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Foto/Divulgação

Segundo o Detran, no primeiro semestre foram registradas mais de 90 mil ocorrências

Com a chegada do final do ano, muitas famílias aproveitam este período para viajar ou passear com os filhos que estão de férias de carro. Porém existem muitos fatores que podem influenciar a condução de carros, motos e outros veículos nas estradas. De acordo com os dados do Detran, do primeiro semestre deste ano, o crescimento do número de acidentes foi de 15,9% em relação ao mesmo período do ano passado, também foram registradas 18.187 ocorrências em junho deste ano, contra 15.686 de 2022. Ao total foram contabilizadas 95.072 ocorrências em 2023.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) 90% dos acidentes acontecem em função da má condução das pessoas sob o volante que, em grande parte, acabam sendo fatais. Atualmente, 40 mil brasileiros morrem todos os anos no trânsito, sendo o tráfego brasileiro o segundo mais violento do mundo, perdendo apenas para a Rússia.

De acordo com a Coordenadora do Curso de Psicologia da Faculdade, Berta Sheila de Souza, neste período em que muitas pessoas se deslocam nas rodovias, é comum a ocorrência de inúmeras infrações. “É vital que motoristas tenham em mente que a condução de veículo é realizada por PESSOAS e as rodovias estão repletas de pessoas, o cuidado com si próprio e com as pessoas que ocupam o veículo de transporte (desde familiares ou passageiros) é fundamental como medida de segurança porque estamos falando de VIDAS. Isso quero dizer, que avaliar suas condições físicas e psicológicas quando realização atividade de dirigir é exercer a faculdade de avaliar riscos bem como responsabilizar-se pelas próprias ações. Em relação a processos psicológicos relacionado ao ato de dirigir a atenção é fundamental e envolve diversos níveis de percepção”.

Berta explica que esse período de reação pode ser afetado por fatores pessoais, como a idade, o nível de experiência e a condição física do motorista. Além disso, o estado emocional, a fadiga, o uso de substâncias (álcool, drogas), distrações com o uso do celular ou conversas, as condições do veículo e da estrada podem impactar significativamente nas ações de quem está dirigindo. 

Segundo a especialista, todos esses fatores tornam a condução mais perigosa. “Uma sugestão é atribuir a um acompanhante a tarefa de ajudar em atividades como orientação, responder a chamadas, controlar o sistema de áudio do veículo e atender aos demais ocupantes, quando preciso”. Ainda de acordo com os dados da Polícia Rodoviária Federal, a maioria dos acidentes nas rodovias são por excesso de velocidade, ultrapassagem incorreta, falta do cinto de segurança e capacete, e alcoolemia.  

A Coordenadora do Curso de Psicologia da Anhanguera, Berta Sheila de Souza, finaliza dando algumas dicas de como evitar acidentes de trânsito durante as férias, confira:  

Planejamento e organização, ajuda a garantir que o motorista não tenha distrações desnecessárias que fatalmente podem contribuir para a quebra do equilíbrio emocional necessário. Assim, antes de iniciar a viagem, é importante planejar o percurso, realizar revisões do veículo, certificar-se de estar descansado e evitar a fadiga ao volante com paradas regulares a cada duas horas ou 150-200 km;

Atenção e foco, onde o equilíbrio consiste em evitar distrações, mas também não se tornar excessivamente obcecado ou ansioso com a condução, o que pode levar à tensão e ao estresse;

Paciência e calma, que são importantes em momentos como congestionamentos, atrasos ou comportamentos imprudentes de outros motoristas. Ter paciência e manter a calma garantem tomadas de decisões racionais e seguras, evitando respostas impulsivas ou agressivas;

Autoconfiança e modéstia, uma vez que a autoconfiança pode ser suficiente para lidar com as situações emergentes na condução, mas sem se tornar excessivamente confiante e, desta forma, negligente;

Responsabilidade e respeito, implicando em seguir as leis de trânsito, respeitar os outros usuários da via e cuidar da segurança de si mesmo e dos demais; 

Consciência situacional e adaptabilidade, onde estar consciente do ambiente ao redor monitorando constantemente a estrada, os outros veículos e as condições da via. Além disso, a capacidade de se adaptar a diferentes situações de trânsito, como mudanças climáticas, congestionamentos ou imprevistos, é importante.

Fonte: Nágila Pires

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