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Beatriz Ferreira da Costa. Foto/Divulgação

Beatriz Ferreira da Costa é aprovada em programa universitário e vai cursar Literatura Inglesa, na Flórida: “Eu sempre achei que os estudantes que faziam faculdade fora do Brasil ou eram gênios ou eram ricos”
No início deste ano, ela participou de um intercâmbio de duas semanas em Washington D.C., nos Estados Unidos, onde representou o estado do Rio de Janeiro como Jovem Embaixadora – programa patrocinado pela embaixada e consulados americanos no Brasil. Agora, ela está de malas prontas para embarcar, novamente, na próxima segunda-feira (12/08), para o país norte-americano.  Beatriz Ferreira da Costa, 18 anos, que concluiu o Ensino Médio no Colégio Estadual Dôrval Ferreira da Cunha, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, vai cursar Literatura Inglesa, com foco na escrita criativa, na Stetson University, na Flórida. Ela terá bolsa integral e todas as despesas custeadas pela universidade e por dois programas de apoio a estudantes para os quatro anos de estudos.
 A conquista de Beatriz é fruto de muita pesquisa na internet, da busca de programas de estudos no exterior sem custos e da sua persistência no aprendizado da língua inglesa, tanto na escola como nos sites, livros e músicas.  Contou, também, com o apoio dos professores.
– Eu sempre achei que os jovens que estudavam fora do país ou eram gênios ou eram ricos. Como eu não me enquadro em nenhum dos dois exemplos, não achei que conseguiria conquistar uma oportunidade assim. Isso por conta das barreiras financeiras que o projeto implica. Mesmo quando descobria algumas possibilidades, nada parecia alcançável para mim. Só em 2022, na 2ª série do Ensino Médio, decidi tentar e, no fim de 2023, iniciei o processo de inscrição para universidades fora do Brasil – conta a estudante.
Beatriz Ferreira da Costa. Foto/Divulgação

Ela explica que procurou conhecer as instituições, as bolsas e projetos oferecidos, e selecionou as que atendiam o seu perfil de estudante. Descobriu que são avaliados boletim escolar, redações pessoais, cartas de recomendação, atividades extracurriculares durante o Ensino Médio e nota no SAT (prova americana que seria como o nosso Enem).

– Na escola, durante o Ensino Médio, eu fiz roteiro para teatro e escrevi um conto. O último, eu traduzi para o inglês e mandei para eles – revela a futura universitária. 
Beatriz fala mais sobre o processo. Ela quer que os estudantes que sonham em estudar no exterior conheçam algumas possibilidades.
– Enviei as redações exigidas pelos processos seletivos e fiz entrevistas. Assim, consegui ser aprovada para a bolsa integral na Stetson e, também, o apoio de duas instituições que vão arcar com os demais custos de permanência no exterior. Uma dessas organizações tem como foco reconhecer jovens que querem impactar positivamente suas comunidades e que participem de projetos e iniciativas sociais, que foi o meu caso. Inclusive, uma das exigências para receber a bolsa é que eu faça parte de um projeto voluntário durante a faculdade – explica ela.
Ela conta que vai morar em um dos dormitórios da universidade, o que considera uma experiência incrível.
– Agradeço muito a todos os meus professores, que me apoiaram mesmo sem entenderem muito bem o que eu estava fazendo, e ao diretor Cláudio, que me ajudou com a documentação. Também sou extremamente grata à professora Christiane, que escreveu uma emocionante carta de recomendação para a universidade – comenta.
A professora Christiane Andrade, de Língua Portuguesa e Literatura, não poupa elogios à sua pupila, que foi monitora em vários dos seus projetos.
– A Beatriz é uma estudante incrível, muito participativa, responsável, sempre buscando aprender. Eu fui professora e orientadora dela em programas como Jovem Senador, onde conquistou o 2º lugar no ranking nacional, e indiquei-a para o programa Jovens Embaixadores. E percebi o seu talento e potencial. Ela merece essas conquistas, pois são resultado de muito empenho, esforço e dedicação. Sou muito grata pelo privilégio de ter contribuído um pouquinho, participando desses momentos da vida da Bia – celebra a educadora.
A futura universitária revela que está pronta para o novo desafio de quatro anos de estudos.
– Meu desejo é compartilhar essa conquista e inspirar outros estudantes da rede estadual. Essa experiência vai transformar a minha vida, e eu vou usá-la para transformar a vida de outras pessoas.

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