Pediatra Claudio Ortega destaca baixa cobertura vacinal contra varicela e cuidados específicos que podem ajudar na prevenção de polinoses e doenças virais
A primavera, que começa dia 22 de setembro, marca o aumento de doenças sazonais entre as crianças, como a varicela, rubéola e as chamadas polinoses — rinites, conjuntivites e asma. Segundo o pediatra Claudio Ortega, de Niterói, a prevenção dessas doenças começa com a imunização correta e a adoção de medidas que minimizem o contato com alérgenos.
Vacinação é fundamental para prevenir varicela e rubéola
“A rubéola e a varicela, por exemplo, são doenças preveníveis com vacinas eficazes, desde que aplicadas no período correto”, explica o especialista. Dados recentes do Instituto Butantan mostram que a maioria dos municípios brasileiros não atingiu a meta de 95% de cobertura vacinal. E quando se trata de Niterói, a cobertura para a varicela, está em apenas 43,56%, enquanto a da tríplice viral, que protege contra rubéola, sarampo e caxumba, em 78,64%, segundo dados do DataSUS. “São percentuais preocupantes, já que a melhor forma de controlar essas doenças, principalmente em períodos de maior circulação, é aumentar cada vez mais a imunização”, alerta Ortega.
Ele também reforça a importância da segunda dose da vacina contra varicela, que atualmente é aplicada aos quatro anos. “A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que essa dose seja antecipada para os 15 meses, o que garantirá proteção mais rápida”, orienta o pediatra.
Alergias sazonais: rinites, conjuntivites e asma se intensificam na primavera
Além das doenças virais, as alergias sazonais ganham destaque nessa época do ano. Com o aumento da quantidade de pólen no ar, as crianças podem apresentar sintomas como espirros, coceira nos olhos e nariz, obstrução nasal e crises de asma. “As polinoses, como rinites e asma, são intensificadas pelo pólen, mas também podem ser provocadas por outros alérgenos como ácaros e poeira, que estão presentes o ano todo”, destaca Ortega.
Para prevenir essas alergias, o médico sugere medidas simples, como manter os ambientes bem ventilados e livres de poeira, além de evitar o acúmulo de objetos que podem reter ácaros, como cortinas e tapetes e bichos de pelúcia. “Também é importante lembrar que os pais devem buscar orientação médica para o controle adequado das alergias e, se necessário, fazer uso de medicamentos para alívio dos sintomas”, conclui.
Fonte: Alessandra Ceroy