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Dinei Medina, embaixador da Revolusolar, no Morro da Babilônia, Leme: lá há placas solares em hostels, escolas e casas. Foto/Divugação: Roberto Moreyra

Secretaria Municipal de Trabalho e Renda, Revolusolar e empresas se unem para ampliar o número de empregos verdes na cidade 

A Secretaria Municipal de Trabalho e Renda, em parceria com a ONG Revolusolar, fundadora da 1ª Cooperativa de Energia Solar em Favelas no Brasil, está realizando um estudo inédito sobre os desafios e oportunidades do mercado de trabalho de energia solar na cidade. O panorama do setor, diagnosticado por meio de um estudo preliminar, será apresentado no próximodia 26, às 14h, no Planetário do Rio, na Gávea. 

No alto do Morro da Babilônia, no Leme, as 112 placas solares fotovoltaicas da 1ª Cooperativa de Energia Solar em Favelas no Brasil. Foto/Divulgação: Roberto Moreyra

A partir do questionário encaminhado a empresas do segmento, será feita análise do cenário do mercado e elaborada proposta para a ampliação do uso da energia solar no Rio. As informações servirão de base para as discussões do G20 e anterior à COP,sobre o tema de transições energéticas e combate às desigualdades. 

Os instaladores de painéis fotovoltaicos, por exemplo, são representantes dos chamados empregos verdes, postos de trabalho sustentáveis que fazem girar a economia sem agredir o meio ambiente. Só no Rio, são quase 200 mil trabalhadores formais nos empregos verdes. 

O Comitê do G20 estará representado por Lucas Padilha, presidente do comitê no RJ, que participará do painel “Oportunidades de Desenvolvimento Social e Geração de Empregos Verdes com Energia Solar”, ao lado do secretário municipal de Trabalho e Renda, Everton Gomes, e dos representantes do setor da sustentabilidade Marcelo Ramos, da ação Profissionais do Futuro GIZ, e IlanCuperstein. A mediação será de Eduardo Ávila, representante da ONG Revolusolar. 

“Ainda há demanda reprimida para a popularização da energia solar em nossa cidade. O Rio é banhado pelo sol o ano todo, e os empregos verdes estão na pauta do dia. Em meados de 2023, a estimativa era de oito mil sistemas solares instalados em toda a cidade, com a respectiva demanda por instaladores de painéis fotovoltaicos. A expansão do setor nos permite apontar para um futuro ainda mais próspero em geração de empregos”, explica o secretário municipal de Trabalho e Renda, Everton Gomes. 

Atualmente, o estado do Rio ocupa a décima posição no ranking estadual de energia solar no Brasil. E a cidade, o oitavo lugar no ranking municipal. Desde 2012, a energia solar já gerou mais de 22 mil novos empregos na região; maisde R$ 4 bilhões em investimentos estatais; e mais de 700 MW de capacidade instalada solar, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). 

No alto do Morro da Babilônia, no Leme, por exemplo, é possível ver as 112 placas solares fotovoltaicas da 1ª Cooperativa de Energia Solar em Favelas no Brasil, que beneficiam 60 famílias da comunidade. Lá e no Chapéu Mangueira,hostels, escolas e casas são abastecidas por energia solar. 

“A transição energética justa e inclusiva, de forma a combater a pobreza energética, é um dos grandes desafios da humanidade. O Brasil, especialmente o Rio, pode liderar este processo pelo exemplo. Temos aqui a primeira cooperativa de energia solar em favelas, e em 2024 a Revolusolar está expandindo nacionalmente seu modelo de energia solar social. Agora é a vez de governos e empresas se mobilizarem e fazerem sua parte. As prefeituras podem ter um papel central na transformação do setor energético, utilizando a energia solar descentralizada para benefício da população”, defende Eduardo Ávila, diretor executivo da Revolusolar.

SERVIÇO: 

Apresentação da pesquisa “Energia Solar: Desenvolvimento Social e EmpregosVerdes’’

Local: Planetário do Rio (Rua Vice-Governador Rúbens Berardo, 100 – Gávea) 

Data: Terça-feira, dia 26/3 

Horário: 14h

Fonte: Ana Paula Araripe e Lucas

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