terra e totalmente conectado com o enredo que a escola de samba vai apresentar na Marquês de Sapucaí: ‘Invenção da Amazônia: Um Delírio do Imaginário de Júlio Verne’.
“Os alunos do Instituto Abraço do Tigre, em parceria com o GRES Porto da Pedra e com a Prefeitura de São Gonçalo, através da Secretaria de Meio Ambiente, farão o plantio de 136 mudas nativas de Mata Atlântica na Área de Proteção Ambiental do Engenho Pequeno”, disse o secretário de Meio Ambiente, Carlos Afonso.
Com o plantio das mudas, a neutralização do carbono do desfile da agremiação gonçalense acontece de forma objetiva, compensando as emissões oriundas da queima do diesel para movimentar os carros alegóricos, dos ônibus utilizados no traslado dos integrantes para ensaios e o desfile, do combustível utilizado nos geradores e, até mesmo da energia consumida pelas máquinas de costura na confecção das fantasias.
A iniciativa nasce durante a realização da 27ª Conferência do Clima da ONU a “COP 27”, que teve início no dia 6 de novembro, no Egito, reunindo governos do mundo inteiro, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e diversas entidades privadas, com o objetivo de debater e buscar soluções para a crise climática causada pelo homem. O encontro acontece como uma busca comum às nações, para estabilizar a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e, assim, combater a ameaça humana ao sistema climático do Planeta Terra.
Para atingir esse objetivo, no dia 29 deste mês, 136 espécies endêmicas da Mata Atlântica serão plantadas na APA do Engenho Pequeno.
“Sendo o Carnaval conhecido como “o maior espetáculo da terra”, é inovadora a ideia de um desfile neutro em emissões de Co², uma vez que o evento, fazendo a sua neutralização de carbono, estará zerando seu impacto ambiental em termos de emissões desses gases que contribuem para o aquecimento do planeta. Após levantamento e estimativas chegamos a um total aproximado de mudas necessárias a serem plantadas para compensar a emissão de aproximadamente 2,12 Toneladas de CO2. Para neutralizar essas emissões em apenas um ano seria necessário o plantio de 136 mudas. Ressaltamos que as mudas plantadas continuarão sequestrando carbono da atmosfera por mais 19 anos”, destacou Glaucio Teixeira Brandão, biólogo e Subsecretário de Meio Ambiente / Áreas Verdes.
Já Karla M.F. Ribeiro, diretora do Instituto Abraço do Tigre, enfatiza que a responsabilidade social é fundamental para a reflexão do papel de cada cidadão na preservação do Meio Ambiente.
Objetivos para garantir o futuro – Considerando a emergência climática provocada pelo aumento da temperatura do planeta, o projeto de neutralização de carbono é uma proposta inovadora que visa, a partir de uma base de cálculos de emissão de carbonos na atmosfera, compensar as mesmas com o plantio de mudas, que tem como objetivo absorver esse carbono emitido fixando-o e trazendo equilíbrio ao ambiente. A prática consiste em reduzir os impactos causados ao meio ambiente, realizados pelas emissões de gases do efeito estufa (GEE), emitidos por atividades diversas. A execução do projeto consiste em escolhas que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade mais sustentável, alcançável através do desenvolvimento de um padrão de consumo mais consciente, sobretudo através de práticas que contribuam para a uma conduta ambientalmente responsável.