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Foto/Divulgação: stethoscope-hands-with-miniature-lungs (1)

Oncologista da Kora Saúde alerta sobre prevenção e diagnóstico precoce da doença

 No mês de agosto, conhecido como “Agosto Branco”, a conscientização sobre o câncer de pulmão e o combate ao tabagismo ganham destaque. O Dr. Fernando Zamprogno, médico oncologista da Kora Saúde, ressalta a importância de entender os riscos associados ao tabagismo e a necessidade de medidas preventivas eficazes.

O câncer de pulmão é o mais frequente entre os homens e o terceiro mais comum entre as mulheres no Brasil. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), ele está entre os quatro tipos de câncer mais prevalentes no país. Entre 2000 e 2022, o número de mortes por câncer de pulmão mais que dobrou, atingindo 30 mil óbitos anuais. Isso resulta em uma taxa de mortalidade de 8 a 14 mortes por 100 mil habitantes. Estudos realizados pela Fundação do Câncer mostram que o tabagismo é responsável por 80% das mortes por câncer de pulmão em ambos os gêneros no Brasil.

 “O cigarro é um dos maiores vilões quando se trata de câncer de pulmão,” afirma Dr. Fernando Zamprogno. “Tragar o cigarro ou puxar a respiração através do cigarro não tem diferença, tudo vai parar no pulmão. O ar segue um caminho natural, passando pela boca, pela epiglote, pela traqueia e chegando aos pulmões, é o que chamamos de campo de cancerização. O cigarro afeta várias partes do corpo, como cabeça, pescoço, base da língua, corda vocal, boca, língua, nariz, traqueia, esôfago, pulmão, pâncreas e bexiga. Combater esse vício pode prevenir uma cadeia de problemas.”

O tabagismo é responsável por aproximadamente 80% dos casos de câncer de pulmão, traqueia e brônquios. Além disso, o uso de dispositivos eletrônicos para fumar, como os vapes, tem sido associado a uma dependência ainda maior da nicotina. “A nicotina cria dependência. O vape, muito utilizado hoje, é prejudicial porque permite a manipulação da concentração de nicotina, tornando o vício ainda mais intenso. Quem usa vape frequentemente se torna mais dependente,” adverte o Dr. Zamprogno. “Além disso, há substâncias nos vapes cuja reação química no pulmão é desconhecida.”

O Dr. Zamprogno também destaca a importância de buscar ajuda para parar de fumar: “O primeiro passo para abandonar o cigarro é enfrentar o vício com apoio psicológico e medicamentoso. Cortar o cigarro de imediato é difícil, e muitas vezes é necessário o suporte de especialistas para lidar com o vício e encontrar alternativas para a nicotina.”

Para a detecção precoce do câncer de pulmão, especialmente para aqueles que fumam ou fumaram, é recomendada a realização anual de uma tomografia de baixa dose de radiação a partir dos 50 anos. Essa prática ajuda a identificar nódulos pequenos que podem ser monitorados, aumentando a taxa de cura. Embora o câncer de pulmão não seja o mais comum, ele é o que mais mata.

A conscientização e a prevenção são essenciais para combater o câncer de pulmão e reduzir a mortalidade associada a essa doença. Agosto Branco é o momento ideal para promover essas discussões e incentivar ações que salvam vidas.

Fonte: Caroline Brito

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