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Fotos/Divulgação

Com 10 cidades já filiadas, foi lançada neste sábado (25) a Rede Rio de Bancos Comunitários. A solenidade de lançamento aconteceu durante a terceira edição do Congresso de Gestores, Articuladores e Pesquisadores de Economia Solidária (Egapes).

 

A mesa de lançamento foi formada pela presidente do Banco Mumbuca, Manuela Mello; pelo prefeito de Porciúncula, Léo Coutinho; pelo vice-prefeito licenciado de Maricá e secretário de Desenvolvimento Econômico Solidário da cidade do Rio de Janeiro, Diego Zeidan; e pelo coordenador da Moeda Social Itajuru (Cabo Frio), Caio Costa.

Manuela lembrou que assim como Maricá se inspirou em experiências bem sucedidas, hoje a cidade é o local onde as demais cidades vem buscar o exemplo. Para ela, a rede tem o papel de promover a troca de experiências de forma a desenvolver a economia popular por meio das moedas sociais.

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“A ideia dessa rede é justamente fazer essa construção coletiva e que também possamos beber da fonte do restante do estado assim como eles também beberam da nossa. Assim a gente cria uma organização da sociedade civil – de fato organizada – e que a gente consiga pleitear junto ao Governo do Estado, implementar em outras prefeituras, sendo sempre uma referência macro de modelo de desenvolvimento que dá certo”, afirmou a presidente do Banco Mumbuca.

Diego Zeidan destacou que, para haver um desenvolvimento social, é necessário que haja um desenvolvimento econômico no território. “O social passa pelo econômico. Então, quando uma pessoa está passando fome, quando ela não tem onde morar, quando ela não consegue comprar o leite dos filhos, quando ela não tem emprego, tudo isso é um problema social, mas é um problema econômico. E a moeda social, ela vem para promover o desenvolvimento econômico do território”, acredita.

“A gente aqui em Maricá tem uma experiência bem sucedida do Mumbuca e vê os bancos comunitários sendo replicados no Estado inteiro. Eu fui convidado pelo Eduardo Paes para estar no Rio de Janeiro e criar o Banco da cidade do Rio de Janeiro. Então, é uma experiência exitosa que tem servido de exemplo, não só dentro do Estado, mas para todo o Brasil, para todo o mundo”, completou.

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Um dos objetivos da Rede Rio de Bancos Comunitários é, também, conseguir articular o pagamento do Bolsa Família, programa social do Governo Federal, por meio de moeda social nas cidades em que essa modalidade seja possível, garantindo maior giro na economia local – já que as moedas só são aceitas na cidade de origem.

“A gente tem dialogado muito em Brasília, eu pessoalmente tenho ido muito a Brasília pra gente operacionalizar o pagamento do Bolsa Família em moeda social. Todos os municípios que tiverem moeda, o valor do Bolsa Família – que é um investimento do Governo Federal, fica na cidade. Esse é o grande desafio de implementação”, disse Diego.

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Algo que coloca as moedas sociais em outro patamar. “Ganha um outro status. As moedas sociais ainda são vistas como algo fechado e limitado, mas é o contrário; as moedas sociais são plurais e extremamente dinâmicas. Então, quando a gente consolida uma rede de construção e fomento dessas moedas sociais (tanto das que já existem, quanto as que estão por vir) em estado como o Rio de Janeiro, a gente finca a bandeira da moeda social como uma estratégia fundamental de desenvolvimento”, concluiu Manuela.

As cidades participantes da Rede Rio são Maricá, Niterói, Saquarema, Porciúncula, Iguaba, Cabo Frio, Itaboraí (moeda social já implementada) Macaé, Petrópolis e Rio de Janeiro (moeda em implementação).

Egapes – O evento reúne palestrantes e estudiosos do assunto vindos de diferentes partes do país e também do exterior para debaterem os desafios, a construção de alternativas para as crises e as iniciativas voltadas na área da economia solidária, entre elas a renda básica e a criação de uma moeda social, já adotadas em Maricá.

Fonte: Natália – Ascom 

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