Abordagem aos moradores em situação de rua foi realizada na Praça da Bíblia, antiga Praça Chico Mendes
A secretaria de Assistência Social por meio da subsecretaria de Proteção Social Especial, realizou uma ação de acolhimento aos moradores em situação de rua na Praça da Bíblia – conhecida popularmente pelo seu primeiro nome, Praça Chico Mendes- no bairro Raul Veiga. A ação noturna integra as operações de acolhimento realizadas semanalmente pela secretaria na cidade de São Gonçalo.
Moradores em situação de rua que estavam em grupos ao longo da praça foram abordados pelas equipes da Assistência Social. Os servidores trabalham pela proximidade com todos aqueles que são abordados e buscam ouvir o histórico e circunstâncias que levaram as pessoas a fazer das ruas os seus locais de moradia. A partir dessa aproximação, oferecem encaminhamento para os equipamentos de acolhimento da cidade como o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop). Os usuários de drogas que aceitam ser atendidos são encaminhados para comunidades terapêuticas do município.
“Estamos atentos às necessidades em relação ao trabalho de acolhimento em toda a cidade. Nosso trabalho é ser o ponto inicial de mudança na vida de todos aqueles que aceitam esse trabalho de reintegração na sociedade e no convívio familiar, é mostrar que é possível ter uma vida fora das ruas”, destacou Alan Rodrigues, subsecretário de Proteção Especial.
Das pessoas em situação de rua que foram abordadas na ação, quatro foram identificadas como usuárias de drogas pela equipe de acolhimento Todos recusaram encaminhamento ao Centro Pop. Dois deles- um com residência fixa, inclusive- já passaram pelo Centro Pop, mas voltaram às ruas. O homem com residência fixa declarou que se integra ao grupo para consumo de drogas.
Um dos homens abordados, de 54 anos de idade, usuário de álcool há vinte anos, estava em situação de rua em Copacabana e veio para São Gonçalo. Mesmo com a saúde debilitada, sentindo dores e com os dois pés feridos, recusou atendimento médico e encaminhamento ao Centro Pop.
“É um trabalho complexo. Não podemos interferir diretamente na vontade das pessoas em situação de rua. São barreiras que enfrentamos todos os dias, mas não desistimos. Em um dia de ação a pessoa em situação de rua pode recusar o acolhimento, mas em outra oportunidade pode aceitar o encaminhamento aos centros de atendimento do município”, completou o subsecretário.