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Foto: Divulgação

Segundo o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu, o desenvolvimento do autismo durante a idade adulta pode variar bastante entre cada caso

 

A cantora Sia revelou, durante um podcast, que recebeu recentemente um diagnóstico tardio de autismo. 

 

Durante uma conversa franca no programa “Rob Has a Podcast”, ela compartilhou detalhes sobre essa descoberta pessoal. “Estou no espectro e estou em recuperação, e tal – há muitas coisas”, revelou a cantora, sem especificar quando exatamente recebeu o diagnóstico.

Após 45 anos, Sia admitiu que sempre sentiu a necessidade de se adequar a um “disfarce humano”, mas que nos últimos dois anos, ela finalmente conseguiu se libertar dessa máscara, alcançando uma autenticidade plena.

 

De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o autismo pode se desenvolver de diversas formas na idade adulta, mas seus sintomas costumam ser mais controlados com o tratamento.

 

As causas do autismo são multifatoriais, podem advir de fatores genéticos, ambientais, condições neurológicas, entre outras, mas todas convergem para gerar uma hipoconectividade entre os dois hemisférios do cérebro, fazendo com que habilidades que necessitem da interação entre as duas regiões sejam prejudicadas, também é comum que pessoas com TEA possuam paralelamente ansiedade, TOC e depressão, além de dificultar a alternância entre pensamentos ou atividades”.

 

Apesar de começar ainda na primeira infância, os transtornos do espectro autista se estendem até a idade adulta, no entanto, esse desenvolvimento ocorre de forma muito específica e complexa em cada caso, fazendo que seja necessária uma análise individual para identificar suas especificidades, normalmente os sintomas e padrões cerebrais se normalizam com a idade, além disso, pessoas com autismo geralmente possuem habilidades em tarefas importantes para a sociedade”.

 

Uma característica em comum que vale ser mencionada é que, geralmente, o cérebro da pessoa com autismo apresenta um crescimento bastante rápido em algumas áreas do cérebro, em especial no segundo ano de vida, mas na idade adulta há um encolhimento, que também ocorre em pessoas não autistas, de forma prematura, normalmente antes dos 20”.

 

Mas essa redução não significa que o cérebro ficará menor do que antes de se expandir, podendo ainda ser maior que a média das pessoas e variando bastante a depender do nível,  por exemplo, pessoas com Asperger, que é considerado autismo leve, a meu ver, deveria ser visto de forma diferente, até mesmo mudar a classificação, essa relação do Asperger com o alto QI é alvo de um dos meus estudos ”. 

 

O diagnóstico e tratamento do autismo em adultos guarda algumas especificidades, geralmente são mais complexos que na fase da infância, por isso, indica-se o apoio de uma equipe multidisciplinar” Explica Dr. Fabiano de Abreu.

Foto: Divulgação

Sobre Dr. Fabiano de Abreu

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA – American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e genômica. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE – Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel e Triple Nine Society. Autor de mais de 200 artigos científico e 15 livros.

 

Fonte: MF Press Global

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