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Fotos/Divulgação

Mão na massa, trabalho em equipe, história em quadrinhos, jogos de memória, tabuleiro e oficinas de “Sensibilização para o combate ao bullying”. Foi assim que o Colégio Estadual Nelson Pereira Rebel, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, e o professor de Geografia Diogo Jordão Silva conquistaram o “Prêmio CPE na Sala de Aula, da Rede Nacional de Ciência para a Educação.
O título da ação era “Um por todos e todos contra o bullying”, e o tema realizado com alunos do Ensino Médio da modalidade integral foi “Diversidade e inclusão social na escola” nos últimos dois anos.
O prêmio de R$ 3 mil será usado para a criação de novos projetos pedagógicos, além de financiar uma viagem para Brasília, onde o projeto vai ser apresentado, durante o VI Encontro da Rede CPE,  nos dias 19 a 21 de outubro.  
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O projeto de intervenção consistiu na criação de uma oficina de ensino aplicada aos alunos da própria escola e dos colégios da comunidade, com o objetivo de prevenir e combater o bullying. Mediante a sugestão do professor, os alunos foram desafiados a criar produtos educativos para compor a oficina, sendo eles uma história em quadrinhos e dois jogos educativos, além de uma dinâmica inicial e um formulário de avaliação final.
A iniciativa teve o objetivo de incentivar pesquisa sobre o tema, levar conhecimentos científicos para a escola, além de premiar relatos de experiência de professores da rede de ensino básica em instituições públicas e privadas.  
O professor de Geografia e Projeto de Intervenção e Pesquisa, Diogo Jordão Silva, destaca a importância de se discutir o tema. E comemora que a iniciativa alcançou cerca de 400 estudantes.
— Nossos alunos puderam se colocar efetivamente como protagonistas de uma ação que impactou vários outros colegas. É muito comum que este tema seja trabalhado pelas escolas apenas em palestras realizadas por algum profissional. Mas, no projeto, os estudantes colocaram a mão na massa para buscar soluções para o problema. Além de pesquisas e debates, eles mesmos criaram recursos para sensibilizar outros estudantes — explica ele.  
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 A estudante Giovanna Barreto, de 17 anos, atualmente na 3ª série do Ensino Médio, participou do projeto desde quando estava na 1ª série. Ela diz que vai levar o aprendizado para a vida.  
— Foi uma experiência nova, aprendemos muito sobre os tipos de bullying e a reconhecer os casos deste tipo de violência. Todos somos únicos com as nossas diferenças. O projeto tem grande importância em formar cidadãos caridosos, conscientes e, principalmente, humanos — frisa a aluna.  
Ao longo do trabalho, foi realizada uma pesquisa com vários estudantes, e, entre os resultados, 69% deles afirmam já terem sofrido bullying e 83% já viram e/ou presenciaram casos deste tipo de violência.  
— Trabalhar esse tema é importante para prevenir que novos casos ocorram, e, assim, estabelecer uma cultura de paz nas escolas — acrescenta Diogo.
Aplicativo lançado pela Seeduc-RJ mapeia violência escolar
Para ajudar no combate ao racismo, bullying e outras agressões, a Secretaria de Estado de Educação lançou, no dia 15 de maio de 2023, a ferramenta Registro de Violência Escolar (RVE). Ela pode ser acessada no Conexão Educação, e possibilita que as unidades escolares registrem, de maneira fácil e rápida, situações de conflito ou casos que possam resultar em ameaças para estudantes ou profissionais de escolas. Apesar de não substituir os boletins de ocorrência feitos nas delegacias, a ferramenta permite mapear e fornecer um diagnóstico atualizado sobre as ocorrências. E mais importante: o RVE já vem norteando as ações da Secretaria de Estado de Educação.

— Ficamos imensamente felizes e orgulhosos com esta conquista. Ainda mais, por eles, os estudantes, tratarem dessa temática que é importantíssima para termos uma cultura de paz no âmbito escolar. Queremos nossas unidades escolares com uma cultura de paz e, por isso, vamos incentivar o respeito às diferenças. Sabemos que a escola é um veículo de transformação, temos um programa de fomento à implantação de ações integradas de proteção para os estudantes, como a criação de núcleos de atendimento psicossocial e apoio aos profissionais de educação — destaca Roberta Barreto, secretária de Estado de Educação.

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