Polícia Civil Rio de janeiro FotoDivulgaçãoReprodução

Polícia Civil Rio de janeiro. Foto/Divulgação/Reprodução

Policiais civis da 12ª DP (Copacabana) realizam, nesta quarta-feira (30/10), a “Operação Contra Golpe”, para desmantelar uma organização criminosa especializada em fraudes financeiras. De acordo com as investigações, o grupo fez vítimas em vários estados do país, preferencialmente idosos, e movimentou pelo menos R$ 6 milhões no último ano, em atividades atípicas, próprias de lavagem e ocultação de valores financeiros, como depósitos fracionados e pulverização fracionada em dezenas de contas da quadrilha. As equipes estão nas ruas para localizar os alvos nos estados de São Paulo, Ceará e Pará.
 
Até o momento, duas pessoas foram presas, sendo uma no Ceará e outra em São Vicente, em São Paulo. Os agentes apuraram que os criminosos contataram um homem de 75 anos por meio de mensagem por SMS, com um link de desconto para sua fatura do cartão de crédito. Após o idoso acessar o endereço eletrônico, a quadrilha conseguiu realizar quatro transferências bancárias, somando cerca de R$ 130 mil.
 
Após essa movimentação financeira, os autores efetuaram ligações para a vítima, se passando pelo seu gerente bancário. Por meio de engenharia social, conseguiram convencê-la de que os valores transferidos seriam estornados, mas que ela precisava transferir o restante do dinheiro existente em sua conta bancária para que os estelionatários fossem localizados e presos pela Polícia Federal. 
 
O homem informou que estava convencido de que estaria colaborando com uma investigação da Polícia Federal e, por isso, realizou cinco novas transações. Ao todo, o prejuízo foi de R$ 1,17 milhão.
 
Após extenso trabalho de investigação, que contou com o apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), oito pessoas foram indiciadas pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A partir do inquérito, a Justiça decretou a prisão preventiva dos envolvidos, bem como o bloqueio de todas as suas contas bancárias. 
 
A investigação demonstrou que o grupo criminoso fez vítimas em vários estados, como Rio de Janeiro, Amazonas, Amapá, São Paulo, Brasília, Ceará, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Paraíba, Tocantins, Piauí e Pernambuco.
 
A utilização de inúmeras contas bancárias para a ocultação e lavagem dos recursos obtidos de forma criminosa despertou a atenção dos agentes. Os valores obtidos da vítima foram pulverizados, havendo a suspeita da participação de pelo menos outras 30 pessoas nessa associação criminosa, que é uma das maiores em atividade no país. Todos os alvos de mandados de prisão possuíam dezenas de contas bancárias, sendo que somente um deles tinha mais de 40 contas abertas. 
 
A partir da operação desta quarta, a 12ª DP espera identificar os demais envolvidos no esquema criminoso.

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