trabalho infantil

Foto: Divulgação

A Escola Municipal Jornalista Alberto Torres, no Apolo, foi palco do Prêmio MPT na Escola. O projeto, que integra o Eixo Educação do Resgate a Infância ‘A escola no Combate ao Trabalho Infantil’, é proposto pelo Ministério Público do Trabalho, mediante a necessidade urgente de combater o trabalho infantil no país.

Em Itaboraí, o projeto foi desenvolvido nas escolas municipais Onze de Junho e Jornalista Alberto Torres, contemplando 11 turmas, do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental, totalizando aproximadamente 230 alunos e 23 profissionais da Educação.

O projeto começou em abril, acontecendo uma vez por semana, nas categorias de conto, poesia, desenho e música. Presente na cerimônia de premiação, que aconteceu na tarde da última sexta-feira (15/07), o secretário municipal de Educação, Mauricílio Rodrigues, ressaltou a intenção de estender o programa para mais escolas municipais já no próximo ano.

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“É gratificante para nós, da Secretaria Municipal de Educação, participar deste projeto piloto no município que é tão importante e desafiador. Itaboraí é um dos 20 municípios do estado do Rio de Janeiro a implementar esse projeto, que visa a conscientização e prevenção ao trabalho infantil, com atividades desenvolvidas junto às escolas selecionadas”, ressaltou o secretário.

Para a premiação, os trabalhos desenvolvidos pelos alunos foram avaliados por uma banca da Secretaria Municipal de Educação, formada por cinco profissionais. Todos os alunos participantes receberam medalhas, certificados e bonés do projeto. Já os três melhores colocados de cada categoria, receberam ainda jogo educativo, kit escolar, livro infantojuvenil e revista em quadrinhos. E os professores, receberam livro pedagógico e caderno personalizado.

Segundo a procuradora do Ministério Público do Trabalho e coordenadora regional do MPT na Escola, Dra. Danielle Cramer, o projeto de nível nacional existe desde 2010 e foi implantado a primeira vez no estado do Rio de Janeiro, em 2012. Atualmente o projeto MPT na Escola acontece em 20 municípios do estado.

“O intuito é levar para a sala de aula a discussão sobre o tema, atuando na conscientização e prevenção desse grande mal, dessa violação dos direitos humanos, que é o trabalho infantil. Nele, conseguimos discutir o que é o trabalho infantil, o que causa, suas consequências, como prevenir, entre outros. Essa discussão é muito rica e acaba influenciando na diminuição dos índices do trabalho infantil nas localidades onde o projeto é implantado”, destacou a procuradora, ao lado do procurador-chefe do MPT-RJ, Dr. João Berthier.

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Segundo a coordenadora municipal do projeto MPT na Escola, a professora Ellen Barreto, após a adesão do município ao projeto, foi elaborada toda a proposta pedagógica. Além de formações para os profissionais, acompanhamento ao trabalho realizado através de assessoria pedagógica e técnica, reuniões e visitas às escolas.

“Foi um grande desafio implantar esse projeto em Itaboraí, com os alunos retornando as aulas presenciais. Mas os professores, diretores, a Secretaria de Educação e o prefeito Marcelo Delaroli aceitaram este desafio. Sabemos que esse foi apenas um projeto piloto no município, mas conseguimos lançar a semente. As crianças precisam ter uma infância de qualidade, protegida, feliz e livre das questões do trabalho infantil”, destacou a coordenadora.


   
O evento foi finalizado com os alunos acompanhados pela Banda da Guarda Municipal cantando a música “Sementes”, de Drik Barbosa e Emicida. Feliz pela premiação da filha em 1° lugar na categoria Música, a costureira Ana Cristina de Castro, 39 anos fez questão de ir prestigiar este momento.

“Desde que a professora enviou um bilhete na agenda sobre o projeto, eu me envolvi. Sei da importância dessas atividades, pois vim de escola pública e entendo que ações como essas fazem a diferença na vida das crianças. Estou muito feliz e orgulhosa da minha filha”, disse a mãe da aluna Ana Vitória, de 9 anos, que escreveu a música “Tudo Novo Será”.

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