Ontem, sábado (28), o debate promovido pela Record, com os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo, foi marcado por um clima “pacífico” – sem violência física ou xingamentos. Houve confronto sim, mas de ideias, especialmente entre os três candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenção, mas sem ataques pessoais. Nenhum direito de resposta foi concedido. O encontro foi mediado pelo jornalista Eduardo Ribeiro.
O debate da Record ocorre cinco dias após uma confusão protagonizada pela equipe de Pablo Marçal (PRTB) no debate organizado pelo Flow Podcast, que culminou com soco, sangue e boletim de ocorrência. Em 15 de setembro, Marçal foi atingido por uma cadeirada dada por José Luiz Datena (PSDB) depois de muitas provocações do candidato do PRTB. Pablo Marçal, inclusive, adotou hoje uma posição mais moderada, munido de uma linguagem de coach, com uma pitada de discurso motivacional.
As trocas de acusações entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Marçal foram o momento mais tenso do debate. Marçal voltou a acusar o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) de “roubar dinheiro da merenda” e recebeu uma advertência após chamar Guilherme Boulos (PSOL) de “Boules”.
Nunes foi o alvo preferencial dos candidatos que participaram do debate. Marçal afirmou que Nunes foi o pior prefeito de São Paulo. Em sua defesa, o candidato do MDB, que aparece à frente dos adversários nas principais pesquisas de intenção de voto, evitou confrontos e optou por falar sobre as obras e realizações de sua gestão.
Nunes e Boulos tiveram apenas um embate, quando o candidato do Psol questionou o atual prefeito sobre a omissão durante o apagão que a cidade sofreu em novembro de 2023. Em resposta, Nunes tentou atrelar Boulos à prática criminosa conhecida como “rachadinha”, que teria sido praticada pelo deputado federal André Janones (Avante/MG).
Boulos também foi alvo de ataques por parte de Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (NOVO). A candidata do PSB tentou encurralar Boulos usando posicionamentos do PSOL sobre questões como aborto, descriminalização das drogas e Venezuela.
O autor da cadeirada em Marçal, o apresentador José Luiz Datena (PSDB), ficou irritado ao ter sua serenidade questionada pela jornalista Christina Lemos, que classificou o episódio como um “destempero”. O candidato disse que apenas se defendeu e que governará a cidade com coragem caso seja eleito.
Os dois candidatos mais bem posicionados nas pesquisas voltaram a citar seus respectivos padrinhos políticos e aliados. No caso de Boulos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua candidata a vice-prefeita Marta Suplicy, que já foi prefeita de São Paulo. Enquanto Nunes recorreu ao governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Participaram do debate os candidatos mais bem posicionados na pesquisa Big Data, encomendada pela emissora: Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).
Fonte: Record News e SBT News