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Foto/Divulgação

Presidente da Alerj, ele falou sobre aprovação da anistia para as torcidas organizadas: “tem que apontar o CPF de quem fez o caos”

Em entrevista aos canais Coluna do Fla e Paparazzo Rubro-Negro, no Youtube, nesta quinta-feira (22), o candidato a senador André Ceciliano, da Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV), se comprometeu a lutar pela liberação do terreno, pela Caixa Econômica Federal, para a construção da Cidade do Flamengo, na região do Gasômetro. Juntos, os canais somam mais de dois milhões de inscritos.

– Nós precisamos resolver esse problema no primeiro turno, no dia 2 de outubro, para que a gente possa ir tranquilo para a Libertadores. Vamos resolver essa parada no primeiro turno e eu serei o embaixador do Flamengo no Senado para que a gente possa agilizar com transparência a negociação do terreno com a direção do Flamengo.

André Ceciliano explicou que a titularidade da área é tema de conversa entre diversos atores políticos e que deverá haver a aprovação de uma lei na Câmara do Rio para o início das obras. A Cidade do Flamengo é um projeto de construção de um estádio próprio do clube na cidade.

– O Flamengo é a nação, é o maior do mundo. Não tenho dúvida que vai se resolver. Se não nesse governo, no próximo. A partir de janeiro de 2023, teremos boas notícias. Assim como o Corinthians teve um estádio, o Mengão também merece.

Anistia às torcidas organizadas

André é deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Na conversa, ele também comentou sobre a aprovação, na tarde desta quinta (22), do projeto de lei 6.118/22, para conceder anistia às torcidas organizadas que foram banidas por má conduta.

Ele explicou que o acordo pela aprovação do projeto (que ainda tem 15 dias para ser sancionado pelo governo do Estado) previu uma reunião com o Ministério Público do Estado (MPE-RJ), na próxima quarta-feira (28), para discutir a revisão do termo de ajustamento de conduta (TAC) referente ao tema. A aprovação do projeto é o primeiro passo para a volta das torcidas organizadas que foram banidas dos estádios.

“Mais do que o texto que votamos, é o resultado dessa votação. Saiu uma reunião no dia 28 com o Dr. Rodrigo Terra, que é o responsável pelo TAC. E nós queremos revê-lo e melhorá-lo. O parlamento vai contribuir, a Defensoria, a Polícia Militar, a Anatorc e representantes das torcidas para chegarmos a um entendimento, para que a gente possa ter a volta das torcidas aos estádios com muita responsabilidade. Eu estou bastante otimista”, disse. “Estamos fazendo o acompanhamento do TAC e ele é muito severo porque ele pune as torcidas. Não é que eles não tenham que ter responsabilidade, não é que o CNPJ das torcidas vai ficar de fora, mas a gente tem que apontar o CPF de quem fez o caos”, completou.

As torcidas beneficiadas com a medida serão a Fúria Jovem (Botafogo), Raça Rubro-Negra e Torcida Jovem (Flamengo), Young Flu (Fluminense) e Força Jovem (Vasco). A medida é de autoria dos deputados Carlos Minc (PSB), Luiz Paulo (PSD), Zeidan (PT) e Martha Rocha (PDT).

Flamenguista roxo

Na conversa, André também falou sobre sua relação com o clube, que acompanha desde criança.

– Meus pais são flamenguistas muito por influência de um tio meu. Eu acompanho o futebol do Flamengo desde sempre, mas acompanhei mesmo a partir de 1980. Eu ia todos os fins de semana para os jogos no Maracanã, ia de trem lá de Paracambi. Em 1983, eu fui a todos os jogos do Flamengo.

Questionado pelos apresentadores sobre a relação entre o presidente do clube, Rodolfo Landim, e o presidente Jair Bolsonaro, André disse que o “Flamengo tem que defender seus interesses e não pode ter partido”.

– Eu posso dizer que o Landim tinha uma relação mais próxima antes com o Lula e com a Dilma [do que hoje com Bolsonaro] porque ele foi inclusive da BR Distribuidora. Ele tem uma relação com o meu partido e com as pessoas do meu partido. O Flamengo tem que defender seus interesses, eu sou a favor disso, e o Flamengo não pode ter partido.

Pista do Célio de Barros

André também comentou o projeto de lei que propunha o tombamento da pista olímpica de atletismo do estádio Nilton Santos, também conhecido como Engenhão. Isto porque o Botafogo deseja ampliar a arquibancada do estádio e, para tanto, seria necessário acabar com a pista interna que margeia o campo de futebol. Após uma reunião com dirigentes do clube alvinegro, o deputado retirou o projeto de pauta.

– Hoje, a única pista de atletismo é do Milton Santos, que foi criada para o Pan-Americano e depois para as Olimpíadas do Rio. Tem que ter uma contrapartida e é a reforma da pista do Célio de Barros, que está deteriorada. Fizemos um acordo com o Botafogo e retiramos o projeto de pauta. A ideia é reformar só a pista, mas isso está sendo conversado e discutido. Não vamos fazer nada à força, mas não dá para perder a pista. A gente precisa recuperar o Célio de Barros e o Botafogo vai ajudar com a pista. – comentou André Ceciliano.

Trajetória política

Ceciliano também falou da sua trajetória política, desde a gestão por dois mandatos na prefeitura de Paracambi, na Baixada Fluminense, até a presidência da Assembleia Legislativa.

– Fizemos um trabalho muito forte de corte de gastos com pessoal. A média de economia é de R$ 500 milhões por ano e esses recursos ajudaram no pagamento de salários atrasados, na contratação de policiais, e custearam parcerias com universidades e instituições públicas para combater a Covid-19 e desenvolver a economia do nosso estado.

André Ceciliano é autor de mais de 420 leis em quatro mandatos como deputado estadual, entre elas o Supera RJ, o vale-gás e o Fundo Soberano.

Na área do esporte, André é coautor da moção de aplausos à Nação 12, primeira que aboliu os cantos homofóbicos nos estádios, e das leis que criaram o Hino Oficial do Maracanã e o Dia Estadual das Torcidas Organizadas. Também é autor da Lei do ICMS da Cultura e do Esporte e da lei que autoriza a criação da volta da geral no Maracanã.

– É fundamental que a gente possa ter a geral para democratizar o acesso ao Maracanã. O novo edital de licitação está sendo negociado ainda, vai e volta, mas se o Flamengo partir para outra possibilidade, inviabiliza qualquer outra licitação do Maracanã. Sem o maior do mundo, não viabiliza. A limitação do número de vagas no estádio também pode inviabilizar.

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