Uma das grandes vedetes desta eleição, a moeda social é figurinha carimbada em muitos programas de governo. Inspirados no sucesso da Mumbuca, em Maricá, e da Arariboia, em Niterói, candidatos a diversas prefeituras do estado – e das mais diferentes correntes políticas – falam a mesma língua quando o assunto é esse.
Na capital, Eduardo Paes defende que a Carioquinha é uma das formas de impulsionar o desenvolvimento econômico em regiões de baixa renda. O mesmo acontece em Duque de Caxias e São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e em Itaguaí, na Costa Verde.
“Estive em Maricá e pude ver de perto como a moeda social faz a economia crescer, ajudando o comerciante local. Essa é nossa ideia com a Duque, que será aceita em todo o município para fazer Caxias evoluir”, diz José Camilo Zito (PV).
Já Léo Vieira (Republicanos) aposta na Buriti em São João de Meriti: “Nós vamos criar nossa moeda social para atender os que mais necessitam. Um valor será depositado todo o mês para que os moradores gastem exclusivamente em nosso comércio local, gerando emprego e renda”.
Com o lema “Itaguaí compra Itaguaí”, Donizete Jesus (União Brasil) defende a criação da Ita.
“Essa é uma das propostas que pretendo colocar em prática assim que tomar posse. Um banco da cidade vai administrar a Ita, que poderá ser usada em todo o comércio, inclusive nos ônibus e nas vans”, ressalta.
O Banco Central autoriza a emissão de moedas sociais por meio de bancos comunitários.
Atualmente, existem cerca de 150 deles no Brasil. São organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos e autossustentáveis com a circulação da moeda.
Todas as instituições precisam estar vinculadas a um banco público e associadas à rede que desenvolve plataformas para as operações bancárias. As moedas sociais não concorrem com o real, e sim estão atreladas a ele.
Fonte: Marcos Vinícius