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Ações marcam proteção da biodiversidade e fortalecem políticas de proteção ambiental
A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) promoveram, nesta quarta-feira (22), Dia Internacional da Biodiversidade, a entrega de 480 câmeras para o monitoramento da fauna silvestre, iniciativa para a atualização da Lista da Fauna Ameaçada, que não é revisada há 27 anos. O evento ocorreu no Museu do Amanhã, Zona Portuária do Rio. Além disso, a cerimônia marcou o lançamento do primeiro Atlas das Unidades de Conservação (UCs) municipais.

O secretário do Ambiente, Bernardo Rossi, citou que o evento reforça o compromisso da gestão com a preservação das nossas fauna e flora e a valorização dos recursos naturais. Para Rossi, a data simboliza a importância de ações para proteger a biodiversidade.
— O dia de hoje traz mais visibilidade às ações que vêm sendo desenvolvidas em todo o território fluminense. Temos um Governo que não diz “não” para o meio ambiente. A tecnologia está a serviço da biodiversidade. Com as câmeras, conseguiremos dados mais precisos sobre as espécies que habitam nossas matas. A preservação da biodiversidade não é uma opção. É uma necessidade estratégica para o presente e o futuro do estado.
Todos os municípios fluminenses receberão câmeras para o monitoramento dos animais. O levantamento e o monitoramento da fauna silvestre no estado são partes integrantes da Estratégia e Plano de Ação Estadual para a Biodiversidade do Rio de Janeiro, visando ações para conservação da biodiversidade do estado no horizonte entre 2025 e 2030.
A previsão é que o Livro da Fauna Ameaçada fique pronto em até dois anos. Por meio de edital público, uma empresa será contratada para a análise e a organização dos dados. Mais de 1.300 espécies de animais vertebrados já foram identificadas na Mata Atlântica, que também é considerado um dos ecossistemas mais ameaçados no planeta. Dessas, aproximadamente 620 são espécies de aves, 200 de répteis, 280 de anfíbios e 260 de mamíferos, como a onça parda e o mico-leão-dourado, hoje ameaçados de extinção.
O Atlas das Unidades de Conservação (UCs) municipais do Estado do Rio de Janeiro é o primeiro livro sobre as áreas protegidas e reúne informações sobre as mais de 400 UCs. O levantamento dos dados foi feito em parceria com as prefeituras municipais por meio de um censo realizado entre os anos de 2019 e 2022. Houve também a contribuição do Programa de Apoio às Unidades de Conservação (ProUC), da Secretaria do Ambiente.
— Cada capítulo traz um panorama sobre os nossos municípios, incluindo características geoambientais, informações sobre a biodiversidade local, dados sobre o uso público das áreas e aspectos da diversidade socioambiental. O atlas é uma ferramenta estratégica para gestores públicos, além de fortalecer a gestão ambiental e apoiar políticas públicas voltadas à proteção dos ecossistemas — destaca o presidente do Inea, Renato Jordão.
Vídeo: https://drive.google.com/file/d/1WKGVAqlwLHWXohhxCbJTNQNZ1sUQPyb6/view?usp=sharing