06 a 15.09 Doidas e Santas (Foto Nana Moraes) (1)2

Com Cissa Guimarães, Giusepe Oristanio e Josie Antello, o espetáculo 'Doidas e Santas' comemora 10 anos de trajetória no Theatro Municipal de Niterói. Foto/Divulgação: Nana Moraes

Festival Brasileiro de Cinema Universitário e MAC retomam a parceria

O Festival Brasileiro de Cinema Universitário está de volta! O 22° FBCU, que vai ocorrer dos até o dia 06 de setembro, representa a tão esperada volta presencial do Festival, que é organizado pelos alunos da UFF desde 1995.

Nesta edição, o evento retoma a parceria com o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, iniciada em edições anteriores. O museu vai receber exibições de mostras e atividades gratuitas do festival.

Serviço

22º Festival Brasileiro de Cinema Universitário

MOSTRA – PERSPECTIVAS DO FAZER-CINEMA (14h às 17h)

Datas: 04/09 (quarta-feira) – 12 anos

05/09 (quinta-feira) – Livre

06/09 (sexta-feira) – 14 anos

gratuito

classificação Livre

Programação completa no instagram @fbcu_festival

Local: Auditório MAC Niterói

Endereço:  Mirante da Boa Viagem, s/n, Boa Viagem, Ingá, Niterói – RJ

 

Grota e convidados em Memória de Fernando Brasil

Num dia em que seria vivenciado pelo luto, grupos artísticos do Espaço Cultural da Grota se reúnem para um belo espetáculo em memória de Fernando Brasil. O evento acontece na Sala Nelson Pereira dos Santos, na quarta-feira, 04 de setembro, às 19h30. O jovem que morreu aos seus 23 anos por um acidente de moto na ponte Rio-Niterói, será lembrado por suas realizações artísticas na ONG que comemora 30 anos de existência em 2025.

 

Fernando Brasil. Foto/Divulgação

Serviço

Grota e convidados em Memória de Fernando Brasil

Data: Quarta-feira, 04 de setembro de 2024

Horário: 19h30

Classificação Indicativa: Livre

Evento Gratuito

Adquire o ingresso na Sympla, ou na bilheteria da Sala Nelson Pereira dos Santos

Duração: 90min

‌Local: Sala Nelson Pereira dos Santos

End: Av. Visconde do Rio Branco, 880 – São Domingos, Niterói

 

 

“Entre Amigos e Irmãos”no Theatro Municial de Niterói            

O Theatro Municipal de Niterói recebe no dia 04 de setembro (quarta-feira) às 19h, o espetáculo ENTRE AMIGOS E IRMÃOS.

A banda é formada por amigos e irmãos, e é composta por piano, violão, guitarra, baixo, percussão e vozes. A apresentação traz músicas inéditas e sucessos da Música Brasileira e Estrangeira de várias épocas e estilos,  proporcionando uma experiência interativa com momentos de encantamento, alegria, vibração e muita emoção.

O espetáculo colabora com a Creche Comunitária Dom Orione, que atende crianças carentes no bairro de São Francisco, em Niterói.

 

Direção Geral: Profª  Maria Alice Dutra Viestel

Produção: Roseli Araújo

Violão: Mauro Costa

Guitarra e Percussão: Aloysio Saad

Contrabaixo: Miguel Ângelo Viestel

Piano: Maria Alice Viestel

Bateria e Percussão: Lucca Machado

Vozes: Marco Viestel,

            Maria Alice Viestel

            João Marcelo Martins

Piano Solo: Alfredo Sertã

Violão Solo: Arthur de Paula

SERVIÇO

Entre Irmãos

Data: 04 de setembro

Horário: 19h

Duração: 70 min

Classificação etária: Livre

Ingresso: R$ 40,00

Local: Theatro Municipal de Niterói

Endereço: Rua XV de Novembro, 35, Centro, Niterói

 

 

Museu Janete Costa recebe o projeto Clássicos de Câmara

O Projeto Clássicos de Câmara chega ao Museu Janete Costa, nesta quarta-feira (04 de setembro, com apresentação do Quarteto Atlântico, às 18h. A entrada é gratuita

O Quarteto Atlântico é um quarteto de cordas cujo currículo lhe confere um destaque especial no cenário da música de câmara brasileira. É formado por jovens músicos que se encontram na cidade do Rio de Janeiro e dão vida a uma experiência estética homogênea.

Foto/Divulgação

Por meio de sua execução, o quarteto deixa perceber uma grande afinidade artístico musical. Completando já 9 anos de existência, os integrantes possuem extensa experiência na música de concerto, tanto em recitais individuais ou com pequenos grupos, quanto integrando as principais orquestras do estado. Thiago Teixeira é violinista da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro desde 2011, da Johann Sebastian Rio e criador do projeto Metalviolin, com álbum solo e singles lançados e milhões de pessoas alcançadas Brasil afora. Ivan Scheinvar é violinista da Orquestra Sinfônica Nacional, da Johann Sebastian Rio, foi Spalla da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e é professor de música de câmara da UFRJ. Luiz Felipe Ferreira é violinista da Orquestra Sinfônica Nacional, onde ocupa o cargo de líder de naipe dos segundos violinos e atua como músico convidado na Orquestra Sinfônica Brasileira. Bruno Valente é concertino do naipe de violoncelos da Orquestra Sinfônica Nacional, é professor do projeto Ação Social Pela Música do Brasil e atuou como chefe de naipe da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz por 8 anos.

integrantes

Ivan Scheinvar | VIOLINO

Nascido no Rio de Janeiro, Ivan Scheinvar Tavares iniciou seus estudos de violino com apenas quatro anos de idade. Aos 14 anos se tornou aluno do Professor Paulo Bosisio, um dos mais destacados professores do país, com quem realizou toda sua formação, incluindo o Bacharelado e o Mestrado na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Ao longo de sua carreira, Ivan conquistou prêmios em diversos concursos: 1o lugar na categoria A do 15° Concurso Nacional de Cordas Paulo Bosisio, em 2013; Solista Revelação no IV Concurso Nacional Jovens Solistas da Orquestra Filarmônica de Goiás, em 2016; Menção Honrosa no Concurso Jovens Solistas da Filarmônica de Montevidéu, em 2019; Vencedor do I Concurso de Música de Câmara da UNIRIO com o Quarteto Atlântico, em 2016, e Menção Honrosa no III Concurso de Música de Câmera do Festival Villa-Lobos também com o Quarteto Atlântico, em 2013. Apresentou-se como solista frente às orquestras: Johann Sebastian Rio, Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás, Orquestra Sinfônica da UNIRIO e Camerata de Cordas Villa-Lobos. Como músico de orquestra, foi membro, entre 2014 e 2020, da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, atuando como concertino em 2019 e Spalla em 2020, além de atuações interinas nesse cargo em 2016 e 2018. No fim de 2020 foi aprovado no concurso para ser membro da Orquestra Sinfônica Nacional, na qual atua atualmente. Desde 2019 é membro da Johann Sebastian Rio, e desde 2015 atua como violinista convidado na Orquestra Petrobrás Sinfônica. Como camerista possui uma Pós-Graduação na área; se destacou atuando no Quarteto Atlântico, desde sua construção em 2013, quarteto de cordas vencedor dos prêmios já citados, e compõe o Duo Scheinvar-Balloussier, ao lado da grande pianista Kátia Balloussier. Ao longo de sua formação teve aprovação e participou de diversos festivais de destaque no cenário brasileiro, latino-americano e europeu. Além disso, realizou masterclasses com renomados professores da música de todo o mundo.

Thiago Teixeira | VIOLINO

Natural do Rio de Janeiro, iniciou seu primeiro contato com o instrumento aos 13 anos. Violinista da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro desde 2011, membro fundador da Orquestra Johann Sebastian Rio e criador do projeto Metalviolin, com álbum solo lançado em 2017 e milhões de pessoas alcançadas Brasil afora. Formado Bacharel em violino na classe do professor Adonhiran Reis e tendo sua formação anterior pelo violinista Felipe Prazeres, participou de diversos festivais de música no Brasil e no exterior onde teve oportunidade de aprender com grandes nomes como Domenico Nordio, Kees Hülsmann, Theodora Geraets, Olé Böhn , Sebastian Gottschick, entre outros. Foi um dos representantes do Brasil na Young Euro Classic Orchestra, em 2011, sendo regido pela batuta da violinista Liana Isakadze, exassistente do renomado violinista David Oistrach. Dentro do campo da música de câmara, como violinista do Quarteto Metacustico foi premiado com a primeira colocação no VIII Concurso de Câmara do Festival Villa Lobos, ganhando também o concurso na categoria Destaque do BNDES de 2019 com o espetáculo Metamorfose, em homenagem ao Turtle Island String Quartet. Atualmente também é integrante do Quarteto Atlântico. Além de músico integrante da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e da Johann Sebastian Rio, atua também como músico convidado em orquestras como Petrobrás Sinfônica, OSB, entre outras. Em 2022 passou a integrar o Quarteto Atlântico.

Luiz Felipe Ferreira  | VIOLA

Natural do Rio de Janeiro, Luiz Felipe Ferreira é Bacharel em violino, possui Pós Graduação em música de câmara pelo Conservatório Brasileiro de Música – CBM e atualmente cursa o mestrado em música na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Participou de vários festivais de música no país e no exterior, tendo representado o Brasil no Deutsch Skandinavische Jugend-Philharmonie por duas edições consecutivas, apresentando-se na Berliner Philharmonie, em Berlim. Já participou como músico convidado e contratado nas principais orquestras da cidade (OSB, OPES, OSTMRJ). Foi membro do Quarteto Suassuna e junto ao grupo participou como solista, na Sala Cecília Meireles, frente à Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro / OSUFRJ. Com o grupo se apresentou no Arianna Chamber Music Festival, em Saint Louis, Missouri – EUA, sob orientação do Arianna String Quartet. Desde 2016 é membro efetivo da Orquestra Sinfônica Nacional – UFF onde ocupa o cargo de chefe de naipe dos segundos violinos. Tem atuado como violinista e violista dos principais musicais realizados na cidade do Rio de Janeiro desde 2015. Em 2022 passou a integrar o Quarteto Atlântico como violista.

Bruno Valente | VIOLONCELO

Natural de Belém – PA, iniciou seus estudos de violoncelo com o professor Áureo de Freitas, no Conservatório Carlos Gomes, e formou-se no curso Bacharelado, em Violoncelo, da Universidade Estadual do Pará (UEPA), na classe da professora Nelzimar Neves. Foi personagem principal do documentário Amazon Rain Forest, produzido pela BBC de Londres (Radio 4) e da revista Pateck Phelipp Magazine. Frequentou festivais de música no Brasil e no exterior, tendo máster classes com grandes nomes do violoncelo. Na Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP), foi chefe de naipe durante 8 anos. Foi primeiro lugar no concurso Dóris Azevedo na categoria violoncelo, e segundo lugar na categoria música de câmara. Como solista atuou junto à Orquestra Jovem do Conservatório Carlos Gomes (OJFCG) e Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP). Bruno tem atuado ativamente como camerista em diferentes formações. Com o Quarteto Belém e Camerata Fam, participou de apresentações em Belém (PA) e Portugal. Ainda com o quarteto Belém, gravou um cd, junto ao pianista Bernardo Santos, para o selo Da Vinci Classics. Em dueto com o mesmo pianista apresentou-se na série Villa Lobos Aplaude da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e gravou para os programas Sala de Concerto e Partituras da Rádio MEC e TV Brasil. Atualmente é concertino do naipe de violoncelos da Orquestra Sinfônica Nacional – UFF, violoncelista do Quarteto Atlântico e professor de violoncelo do projeto Ação Social Pela Música do Brasil

Premiação

O Quarteto Atlântico conta, em seu currículo, premiações importantes em competições destacadas no Brasil, tais como: Vencedor do Concurso de Música de Câmara da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, por unânime opinião do júri; Menção Honrosa no Concurso Internacional de Música de Câmara do Festival Villa Lobos e Vencedor da categoria “Jovens Talentos” do edital BNDES.

SERVIÇO

Quarteto Atlântico | Projeto Clássicos de Câmara

Data : 04 de setembro

Horário: 18h

Duração: 60min

Classificação etária: Livre

Local : Museu Janete Costa

Endereço: R. Pres. Domiciano, 178 – São Domingos, Niterói

 

 

Marcelino Melo mostra sua versão para ‘Etnogênese’, no MAC Niterói

Com curadoria de Emicida, Luiza Testa e Patricia Borges, Marcelino Melo, o Quebradinha, estreia, em setembro, sua primeira exposição individual com uma série inédita. A mostra ficará em cartaz de 7 de setembro a 24 de novembro, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói – MAC

O artista visual Marcelino Melo, também conhecido como Quebradinha, ouviu o termo etnogênese pela primeira vez em um espetáculo teatral. A palavra despertou curiosidade. Ao descobrir seu significado, essa faísca se transformou numa pesquisa que começou em março de 2023 e que entrou em profunda simbiose com o trabalho do artista. Agora, o termo se torna “Etnogênese – O Que É e O Que Pode Ser”, título da sua primeira exposição individual, que reúne 43 obras, entre quadros, vídeos, fotografias e instalações e que terá abertura no sábado, 7 de setembro, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, o MAC

Quebradinha – Djalma Moura – Léu Britto/Foto/Divulgação

A exposição, que marca a primeira imersão de Emicida no mundo das Artes Visuais, será dividida entre o prédio principal do museu e o Macquinho, espaço sociocultural localizado no Morro do Palácio. “Etnogênese” também vai se relacionar com a comunidade e propor ações educativas para os moradores. Na abertura, será apresentada uma performance inédita concebida por Marcelino Melo, que começará no Macquinho e irá em direção ao museu.

Do lado de fora, haverá também uma grande instalação convidando o público a conhecer o universo das periferias apresentado pelo alagoano de 30 anos, nascido em Carneiros, cidade de apenas 8 mil habitantes no sertão de Alagoas e radicado em São Paulo.

Marcelino ganhou o apelido de Quebradinha por produzir um trabalho que remonta à arquitetura da favela. A partir da adesão do termo ‘etnogênese’, sua pesquisa ganha novas camadas e novas faces. Se debruçando, então, sobre o termo acadêmico, ele cria uma nova série de obras, que serão apresentadas pela primeira vez na exposição: “A ideia era chegar na definição visual do que seria a etnogênese, a partir das periferias. As pessoas vão conhecer de perto um trabalho que elas já sabem que existe, no entanto, com uma nova proposta, em direção ao lúdico, ao afetivo, à memória e à territorialidade, não só das favelas, mas do interno, do que nos habita”, afirma Marcelino.

Como o artista vê a etnogênese

O termo antropológico etnogênese é utilizado de diversas formas no universo acadêmico, a mais comum é para se referir a um processo de insurgência de novas identidades étnicas ou de ressurgimento de etnias já reconhecidas, pelo qual um grupo humano começa a ver-se a si próprio ou a ser visto pelos outros como um grupo étnico distinto. “Eu chego nessa palavra, a partir da busca por uma estética menos subjetiva do que as casas, com que eu já trabalhava. As casas falam de violência de uma forma muito sutil. Na etnogênese, eu quero explorar a figura do corpo que habita esses territórios, a visualidade desses corpos. Isso faz com que o trabalho se liberte da narrativa que já existe, para que se criem novas”, afirma.

Nas obras da nova série, pessoas em favelas usam máscaras em formato de casa e a favela ganha, assim, vida e formato humano, transformando-se num ser que vem do barro, o que o artista vem chamando de faces. “É como se as casinhas fossem o casulo e o casulo abrisse e surgissem esses personagens que vou apresentar agora em diversos formatos. Com a etnogênese, eu trago esse ser, feito de barro, essa representação do ser periférico”, revela Marcelino.

Sobre a escolha de um termo acadêmico para representar um trabalho tão real e popular, a curadoria relata: “Como curadores dispostos a alcançar um público que não necessariamente é assíduo em museus, decidimos não subestimar essa população. Sabemos que, se fizermos nosso trabalho bem feito, conseguiremos ajudar Marcelino a popularizar o termo ‘etnogênese’ e a criar uma identificação entre as pessoas e as obras. Esperamos que o público, de forma geral, se veja representado e refletido nessa exposição”, diz a curadora Luiza Testa.

Convidado por Patricia Borges e Luiza Testa para ser um dos curadores da exposição, Emicida e Marcelino se conectaram de imediato. “Eu e o Leandro (Emicida) somos amigos há muitos anos e sempre tivemos essa troca em relação à arte. Foi ele quem me apresentou o trabalho do Marcelino depois de ver uma obra exposta no CCSP. A partir daí, conheci o Quebradinha e começamos a trabalhar juntos. A sintonia entre os dois é muito grande e não existiria pessoa melhor que o Emicida para estar com a gente nessa exposição”, afirma Patricia.

Já Emicida vem aprendendo com as curadoras, com Marcelino e espera criar um ambiente provocativo para novas reflexões: “Sinto que meu papel aqui é ajudar em tudo o que for possível para que possamos fazer a experiência da exposição ser linda, provocativa, contemporânea fugindo de qualquer clichê. Marcelino já tem uma arte que conversa com um mundo que está além das galerias e museus, talvez nossa luta aqui seja criar uma bela intersecção entre esses dois mundos, com toda a verdade de ambos, que faça as pessoas saírem da exposição se perguntando se favelas já não deveriam estar nos museus, em todos os sentidos”, diz.

A música também é parte das referências e inspirações de Marcelino para a criação da nova série, pois durante o processo de pesquisa, ele mergulhou de cabeça no universo de artistas como Chico Science, Nação Zumbi e Racionais MCs. A ideia de confluência de Nego Bispo, a literatura de Carolina Maria de Jesus e a canção, de Leci Brandão, nome que ainda dá título a uma das obras, também compõem o universo de inspirações do artista. 

O barro como um conceito que gera vida

Desde antes de criar as Quebradinhas que o tornaram conhecido, Marcelino já tinha uma relação criativa e afetiva com a ideia do barro, tão presente no universo periférico. “O barro está na parede e no chão nas comunidades. Já em bairros nobres, está no telhado. Pensando nisso, eu começo a tratar o barro como se ele fosse a base. Ele é o mesmo, um ser só, o barro que dá vida a outras formas, sejam elas o corpo ou as casas. O barro é a base até mesmo para a cor. Por ele ser laranja, eu costumo pensar muito que o ser periférico é muito semelhante ao barro. Pensando nisso, o barro é meu norteador”, explica o artista.

No sertão de Alagoas, Marcelino brincava com o barro quando criança, isso também traz uma relação afetiva e de inspiração com o material. “Eu não tenho essa ideia do barro como algo ruim, um empecilho, uma sujeira, algo que suja a roupa e os pés. O barro, para mim, tem a ver com território, com afetividade. Uma das minhas avós era paneleira, fazia panela de barro. Ele me conecta com o meu trabalho e com as minhas memórias, me faz pensar que o Brasil, grandão que só, é muito conectado, muito próximo, pequeno e grande ao mesmo tempo”, reflete.

A violência e a ousadia ganham lugar nas obras

Conhecido por abordar de maneira muito sutil a questão da violência em suas obras, desta vez, Marcelino apresentará uma obra em que o tema aparece com mais destaque. “De maneira geral, o meu trabalho sempre vai no caminho do singelo, da sutileza mas desta vez, trago uma pistola pendurada em uma das obras, vai na ideia de ‘o que é e o que pode ser’. Ela estará incluída numa instalação que tem diversos objetos e terá uma interpretação ambígua, pois a arma faz parte da construção do imaginário do ser periférico, seja como um agente do Estado, para matar, ameaçar ou, na mão do favelado, quando ela ganha outra conotação: ‘entre o corte da espada e o perfume da rosa’. Eu deixo essa interpretação à escolha do público”, adverte.

Também se destacam, entre as obras, duas peças que são táteis e sensoriais. Todas terão audiodescrição e a altura das obras terá o menor padrão de altitude, para que crianças e PCDs possam ter acesso com mais facilidade. 

Sobre Marcelino Melo:

Marcelino Melo ou Nenê, 30, é um jovem nascido em Alagoas e residente da zona sul de São Paulo. Produtor audiovisual, fotógrafo aéreo, educador e artista, transita por diferentes áreas da criação e do conhecimento. Seus trabalhos direcionam para um olhar descentralizado e na perspectiva de desconstruir narrativas, tendo as periferias como centro de suas obras e criações. No campo das artes visuais, Quebradinha surgiu em 2019, e é uma série de esculturas feitas a mão a partir de materiais reciclados que reproduz em miniatura a vida periférica, através de elementos simples e essenciais que carregam histórias, gerando um olhar crítico e afetivo principalmente para quem vive as periferias e suas manifestações. Desde então o artista já circulou diversos espaços, como a exposição “Um Brasil para os Brasileiros”, em 2021 e 2023, no Instituto Moreira Salles, Sesc SP e MAR Rio, “intersecções”, 2022 a 2024 no Museu da Cidade de SP, “Escrevendo o hoje para que o amanhã não fique sem ontem” 2022 a 2024 no CCSP entre outras. Também foi destaque em veículos da mídia. No trabalho com fotografia aérea que realiza desde 2015, entre as diversas produções destaca-se a série Código de Barras, produzida em 2020, onde o fotógrafo acompanhou a evolução da covid-19 nas periferias a partir do cemitério Jardim São Luís, na zona sul de São Paulo, registrando a mudança da paisagem periférica. No audiovisual esteve presente em trabalhos de diversos artistas como Liniker, Mano Brown, Djonga, Rashid, além de obras no cinema e streaming, entre outros. 

“Etnogênese – O Que É e O Que Pode Ser” conta com Patrocínio Master da LN Urbanismo, Vista Verde, Sandi Hotel e Arte Wall.

  

Ficha Técnica 

Obras de Marcelino Melo

Curadoria e idealização: Emicida, Luiza Testa e Patricia Borges

Produção executiva: AMALGAMA – Isabela Vilela, Lorena Vilela e Paula Marujo 

Serviço 

Etnogênese – O Que É e O Que Pode Ser

Abertura: Sábado, 7 de setembro de 2024

Visitação: de 7 de setembro a 24 de novembro de 2024

Horários: de terça a domingo, das 10h às 18h (entrada até às 17h30)

Ingressos: R$16 (inteira) e R$8 (meia-entrada) 

Local da venda de ingresso: diretamente na bilheteria do museu (somente pagamento em dinheiro) ou online pelo site

Sympla (pagamento via cartão de crédito, PIX ou boleto – este disponível apenas para compras com pelo menos 7 dias de antecedência). 

Gratuidades: Crianças menores de 7 anos; Estudantes da rede pública (fundamental e médio); Moradores e naturais de Niterói; Servidoras/es públicos municipais de Niterói; Pessoas com deficiência; Visitante que chegar ao museu de bicicleta. Às quartas-feiras a visitação é gratuita para todo mundo!

Meia-entrada: Pessoas com mais de 60 anos; Estudantes de escolas particulares e universidades; ID Jovem: Pessoas de baixa renda com idade entre 15 e 29 anos que estejam inscritas no CadÚnico; Professoras/es. 

Locais:

Museu de Arte Contemporânea de Niterói

Endereço: (1) Mirante da Boa Viagem, s/nº, Boa Viagem, Niterói

Macquinho

Endereço: Rua Nair Margem Pereira, 1 – Ingá, Niterói

 

 

‘Doidas e Santas’ comemora 10 anos no Theatro Municipal

Com Cissa Guimarães, Giusepe Oristanio e Josie Antello, o espetáculo ‘Doidas e Santas’ comemora 10 anos de trajetória no Theatro Municipal de Niterói, com 6 apresentações, entre 06 e 15 de setembro.

Doidas e Santas é um projeto teatral idealizado por Cissa Guimarães com texto de Regiana Antonini e direção de Ernesto Piccolo. O texto é livremente inspirado no livro homônimo de Martha Medeiros e conta a história de Beatriz (Cissa Guimarães), uma psicanalista em crise no casamento. Seu marido (Giuseppe Oristanio) é turrão e machista, e não tolera a ideia da separação. Completando o elenco, temos a tríade de personagens que simboliza “as mulheres da vida” de Beatriz (irmã, mãe e filha) vividas pela atriz Josie Antello. O público experimenta alegrias, desilusões, anseios da vida urbana, o prazer cotidiano, as relações amorosas e o poder transformador da coragem e do afeto.

Doidas e Santas (Foto/Divulgação: Nana Moraes)

Cissa sempre desejou levar à cena um trabalho que expressasse as inquietações da mulher moderna. Quando completou 50 anos decidiu dividir com o público os dilemas e as dificuldades para equilibrar a vida conjugal, maternidade, realização profissional e pressão estética.

O livro de Martha Medeiros é uma coletânea de crônicas independentes que serviu de base para Regiana Antonini construir uma trama bem-humorada com um toque de histórias pessoais da dramaturgia. A trajetória dessa mulher moderna cria uma identificação imediata com o público. Através dela o público vira cúmplice e confidente dos anseios, desejos, dúvidas e amores de Beatriz.

A direção de Ernesto Piccolo trabalha conceitos como a quarta parede inserindo o público no espetáculo. A plateia participa de cada um dos dilemas e sofre junto de Beatriz. O conceito de iluminação utiliza-se das cores como elemento marcante nas transições de emoção durante o espetáculo. O cenário de Sérgio Marimba ambienta uma casa na qual as mudanças de objetos cênicos que acontecem durante a peça refletem no arco dramático de cada personagem. O figurino, de Marília Carneiro e Helena Araújo, trabalha respeitando a cartela de cores de cada personagem e criando signos que representam as sensações e personalidade de cada personagem.

Vista por mais de 500 mil pessoas entre Rio de Janeiro, São Paulo e mais 22 cidades brasileiras, a comédia romântica “Doidas e Santas” se consagrou como um dos espetáculos de maior sucesso da cena teatral carioca. A montagem completou 10 anos no mês de abril de 2020 e estava prevista um ano de turnê, porém em razão da COVID-19 não foi possível realizá-la. Agora em 2024 acontecerá essa comemoração. Doidas e Santas começa a sua turnê por Belo Horizonte, no dia 10 de maio e segue por mais 11 cidades brasileiras, são elas: Brasília, Goiânia, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Niterói, Belém, Fortaleza, João Pessoa, Natal e Recife.

Ficha Técnica

Dramaturgia: Regiana Antonini

Direção: Ernesto Piccolo

Elenco: Cissa Guimarães, Giusepe Oristanio e Josie Antello

Inspirado no livro de Martha Medeiros

Fotos: Nana Moraes

Serviço

Doidas e Santas – Turnê 10 anos

Data: De 06 a 15 de setembro de 2024

Horário: Sextas e sábados, às 20h; Domingos, às 18h

Ingressos: R$ 140 (Plateia, Frisa e 1º balcão) | R$ 35 (2º balcão – Valor único promocional)

Vendas pelo Sympla, ou na bilheteria do Theatro Municipal de Niterói

Classificação indicativa: 12 anos

Duração: 90min

Local: Theatro Municipal de Niterói

End: Rua XV de Novembro, 35, Centro – Niterói

 

 

Artezinha na Rua chega ao Horto de Itaipu

O Artezinha na Rua chega ao Horto de Itaipu neste sábado, 07 de setembro, a partir das 10h, com duas contações de histórias que irão encantar a criançada e toda a família. O projeto é realizado pela Fundação de Arte de Niterói – FAN.

Foto/Diivulgação

Começando a manhã Julia Resende traz a história de Chapeuzinho Vermelho, onde a vovó inicia o espetáculo com seu livro de histórias, e assim começa a contar um dos clássicos infantis mais encantadores. Passeando pelo bosque uma menina leva doces para sua vovó que ficou doente, mas o que ela não imaginava é que encontraria um lobo faminto pelo caminho. Ao longo da história descobrimos que o Lobo era bonzinho, e que todos merecem uma segunda chance. Para finalizar a nossa contação, a vovó faz perguntas sobre a nossa história com uma divertida interação com as crianças.

Logo em seguida, às 11h, é a vez de Anselmo Fernandes apresentar  “Contando com Delphina”, interpretado pela atriz Shana Magalhães que vivencia a personagem Delphina, que é a memória afetiva de toda vovó que as crianças guardam em seus corações. Para surpresa de todos, Delphina, além de contar histórias infantis, ela canta e dança ,trazendo ao palco, a vivência alegre e travessa da sua juventude.

A personagem convida a plateia a brincadeiras cantadas, com muita dança, animação e alegria. Ninguém consegue ficar parado, porque Delphina chega para movimentar, pois, traz no seu repertório, músicas da vivência infantil de ontem e de hoje.

SERVIÇO

Atração: Contação de histórias – Chapeuzinho Vermelho por Julia Rezende

Data: 07 de setembro

Horário: 10 horas 

Atração: Contando com Delphina

Horário: 11 horas

Local: Horto de Itaipu

Endereço: R. Dr. Pálvaro da Silva – Maravista, Niterói

 

 

Encontro de Blocos traz Sinfônica Ambulante e Maracatu Baque Mulher Niterói pro Campo de São Bento

Dia 08 de setembro acontece mais uma edição do Encontro de Blocos, no Campo de São Bento. Nessa apresentação a Sinfônica Ambulante convida o Maracatu Baque Mulher Niterói. O projeto acontecerá uma vez por mês e rodará toda a cidade de Niterói, e é produzido pela Fundação de Arte de Niterói – FAN

Foto/Divulgação

Sinfônica Ambulante

A Sinfônica Ambulante é uma fanfarra niteroiense que completou 13 anos de história em março de 2024. Nascida e crescida nas ruas, é Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro e também da cidade de Niterói, e faz questão de ocupar os  espaços públicos ao levar sua música e alegria por todos os cantos. Mistura sopros e  percussão em seu repertório repleto de sucessos nacionais e internacionais, sempre  temperando seus arranjos com os mais variados ritmos brasileiros, movidos pela energia  do Carnaval e da folia!

Foto/Divulgação

Maracatu Baque Mulher Niterói

Fundado em 10 de setembro de 2018, o grupo é fruto deste caminhar, no contexto da expansão das atividades do Baque Mulher Rio de Janeiro, fundado em 2016 por labá Tenily Guian, descendente direta de Mestra Joana e do Baque Mulher Recife.

SERVIÇO

Data: 08 de setembro (domingo)

Horário: 10h

Classificação etária: Livre

Local: Campo de São Bento

 

 

Circuito de Rodas de Choro de Niterói acontece neste domingo no Coreto do Campo de São Bento

O grupo Gafieira Araribóia, que convida: Bia Bedran, Gabriel Policarpo e Lucas Cypriano para fazerem uma apresentação multicultural no Circuito de Rodas de Choro de Niterói que acontece no domingo, 08 de setembro, às 11h, no Coreto do Campo de São Bento.

Gafieira Araribóia surgiu da ideia de criar um coletivo musical de Niterói para atuar em diversos gêneros da música brasileira, podendo, assim, fazer shows voltados para o choro, o samba, o forró, entre outros.

O grupo é formado por Daniel Karin, Maico Lopes, Rogério Souza, Tiago do Bandolim e Whatson Cardozo.

Foto/Divulgação

Bia Bedran

Foi integrante do Quintal Teatro Infantil e do grupo musical Bloco da Palhoça, além de realizar trabalhos para a televisão, entre os quais os programas Canta-Conto e Baleia Verde na TVBRASIL e O Lá vem História na TV Cultura de São Paulo.

Recebeu diversos prêmios ligados à música e ao teatro ao longo de toda sua vida, numa carreira de sucesso que completou 50 anos de profissão em 2023, participando ativamente da infância de várias gerações, educando, permeando sonhos e estimulando a criatividade de crianças do Brasil inteiro.

Gabriel Policarpo

Referência no mundo do samba, o músico, arranjador e educador, Gabriel Policarpo, destaca-se pela maneira criativa e virtuosa de tocar o repique. Aos 13 anos, entrou para escola do seu bairro em Niterói, a G.R.E.S Unidos do Viradouro, e logo assumiu o lugar de 1o repique e solista da escola. Em 2015 compôs a comissão de mestres de bateria para o grupo especial do carnaval do Rio de Janeiro. Ao lado de Bernardo Aguiar, criou o Pandeiro Repique Duo (PRD), trabalho que completou 10 anos em 2019 e coloca lado a lado esses dois instrumentos típicos da alma carioca.

Lucas Cypriano 

Jovem pianista niteroiense radicado em Nova Iorque há três anos. Já fez performances em espaços que vão desde o Circo Voador até o Mynton’s Jazz Club, e dividiu o palco com artistas como Letieres Leite, Nelson Angelo, Sylvio Fraga e Thiago Amud. Lucas dedica a sua pesquisa a música criativa e improvisada, com raízes que estão tanto na música brasileira como no Jazz norte americano. Além de pianista, também é compositor, arranjador e acordeonista, e está concluindo sua graduação no City College of New York.

Arariboias. Foto/Divulgação

SERVIÇO

Gafieira Araribóia convida: Bia Bedran – Gabriel Policarpo – Lucas Cypriano

Data: 08 de setembro (domingo)

Horário: 11 horas

Classificação etária: Livre

Local: Coreto do Campo de São Bento

Endereço: Alameda Edmundo de Macedo Soares e Silva, s/n – Icaraí

 

 

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