Representantes do poder público, empresas e ambientalistas falam sobre ODS e desafios para os jovens na Águas do Rio
“Amem os seus territórios!”. A frase, enfática e inspiradora, foi dita por Larissa Eugênio, embaixadora do Programa Ambiente Jovem, do governo do estado, e deu o tom do evento “Água, Juventude e Saneamento”, na sede da Águas do Rio. A ideia da conferência era debater a importância dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para o futuro do planeta, ressaltando os desafios da população mais nova, o empoderamento feminino, o ESG na prática e a dignidade que chega com o acesso à água tratada para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
O encontro reuniu ainda representantes da Prefeitura do Rio, Cedae, sociedade civil, iniciativa privada, mestres e doutores ligados ao meio ambiente, estudantes, entre outros. Foi organizado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) e pelo Prêmio Jovem da Água de Estocolmo, com a colaboração da Câmara Brasileira de Comércio na Suécia e da Águas do Rio. O prêmio visa promover a conscientização, engajamento e protagonismo da juventude na proposição de soluções inovadoras e sustentáveis para o alcance dos ODS.
“O primeiro passo para mudar uma realidade é cuidar do lugar onde vivemos, mesmo que a infraestrutura esteja longe da ideal. Nós, jovens, somos agentes de transformação!”, afirmou Larissa, no auditório da concessionária, na Praça Mauá, Zona Portuária carioca, sexta-feira (12).
Assessor especial do comitê Rio G20, da Prefeitura do Rio, Henrique Silva ressaltou a importância sobre a democratização do debate como plataforma de ação conjunta entre a sociedade, poder público e empresas para que seja construído um mundo sustentável. O evento desta sexta-feira, aliás, estava na agenda do comitê:
“Isso tudo vai ajudar na adaptação, por exemplo, às mudanças climáticas. A sustentabilidade é um grande desafio que precisamos enfrentar com seriedade em todos os cantos do planeta”, disse Henrique, lembrando ainda que o Rio de Janeiro estará de portas abertas para sediar a 19ª reunião de cúpula do G20, em novembro.
Elisa Sohlman, CEO da Câmara Brasileira de Comércio na Suécia, foi mediadora do debate sobre “O Empoderamento Feminino como Chave para Mudança”. Negra, criada na periferia de Taboão da Serra (SP) e mãe ainda adolescente, ela direcionou uma mensagem às dezenas de jovens sentadas a sua frente, a maioria de origem humilde:
“Meu canto de expertise é: perturbar o status quo. É não entender onde querem impor que seja o meu lugar. Um lugar de pobre, um lugar de mulher, um lugar de preto. Nunca aceitem isso! Façam o seu lugar”, disse, arrancando aplausos.
Enquanto isso, Luan Oliveira, secretário-geral do Programa de Jovens Profissionais do Saneamento da Abes e porta-voz da Águas do Rio no evento, explicou que o fórum desta sexta-feira era uma espécie de convocação para a juventude mostrar sua capacidade de ter ideias inovadoras e de fazer ciência com qualidade:
“Aqui na Águas do Rio temos no nosso quadro de profissionais um grande número de jovens, nos mais diferentes espaços, incluindo no campo da liderança. A empresa sempre prega nos seus treinamentos a temática do empoderamento feminino, além de programas inclusivos”, explicou Luan.
Na mesma linha adotada por Larissa Eugênio, embaixadora do Ambiente Jovem, Maíra Sugawara, coordenadora de Sustentabilidade Ambiental na Aegea (holding da qual a Águas do Rio faz parte), lembrou a importância de olharmos com carinho para a territorialidade:
“O saneamento passa por todos os 17 ODS. E, se nós quisermos vestir a camisa para enfrentar essa pobreza sanitária brasileira, precisamos pensar numa estratégia de otimização e que inclua todos os territórios. Essa é a principal característica de quem trabalha de maneira eficiente”, concluiu.