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Fernando Hilal, sócio e proprietário da QOD Barber Shop. Foto/Divulgação

A preocupação do homem em relação à aparência, associado ao aumento das discussões sobre o machismo, refletem na realidade de um mercado em expansão, o da beleza masculina. Para Fernando Hilal, sócio e proprietário da QOD Barber Shop, os homens modernos estão ajudando a diminuir os estigmas que cercam o autocuidado. Além de contribuírem para a definição atual de masculinidade que prioriza hoje o bem-estar físico e emocional. “Acho que com a evolução do homem, principalmente com o acesso a internet, a informação, ele está se permitindo a ter um autocuidado, a questionar algumas coisas que eles tinham de padrão e que não fazia bem. Então, hoje os homens se permitem a ter não só acesso aos produtos de embelezamento, mas também produtos de pele, derma e tudo mais. Isso é um movimento que a gente enxerga e aquele machismo e ultraconservadorismo masculino a gente não percebe mais vide a quantidade de espaço que o mercado masculino ganha na gôndola de cosméticos”, frisou Hilal.

(detran.rj.gov.br)

Atualmente, os homens que desejam ter algum produto de beleza não precisam mais recorrer aos que pertencem ao público feminino. De acordo com um relatório da Research & Markets, em 2023 o mercado de beleza masculina a nível mundial deve alcançar o faturamento de US$ 78,6 bilhões. “Esse é um novo movimento social que a gente tem. O foco hoje das grandes marcas ainda está naquele homem tradicional e esse é o último homem de consumo. Contudo, existem novos perfis, homens mais predispostos a experimentar e ter um cuidado para retardar seu envelhecimento e isso tudo com itens que são masculinos. Quando a indústria se propõe a trabalhar os produtos masculinos, acho que também ajuda a acabar com esse estigma. No passado, talvez, o homem para ter algum produto de pele ele teria que comprar um feminino. Isso não existe mais pela quantidade de demanda e ofertas que a gente vê hoje nas empresas”, disse empresário do grupo gaúcho, famoso pelos seus shampoos masculinos com fórmulas de cerveja e whisky.

Hilal explicou que com essa mudança de comportamento, diversos homens têm buscado barbearias com aquele estilo vintage, tanto em relação à decoração quanto aos serviços oferecidos. “Nossas barbearias são locais de experiência dos nossos clientes, que podem consumir o que há de mais genuíno em serviço de barbearia clássica junto a nossa gama de cosméticos”, afirmou o gaúcho, que completou:  “Quisemos trazer para dentro da QOD um storytelling do que entendemos como produto dentro de uma persona que criamos que era um homem clássico. É uma pesquisa que fizemos primeiramente para entender qual o perfil de homem que ele gostaria de ser e o perfil de homem que toda mulher gostaria de ter. E concluímos que este perfil é um homem clássico. A partir disso, trouxemos esse conceito para toda a estrutura de dentro das nossas lojas. Então, é um resgate ao passado e procuramos trazer o cliente para esse ambiente e fazer com que ele evoque orgulho”.

Humor/Colaboração: Netto

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