O atendimento psicológico para gestantes pode se tornar obrigatório durante o pré-natal feito nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) do estado. Proposta no projeto de lei 3456/20, a medida será analisada pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) no retorno das sessões, a partir do dia 2 de fevereiro.
Pelo texto do deputado Rosenverg Reis (MDB), o atendimento deverá ser oferecido também após o parto e pelo período necessário, caso haja indicação clínica. Na justificativa, ele cita como as emoções sentidas pela mãe na gravidez refletem na personalidade da criança. “A gestação é um momento em que a mulher experimenta o efeito de muitos hormônios e as oscilações de humor precisam ser monitoradas por um psicólogo, pois sabemos que, em alguns casos, evoluem para depressões profundas. Também considerando que o processo de aprendizagem e personalidade da criança se origina na vida intrauterina, é preciso maior atenção neste momento que será determinante na formação do adulto”, defende Rosenverg.
O autor acrescenta que o atendimento psicológico às grávidas tem ainda o potencial de reduzir a demanda por serviços de saúde no futuro, já que as mães estarão mais bem preparadas para cuidar dos seus filhos.