INFARTO

Foto/Divulgação

As comorbidades, as condições gerais de saúde e o tempo de busca por auxílio médico são as principais contraposições entre as gerações diante de um episódio cardíaco

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte e levam a óbito cerca de 400 mil pessoas somente no Brasil. O número, que por si só já é extremamente alarmante, ganha uma proporção ainda maior por representar 30% das mortes do mundo. Além disso, tem-se observado uma incidência maior de doenças cardiovasculares e infartos em jovens por causa do estilo de vida.

Mas será que existe alguma diferença entre os infartos em idosos e nos mais jovens? Segundo o cardiologista do Hcor Dr. Jorge Koroishi a principal diferença está na intensidade e na existência de comorbidades anteriores. “Em idosos, devemos levar em conta também outros sintomas, como fadiga progressiva, alteração na frequência dos batimentos cardíacos e tontura”, aponta.

Ainda de acordo com o especialista, pacientes idosos podem apresentar doença em mais de uma artéria coronariana, e a evolução da aterosclerose (formação de placa na parede da artéria) faz o coração dos mais velhos se adaptarem. “O tipo de placa nesses pacientes, normalmente, tem maior quantidade de cálcio, o que acaba gerando uma certa ‘proteção’. Essa calcificação impede que o infarto seja tão intenso”, explica.

Já os pacientes jovens, geralmente, possuem doença coronariana que atinge um único vaso, mas por estarem abaixo dos 45 anos, não procuram atendimento rápido e podem receber o diagnóstico tardio. Esse atraso pode causar insuficiência cardíaca e estimular novos eventos.

“As sequelas para o coração, independentemente da idade, são as mesmas. Ambos os grupos precisam iniciar tratamento adequado e instituir medidas preventivas, além de manter hábitos saudáveis. Pacientes após um infarto precisam de acompanhamento contínuo e periódico e de realização de exames laboratoriais e de imagem cardíaca para otimizar o tratamento dentro das metas estabelecidas”, expõe o Dr. Koroishi.

Os males que acometem o coração começam a surgir por volta dos 30 anos. Porém, pessoas que apresentam histórico familiar ou fatores de risco devem procurar atendimento médico mais cedo. O especialista ressalta que sempre há tempo para mudar hábitos e obter benefícios com a reversão. “A dica mais importante é começar hoje, não amanhã”, conclui. 

Sobre o Hcor

O Hcor atua em mais de 50 especialidades médicas, entre elas Cardiologia, Oncologia Clínica, Mastologia, Neurologia e Ortopedia, além de oferecer um centro próprio de Medicina Diagnóstica. Possui Acreditação pela Joint Commission International (JCI) e diversas certificações nacionais e internacionais. Desde 2008, é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). 

Instituição filantrópica, o Hcor iniciou suas atividades em 1976, tendo como mantenedora a centenária Associação Beneficente Síria. Além do escopo assistencial, o hospital conta com um Instituto de Pesquisa, reconhecido internacionalmente, que coordena estudos clínicos multicêntricos com publicações nos mais conceituados periódicos científicos. Também está à frente de um Instituto de Ensino, que capacita e atualiza milhares de profissionais anualmente e é certificado pela American Heart Association.
 

Fonte: Andressa Aricieri – Ariane Salles e Roberta Schiazza 

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