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Foto/Divulgação: Julia Passos

O anúncio foi feito durante audiência pública da Comissão de Ciência e Tecnologia, que ouviu servidores e lideranças acadêmicas da instituição.

A Comissão de Ciência e Tecnologia, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizou audiência pública com servidores e representantes de lideranças acadêmicas e científicas para discutir os desafios e as expectativas em relação ao futuro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Durante a reunião, realizada nesta sexta-feira (01/11), no Plenário do Edifício Lúcio Costa, sede do Parlamento, a presidente do colegiado, Elika Takimoto (PT) anunciou que irá solicitar uma reunião com o governador Cláudio Castro para discutir as preocupações dos servidores e alunos, como o reajuste anual das bolsas para pesquisadores e a manutenção dos projetos existentes. Além disso, a Comissão propôs a criação de um espaço permanente de diálogo sobre a Faperj, com o objetivo de alinhar as expectativas e demandas do setor com o Estado.

 

 

À frente da Comissão, Takimoto destacou a importância de apresentar as demandas da comunidade científica ao governador: “Estamos falando de uma das principais instituições que impulsionam a pesquisa no país. Por isso, a comunidade está aqui, unida, e precisamos estabelecer esse diálogo sobre as necessidades da instituição, incluindo a gestão dos investimentos do Estado, os reajustes anuais das bolsas para pesquisadores e a manutenção dos projetos já existentes”, pontuou.

Já a vice-presidente do Colegiado, deputada Dani Balbi (PCdoB), enfatizou a relevância da instituição na promoção de soluções para os desafios do estado: “A missão da Faperj é financiar pesquisa, ciência e tecnologia para impulsionar o desenvolvimento social e humano no Rio de Janeiro. Precisamos sensibilizar o governo sobre o papel central da fundação e a importância de manter sua estrutura e orçamento, assegurando que as instituições possam cumprir plenamente suas funções”, disse.

Contribuições da Faperj

Durante o encontro, a Comissão falou sobre a importância da Faperj ao apresentar dados recentes sobre suas atividades. Em 2023, a instituição lançou cerca de 30 editais em diversas áreas de pesquisa e desenvolvimento; em 2024, já são mais de 26 editais abertos, abrangendo bolsas de estudo, auxílios a projetos e programas de capacitação e inovação. Também foi mencionado que o orçamento atual da instituição é de R$ 637 milhões, representando 2% da dotação estadual, com previsão de R$ 650 milhões para 2025; e que a Faperj tem aproximadamente 9.500 bolsistas, desde a pré-iniciação científica até o pós-doutorado.

A representante da Associação Nacional de Pós-Graduados, Natália Trindade, destacou o trabalho da entidade para a pesquisa e permanência dos profissionais no Rio de Janeiro. “Para nós, a Faperj significa a possibilidade de infraestrutura digna nos programas de pós-graduação, a realização de nossas pesquisas com insumos adequados e, sobretudo, a possibilidade de sobrevivência através do trabalho de pesquisa. Somos bolsistas, que, graças à Faperj, conseguem se fixar no estado e sair de situações de insegurança alimentar com o pagamento mensal das bolsas”. Ela enfatizou ainda que a instituição é mais do que uma agência de fomento, funcionando como um instrumento de política social, de geração de emprego, renda e combate à fome, disse.

Presidente da Associação de Servidores da Faperj, Luciana Lopez fez um apelo sobre a importância da instituição para o futuro da ciência e da sociedade: “A Faperj não é apenas uma instituição; é um símbolo do que de melhor podemos alcançar como sociedade; o conhecimento. Ela representa nossas esperanças por um futuro mais justo, inovador e próspero. Por isso, faço um apelo sincero: defendam a Faperj, pois investir nela é investir no futuro do Rio de Janeiro, no progresso da ciência, da tecnologia e na criação de oportunidades para todos”, reiterou.

A audiência contou também com a presença dos deputados Carlos Minc (PSB) e Flávio Serafini (PSOL); dos deputados federais Jandira Feghali (PCdoB) e Reimont (PT); além de Ana Tereza, representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

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