Um fato marcou a semana na política de São Gonçalo, o deputado Estadual Átila Nunes (MDB) recentemente enviou denúncia ao Ministério Público contra o prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson (PL), sob justificativa de preconceito religioso e improbidade administrativa envolvendo verbas destinadas para a criação de museus religiosos na cidade.
Muita gente vem se perguntado o por que? É que administração municipal fez uma previsão orçamentária para a criação de museus de algumas religiões; o Museu Católico, Museu Gospel e Museu da Umbanda. Porém, o valor destinado para a umbanda é um 1% da quantia prevista para cada um dos outros. O Museu Gospel e o Museu Católico devem receber cerca de R$ 1 milhão, enquanto o da Umbanda R$ 10 mil.
DENÚNCIA
“Sirvo-me do presente, na condição de Deputado Estadual e representante do povo junto à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, para requerer a ANULAÇÃO do Plano Plurianual 2022 / 2025, da Prefeitura de São Gonçalo / RJ, por razões dos fatos adiante narrados, praticado pelo Excelentíssimo Senhor Prefeito Nelson Ruas dos Santos, Capitão Nelson, ora descritos resumidamente.
A presente demanda requer a anulação do Plano Plurianual 2022 / 2025, da Prefeitura Municipal de São Gonçalo / RJ, devido caracterização expressa do PRECONCEITO RELIGIOSO grifado na previsão de verbas para criação no município de São Gonçalo de museus para as religiões: católicas, evangélicas e umbandista”, inicia Nunes em sua denúncia.
NOTA DE ESCLARECIMENTO DA PREFITURA
A Prefeitura esclareceu em nota que a previsão destinada ao Museu da Umbanda, culto afro-brasileiro que nasceu em São Gonçalo há 113 anos, mais precisamente no bairro de Neves, não condiz com a importância histórica e cultural da religião. A Prefeitura lembra que o valor é uma previsão e que não irá construir nenhum museu religioso, mas sim apoiar iniciativas da sociedade civil que desejam construir.