- Primeiro lote inclui o Parque Madureira, Parque Dois Irmãos, Garota de Ipanema, Parque da Cidade, Parque Pinto Teles e Parque Orlando Leite
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estruturou para a Prefeitura do Rio um modelo de concessão de serviços para cerca de 20 parques públicos da cidade. Com isso, para garantir maior participação popular no projeto, a prefeitura lança nesta quarta, 24, a consulta pública do projeto Parques Cariocas, cujo primeiro lote inclui o Parque Madureira, Parque Dois Irmãos, Garota de Ipanema, Parque da Cidade, Parque Pinto Teles e Parque Orlando Leite.
A iniciativa visa atrair investimentos de aproximadamente R$ 75 milhões para a revitalização da infraestrutura desses espaços, com um investimento adicional estimado em R$ 1,2 bilhão destinados à manutenção ao longo dos próximos 30 anos. Todos os parques continuam sendo públicos e gratuitos. O programa busca atrair mais serviços, mais conforto e opções culturais para a população por meio de investimentos da iniciativa privada.
“O modelo proposto é uma ferramenta de gestão que vai permitir a manutenção dos parques em nível de qualidade para os usuários pelos próximos 30 anos, no mínimo. A união de esforços entre o poder público e a iniciativa privada nesses projetos do município do Rio de Janeiro pode ser exemplo para outros pelo Brasil.”, afirma o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa.
Batizado de “Parques Cariocas”, o programa tem como meta transformar o Rio de Janeiro em uma referência no que diz respeito à qualidade e gestão de seus parques. Todos os parques abrangidos pelo programa manterão sua característica pública e acesso gratuito, enquanto os concessionários serão autorizados a gerar receitas por meio de atividades de branding e prestação de serviços aos frequentadores.
Imagem aérea do Parque Madureira – Foto/Divulgação: Fábio Motta
A iniciativa engloba mais de 20 parques municipais em estudos para inclusão no programa, buscando a participação do setor privado. A implementação será realizada em lotes, nos quais um parque principal será combinado com outros de menor porte, denominados “satélites”. A empresa vencedora de cada lote será responsável pelo investimento e administração de todas as áreas verdes designadas pela Prefeitura em cada conjunto de parques.
A expectativa é que o processo de concorrência pública para a concessão tenha início em junho deste ano, após a análise e a incorporação das contribuições da sociedade durante a consulta pública. Além disso, estão previstas consultas públicas para mais dois lotes de parques ao longo do ano de 2024.
O diretor de estruturação de projetos da CCPar, Lucas Costa, explica que a ideia do programa vai além e busca transformar tanto os parques quanto também o entorno. “A experiência do cidadão com esses espaços é um fator importantíssimo para o projeto. Uma vez que são feitas melhorias, o público aumenta e abraça aquele local. Além de gerar novos empregos, desenvolvimento econômico e uma melhora no entorno”.
Segundo ele, a proposta é criar um cronograma de renovação de parques existentes, lançar uma identidade visual unificada, criar um programa de concessão e dar prosseguimento às construções em andamento de novas áreas verdes como, por exemplo: Parque Carioca da Pavuna, Parque Realengo Jornalista Susana Naspolini, Parque Rita Lee, Parque Cesário de Melo e Parque Piedade.