Descarte incorreto de resíduos sólidos, incluindo cabelos, causa entupimento das tubulações e deixa a Águas do Rio em alerta
Todo mês, cerca de 155 toneladas de lixo vão parar nas redes de esgoto do Centro e das zonas Norte e Sul da cidade do Rio de Janeiro – regiões onde o sistema de esgotamento sanitário está sob a responsabilidade da Águas do Rio. Materiais como lenço umedecido, absorvente, fralda, pano de chão, roupa íntima, preservativo, entre outros itens, são jogados indevidamente em vasos sanitários e ralos. Na rede de esgoto, esses resíduos, que também incluem fios de cabelo, entopem tubulações e causam extravasamentos em vias públicas. O resultado: a concessionária atende mensalmente aproximadamente 3,5 mil ordens de serviço relacionadas a esse tipo de problema somente na capital.
“O extravasamento de esgoto causa desconfortos a todos. Além do mau cheiro e do fato de atrair bichos, como ratos e baratas, essas ocorrências podem até mesmo interromper o trânsito de pedestres e carros, já que, para realizar o trabalho de desobstrução, precisamos interditar essas áreas”, explica Maria Alice Scardua Rangel, coordenadora de Serviços da empresa.
Para evitar que os detritos sólidos cheguem aos mares e rios, as estações de bombeamento de esgoto (também chamadas de elevatórias) e de tratamento possuem gradeamentos que retêm o lixo. Só nessas grades são retiradas, em média, 37 toneladas de resíduos sólidos por mês apenas na cidade do Rio.
“Temos, ainda, uma questão muito prejudicial no Rio de Janeiro, que é o descarte de lixo em rios. A população tem que se conscientizar de que detrito sólido precisa ser jogado em latas de lixo, para que cheguem ao aterro sanitário, e não ao sistema de esgotamento”, completa Maria Alice.
O que a população deve fazer?
Na hora de descartar o lixo, é importante que cada um faça a sua parte. Todo tipo de material sólido e restos de comida devem ir para as latas de lixo, e não para os ralos. O mesmo vale para fios de cabelo: nada de jogá-los nas pias, chuveiros ou vasos sanitários. Recicláveis, como metal, papel, plástico e vidro, podem ser separados e enviados para cooperativas de reciclagem.