
Ação do Mubadala Brazil SailGP Team na Ilha da Pombeba, realizada em parceria com a Nas Marés, Purpose Partner do time brasileiro para a Impact Lague. Foto/Divulgação
Mubadala Brazil SailGP Team conquista o primeiro lugar na primeira fase da Impact League em 2025 – Race to Zero Waste
O compromisso da equipe com o projeto de limpeza da Ilha de Pombeba na Baía de Guanabara, Rio, foi elogiado pelos juízes por criar um “legado positivo além dos benefícios ambientais” e reforça a missão do time brasileiro de usar o esporte como plataforma para transformação socioambiental
O Mubadala Brazil SailGP Team garantiu o primeiro lugar na primeira fase da Impact League da temporada 2025 – “Pódio para o Planeta” da SailGP –, competição que dura toda a temporada e premia as equipes por impulsionarem ações ambientais e promoverem iniciativas de inclusão na vela.
O foco da primeira fase para 2025 foi o desafio “Race to Zero Waste” (que pode ser traduzido para “Corrida para o Desperdício Zero”), que encarregou as equipes de abordarem os impactos relacionados aos resíduos e os desafios da economia circular em comunidades ou ecossistemas ligados aos oceanos. Os resultados foram anunciados no Ocean Impact Project de hoje, antes do Oracle San Francisco Sail Grand Prix.
A equipe Mubadala Brazil – novata na temporada 2025 e sob a liderança da primeira mulher driver da Liga, Martine Grael – liderou o grupo com um impressionante projeto de gestão de resíduos focado na limpeza da Ilha de Pombeba, na Baía de Guanabara, na cidade do Rio de Janeiro. Apesar de ser designada como ilha protegida, a Ilha de Pombeba sofre com grave poluição plástica. Para a ação, o time brasileiro reuniu mais de 40 pescadores locais, que tem sua subsistência diretamente impactada pela poluição, empregando-os para coletar e reciclar/descartar mais de 4 toneladas de lixo – ou, para ser exato, impressionantes 4.139 kg. Este projeto ganhou atenção significativa da mídia nacional e promoveu um impacto duradouro na comunidade local.
Martine Grael, driver do time brasileiro, participou da ação que ajudou a retirar mais de 4 toneladas de lixo da ilha localizada na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro – Foto/Divulgação: AT Films
Martine Grael, capitã da equipe responsável direta pela ação, reforçou a importância de atuar em sua cidade natal: “A Baía de Guanabara tem um significado muito especial para mim. Sabemos que os desafios ambientais aqui são enormes, mas acredito que ações como essa podem realmente transformar realidades. Escolhemos começar nossa trajetória na Impact League justamente no Rio, para demonstrar que, além de competir, queremos deixar um legado positivo para quem vive do mar.“
O painel de juízes globalmente estimados – incluindo a líder comunitária mundialmente reconhecida e Juíza Jovem, Sharona Shnayder – concedeu pontos com base nos esforços das equipes para reduzir o desperdício, promover a sustentabilidade e deixar um legado ambiental positivo. O painel elogiou o Brasil por seu “projeto de alta qualidade com impacto significativo, demonstrado e tangível” e pelo “legado positivo criado além dos benefícios ambientais diretos, como fornecer oportunidades de emprego aos pescadores locais e convidar pesquisadores que produzem estudos sobre microplásticos a estar na ilha durante a ação“.
Para Mariana Britto, Diretora de Marketing e Impacto do Mubadala Brazil SailGP Team, essa conquista marca um passo importante na missão do time. “Estar no topo da Impact League é um reconhecimento que nos enche de orgulho, mas, acima de tudo, reforça nosso compromisso com práticas sustentáveis e com as comunidades que nos cercam. Trabalhar ao lado da Nas Marés e da Colônia de Pescadores Z10 mostrou que esporte, meio ambiente e transformação social podem – e devem – caminhar juntos“ comentou ela, ressaltando a importância da parceria com a Nas Marés, Purpose Partner (em português, Parceiro de Propósito) da equipe brasileira na temporada 2025 do SailGP.
Em um segundo lugar próximo, a Emirates GBR SailGP – campeã geral da Impact League da temporada passada – avançou no design sustentável ao introduzir patches de marca Velcro substituíveis em seus coletes salva-vidas, reduzindo o desperdício nas renovações fruto da parcerias. Seu compromisso com a sustentabilidade também fez com que a equipe reformulasse kits e equipamentos antigos, mantendo 628 itens em circulação.
Terminando em terceiro lugar, a iniciativa inovadora “NorthStar Locker” da NorthStar Canada introduziu um sistema de doação sustentável para kits de vela obsoletos. Este programa já alcançou clubes de vela no Canadá e na Itália, estendendo a vida útil dos equipamentos da equipe e beneficiando 760 jovens velejadores com aproximadamente 1.000 peças do kit. A iniciativa Locker foi elogiada pelos juízes por sua “simplicidade de qualidade” e está sendo adotada por outros clubes, ajudando a garantir que os equipamentos permaneçam em uso por mais tempo.
Fiona Morgan, Diretora de Propósito da SailGP, comentou: “As equipes iniciaram a Impact League deste ano demonstrando seu profundo compromisso e proporcionando impacto mensurável. Ver uma nova equipe no topo da tabela de classificação é um testemunho poderoso da seriedade com que todas as equipes levam o aspecto de impacto da liga. Elas continuam a elevar o nível, e é inspirador ver a mudança global que os atletas estão impulsionando usando nossa plataforma para o bem.“
Novidade para a temporada 2025, a Impact League está incorporando padrões de medição de impacto reconhecidos globalmente para melhor avaliar e demonstrar o impacto dos projetos das equipes, juntamente com alguns novos juízes de renome mundial. Esta categoria de competição incluiu a adição do juiz convidado Keith Tuffley, que anteriormente liderou a estratégia de transição energética e sustentabilidade do Citigroup e atuou como ex-CEO da B Team de Richard Branson. Velejador apaixonado, Tuffley liderou recentemente uma expedição de vela da Noruega ao Alasca, conduzindo pesquisas de eDNA para entender os impactos climáticos na megafauna.
Também como novidade para a temporada, a SailGP estendeu a missão da Impact League para escolas e comunidades jovens mais amplas nas localidades que recebem as regatas da temporada, capacitando os jovens a criar um futuro mais sustentável e equitativo através de sua própria competição.
O caminho para o pódio continua para todas as equipes, tanto na Impact League quanto nas regatas que acontecem na Baía de San Francisco neste fim de semana (22 e 23 de março), antes de uma parada inédita no Rio de Janeiro (3 e 4 de maio), onde o Mubadala Brazil SailGP Team compete em casa. Os ingressos para o Enel Rio Sail Grand Prix já estão disponíveis em riosailgp.com.br.
SOBRE A SAILGP | A corrida mais emocionante na água, o Rolex SailGP Championship vê equipes nacionais lutando em catamarãs de 50 pés com foils, idênticos, de alta tecnologia e alta velocidade, em locais icônicos ao redor do mundo. Correndo mais rápido que o vento a velocidades próximas a 100 km/h (60 mph), a SailGP é impulsionada pelos melhores atletas do esporte, com orgulho nacional, glória pessoal e um prêmio total em dinheiro de US$ 12,8 milhões em jogo. Movida pela natureza – vento, mar e sol – impulsionada por um propósito, a SailGP corre por um futuro melhor. Visite SailGP.com para saber mais.
Sobre o Mubadala Brazil SailGP Team
O Mubadala Brazil SailGP Team representa o Brasil na elite global da vela como a primeira equipe brasileira a competir no SailGP. Liderada por Martine Grael, a primeira mulher capitã da competição, a equipe conta com o atual campeão da America’s Cup Andy Maloney como Flight Controller e Leigh McMillan como Wing Trimmer, além de Paul Goodison como estrategista. Completam o time Marco Grael, irmão de Martine, e Mateus Isaac como Grinders e Kahena Kunze na reserva. O time brasileiro tem como patrocinadores Mubadala (Naming Rights), Banco BRB (Global Partner), OceanPact e Oakberry (Official Partners).
Fonte: Camila Coimbra, Bruno Fernandes e Rebecca Nery