QR CODE

Ilustração/Divuolgação

O QR Code possui um limite de combinações? Chegará um dia em que não conseguiremos mais criar novos códigos? Perguntas como essas têm surgido com frequência, diante do uso em larga escala da tecnologia, principalmente após a pandemia de covid-19.

Com as restrições provocadas pelo coronavírus, o número de códigos gerados cresceu consideravelmente, facilitando os pagamentos sem contato, a visualização de cardápios em restaurantes e a entrada em eventos. A ferramenta também pode ser usada para a promoção de produtos, redirecionamento para sites e muito mais.

Sabendo que cada QR Code é único, começaram a aparecer boatos sobre um suposto limite na geração de novos códigos exclusivos, sugerindo que os padrões estariam próximos de esgotar. 

Antes de tratar do assunto, cabe lembrar que o Quick Responde Code (ou Código de Resposta Rápida) surgiu no Japão, em 1994. A tecnologia nasceu com a missão de expandir a capacidade do código de barras convencional, que apresentava dificuldade para catalogar peças na indústria automotiva. A melhora do sistema levou à invenção do QR Code, um código de barras bidimensional capaz de armazenar muito mais informações.

Respondendo às perguntas iniciais, a geração de novos códigos QR não é ilimitada, como destaca a New Scientist. Porém, é provável que demore muito tempo para que o limite de criação de padrões exclusivos deste tipo de codificação seja alcançado.

No momento, o maior padrão do código 2D é de 177 linhas x 177 colunas, o que resulta em 31.329 módulos únicos. Cada um destes módulos — os quadrados que vemos no código — pode ser branco ou preto, aumentando a quantidade de combinações para 231.329, como explica a plataforma QR Tiger.

O maior padrão atual suporta até 4.296 caracteres alfanuméricos, o suficiente para armazenar o endereço de praticamente qualquer site, ou mais de 7 mil caracteres numéricos. Assim, ele pode guardar dados para pagamentos, telefones, mensagens, contatos e textos.

Caso o sistema mais recente comece a apresentar limitações, bastaria desenvolver novos padrões, adicionando mais módulos ou espaços dentro do quadrado para a geração de combinações exclusivas. As atualizações precisam apenas ser compatíveis com os dispositivos de leitura, como o celular

Embora a geração de códigos QR novos esteja longe de esgotar, futuros substitutos da tecnologia já começaram a surgir. Um dos candidatos é o DRIC Code, desenvolvido pela startup brasileira DRIC, código 2D que armazena mais de 2 GB de dados, codificados em um arquivo de apenas 100 kb.

O mecanismo permite o armazenamento de arquivos nos formatos MP3, JPG, ZIP, PDF e AVI, com a decodificação ocorrendo a partir da leitura pelo celular, mesmo que ele não esteja conectado à web. A tecnologia também possibilita criptografar o conteúdo, limitando o acesso a determinado dispositivo ou pessoa, e aumentando a segurança.

Fonte: Mega.com

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