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Foto/Divulgação: Thiago Lontra

As Comissões de Prevenção ao Uso de Drogas e Dependentes Químicos em Geral, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), e de Prevenção à Depressão e Drogas, da União dos Legisladores e Legislativos (UNALE), realizaram nesta quinta-feira (09/04) o 4º Simpósio sobre Prevenção ao Uso de Drogas para debater políticas públicas eficazes na luta contra a dependência química. O evento reuniu diversos especialistas e o presidente do colegiado, deputado Danniel Librelon (Republicanos), afirmou que irá pedir ao Governo do Estado que seja feito um censo sobre a quantidade de usuários de drogas no estado.

Para Librelon é de extrema importância debater o assunto. “A prevenção é o melhor caminho para se precaver que uma pessoa se torne dependente e, também, blindar a família desse sofrimento. Procuramos através desta Comissão fazer audiências públicas, realizar simpósios e unificar os nossos conhecimentos para conseguir avançar no nosso trabalho e representar a população fluminense neste debate tão significativo”, disse o parlamentar.

Segundo dados do Relatório Mundial sobre Drogas 2023, divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), houve um acréscimo de 23% no número de pessoas que consumiram drogas nos últimos 10 anos em comparação com a década anterior. O estudo também mostrou que a quantidade de pessoas que sofrem transtorno por causa de algum tipo de droga subiu para 39,5 milhões, um aumento de 45% também em 10 anos. De acordo com o presidente da Comissão, os números acendem um alerta para que políticas públicas de prevenção sejam cada vez mais fomentadas no estado e no país.

“As novas drogas estão vindo de uma forma muito destrutiva. Em São Paulo, tivemos vários usuários que morreram diante da sua grande agressividade. Aqui, no Rio de Janeiro, tivemos poucos casos, mas realizamos diversas audiências tratando sobre a questão. Nós fizemos um pedido ao Governo para fazer um censo sobre a quantidade de usuários de drogas no estado e quais drogas são utilizadas por eles. Sabemos que essas substâncias atingem todas as classes sociais”, ressaltou o presidente da mesa.

Papel da família, da escola e da comunidade

Durante a audiência, a questão do papel da família, da escola e da comunidade foi amplamente discutida, por ser um elemento diretamente ligado aos usuários de drogas. A psiquiatra e vice-diretora da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (ABEAD), Carolina Costa, destacou a importância de atuar nesses três pilares.

“Existem estudos que mostram que a negligência emocional e física gera um impacto no volume cerebral de crianças. Então o afeto, a valorização, a espontaneidade e o lazer são muito importantes para o desenvolvimento emocional saudável. É necessário atuar em vários domínios ao mesmo tempo, não basta só a família, a escola também é algo fundamental para prevenir o uso de substância e outros transtornos mentais”, disse a psiquiatra.

Fonte: ALERJ

 

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