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Foto/Divulgação

Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé) alerta consequências e ressalta prevenção

O mês de abril é dedicado à campanha de prevenção de acidentes de trabalho, já que o dia 28 é celebrado o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho.

A questão deve ser pautada não somente no período, mas rotineiramente, diante dos elevados números de casos: em 2022, o Brasil teve 612,9 mil acidentes de trabalho e 2,5 mil mortes, segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Organização Internacional do Trabalho e de outros órgãos do governo federal, divulgados no fim do mês passado.

No perfil dos acidentes de trabalho, boa parte dos casos envolve fraturas no pé e/ou tornozelo, problemas esses que, em 2022, foram o motivo do afastamento de 20.531 trabalhadores. De acordo com levantamento do Ministério da Previdência Social, a fratura da perna, incluindo o tornozelo, contabilizou 10.720 afastamentos das atividades no ano passado. As fraturas do pé totalizaram 7.101 casos; as luxações, entorses e distensões das articulações e dos ligamentos ao nível do tornozelo e do pé, 2.040 ocorrências e o traumatismo superficial do tornozelo e do pé, 670.

“Lembrando que esses números representam apenas uma parcela dos problemas que atingiram os pés e tornozelos em acidentes de trabalho, somando a outros tipos, o número de lesionados é bem maior. Lesionar esses membros tem grandes consequências, já que são nosso principal instrumento para mobilidade”, salienta o presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé), Luiz Carlos Lara.

O especialista explica que o tornozelo tem movimentos complexos, ao mesmo tempo em que essa parte do corpo é estável e também flexível para que os movimentos do pé sejam precisos e consigam absorver os impactos contra o solo. “A flexão e a extensão do tornozelo são acompanhadas de rotação e deslizamento. Com isso, as fraturas que atingem as articulações e estruturas relacionadas são capazes de levar a uma limitação funcional permanente” destaca.

Ainda de acordo com o ortopedista, a cirurgia é o tratamento mais indicado, levando o paciente a um tempo maior de afastamento, para recuperação. “As fraturas articulares precisam ser realinhadas e fixadas com precisão para a manutenção do movimento. Vale ressaltar que quando a fratura não é estabilizada corretamente, pode ocorrer um desgaste precoce desta articulação, levando à artrose”, fala. “Por isso, indicamos a cirurgia como tratamento mais eficaz, mas cada caso deve ser analisado por um especialista do tornozelo e pé, para diagnóstico e cuidados adequados”, conclui.

Sobre a ABTPé 

A Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé) foi fundada em 1975 com a missão de unir a classe médica na especialidade, além de estimular o intercâmbio de informações científicas, fomentando a educação continuada entre os especialistas de pé e tornozelo no Brasil. Também tem a responsabilidade de esclarecer a população sobre os temas relacionados à especialidade. 

A ABTPé está à disposição para informações e entrevistas sobre a saúde e cuidados com os tornozelos e pés, trazendo esclarecimentos sobre diversos temas, como acidentes nos esportes com lesões, acidentes domésticos com lesões, deformidades, pé diabético, cuidados com o uso de saltos altos, joanetes, fascite plantar, cirurgia plástica nos pés, esporão do calcâneo, calos e calosidades, metatarsalgia, neuroma de Morton, gota, artrite, entorse, fraturas, entre outros. 

Fonte: Ascom/Predicado Comunicação

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