Ter um bom planejamento sucessório ajuda a evitar problemas futuros na sucessão dos negócios, ressalta o advogado Raul Zaidan Filho
A série “A Casa do Dragão”, da HBO, que conta os acontecimentos anos antes de “Game Of Thrones”, conta a história do reino dos Targaryen, quando, após a morte do Rei Viserys I, seus filhos Rhaenyra e Aegon II iniciaram uma disputa pelo trono de ferro.
Apesar da ficção, a série ajuda a mostrar de uma forma muito bem ilustrada a necessidade de um bom planejamento sucessório empresarial, como explica o advogado Raul Zaidan Filho.
“A gestão de um negócio familiar não é vitalícia. Mudanças, como afastamentos ou falecimentos, podem acontecer a qualquer momento; por isso, é muito importante ter um plano sucessório estruturado”.
“O planejamento ajuda a garantir que a empresa continue funcionando e que a administração dos negócios e bens sejam divididos e passados adiante sem grandes problemas. Ter um planejamento sucessório evita surpresas e garante uma transição tranquila, garantindo a manutenção e proteção do patrimônio”, explica.
O que é o Planejamento Sucessório Empresarial?
O planejamento sucessório é como um guia para organizar e transferir os bens ou a administração empresarial de uma pessoa a outra caso por alguma razão se afaste ou venha a falecer. Esse modelo ajuda a definir com antecedência o que vai acontecer com a gestão dos ativos, ações, bens móveis, imóveis e até ativos digitais do negócio.
A sua utilização atribui antecipadamente quem vai ficar com cada função ou bem e a porcentagem que cada pessoa receberá, além de quem ficará responsável pela gestão dos bens. Assim, é possível garantir uma transição muito mais tranquila, sem complicações ou conflitos.
Como deve ser feito um Planejamento Sucessório Empresarial?
De acordo com Raul Zaidan Filho, esse plano deve ser feito o quanto antes de forma preventiva com a ajuda de um advogado que irá considerar as características de cada empresa ou negócio familiar para desenvolver um planejamento personalizado.
“Um bom planejamento sucessório deve ser personalizado pois cada empresa, cada gestor e cada família tem necessidades e formas de negócio únicas que precisam ser levadas em consideração. Por isso só pode ser feito de forma adequada com a presença de um advogado especialista que acompanhe e estruture conforme as necessidades daquele grupo familiar”.
“Seguindo o exemplo da série, se o rei Viserys tivesse um advogado em seu Conselho, com certeza iria evitar os conflitos sobre a sucessão da sua ‘empresa’”, afirma.
Sobre Raul Zaidan Filho
Raul Zaidan Filho é Pós Graduado em Direito Constitucional pela Faculdade CERS e Mestrando em Direito Internacional Privado pela Universidade de São Paulo – USP. Atualmente é Sócio Diretor do escritório Zaidan Advogados Associados e Membro do Conselho de Administração da CAMNORTE – Câmara de Arbitragem e Mediação do Norte.
Fonte: Equipe MF Press Global