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Foto/Divulgação: Elsson Campos
Primeiro encontro da série reuniu especialistas para discutir o papel dos passistas na evolução da dança e sua inserção profissional
Neste sábado (15/02), a Casa das Artes Carnavalescas, localizada à margem da rodovia Amaral Peixoto, em São José, lançou a série “Papos Carnavalescos”, que promove debates temáticos focados nas diversas manifestações artísticas que envolvem o universo das escolas de samba. Com o tema “Passistas e Profissionalização da Dança do Samba”, o primeiro encontro reuniu convidados de destaque na área.
O evento se consolidou como um marco inicial na construção de uma rede permanente de estudos, qualificação e inovação do carnaval em Maricá, reunindo nomes de destaque da dança e do carnaval. O objetivo é promover um debate enriquecedor sobre o papel dos passistas na cena carnavalesca e os desafios da profissionalização desta arte.
Renato Figueiredo, coordenador administrativo da Casa das Artes Carnavalescas, contribuiu com reflexões sobre o carnaval, abordando as Escolas de Samba como instrumentos de formação artística, cultural e social.
“Com a série ‘Papos Carnavalescos’ e diversas outras iniciativas que estamos estruturando, reafirmamos o compromisso da Casa das Artes Carnavalescas com a preservação e a evolução do carnaval. Nosso objetivo é ir além da celebração, promovendo espaços de aprendizado, troca de experiências e desenvolvimento profissional. Estamos construindo um ambiente onde o saber carnavalesco é valorizado, impulsionando novas perspectivas para os artistas e gestores que fazem do carnaval um setor vivo da cultura e da economia criativa.”, explicou Renato.
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Entre os participantes, o destaque foi Gabriel Castro, diretor de passistas da Vila Isabel. Ele compartilhou sua trajetória até se consolidar como coreógrafo, diretor artístico e professor internacional de dança no carnaval, com experiência em 10 países.
Outra presença marcante foi a de Kellyn Rosa, dançarina, instrutora internacional de carnaval e coordenadora de passistas da União de Maricá. Com uma carreira iniciada na Cia Carlinhos de Jesus, Kellyn destacou sua jornada até a atuação na escola maricaense, evidenciando a importância da preparação técnica e do reconhecimento profissional dos passistas.
A visão acadêmica foi apresentada pela professora Silvia Borges, passista da Portela e da Mangueira na década de 1990, mestra e doutora em Sociologia. Silvia trouxe seus estudos sobre a profissionalização dos passistas e os impactos desse reconhecimento na afirmação individual e coletiva dos chamados “riscadores do chão”.
A mediação do debate ficou por conta de Hélio Rainho, coordenador pedagógico da Casa das Artes Carnavalescas e idealizador do “Projeto Quem És Tu, Passista?”. Ele compartilhou sua experiência como padrinho dos passistas do Império Serrano e seu trabalho na harmonia da ala de passistas da Portela, ampliando o diálogo sobre o papel dessas figuras na construção do espetáculo carnavalesco.
O evento é uma realização da Casa das Artes Carnavalescas, do Instituto Brasil Social (IBS), com apoio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e conta com parceria da Secretaria de Cultura e das Utopias de Maricá.
Fonte: marica.rj.gov.br