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Foto/Divulggação

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), realizou neste sábado (21/10) mutirão de serviços públicos no morro da Providência, por meio do projeto “Ocupa Direitos Humanos”, que completa 10 anos, com atividades lúdicas para as crianças e programação cultural voltada a todos os moradores da comunidade, objetivando suprir as carências mais urgentes da população local. Durante todo o dia, foram atendidas mais de 200 famílias, e a iniciativa também proporcionou rodas de conversa com os jovens.

Os cidadãos da região puderam solicitar documentos de identidade ao Detran, acessar serviços básicos de saúde oferecidos pela Clínica da Família, e consultar o banco de ofertas de vagas do Serviço Nacional de Empregos (SINE). Eles também tiveram a oportunidade de levar suas dúvidas e denúncias ao Conselho Regional de Assistência Social (CRAS).

Arnon Lima, 38 anos, trabalhador da área de construção civil contou que saiu de casa cedo, acompanhado pela mulher, Siloene Lima, 43, para fazer a atualização dos dados no Cadastro Único, e realizar agendamento no Detran para uma nova carteira de habilitação. Com tudo pronto, foi a vez da pequena Luna, de 7 anos de idade, filha do casal, aproveitar as muitas brincadeiras e a companhia dos amigos da vizinhança, que também estavam com seus respectivos familiares. Entre as demandas que chegaram à Defensoria Pública, destacaram-se a busca por certidão de nascimento e orientação jurídica para casos de pensão por alimentos e guarda de filhos.

Uma roda de conversa organizada pela ONG Entre o Céu e a Favela reuniu a deputada Dani Monteiro (Psol), presidente da Comissão da Alerj, com os jovens presentes. Em pauta, os sonhos com o futuro profissional, as dificuldades de permanência na escola, cuidados com a saúde e as dificuldades que precisam ser vencidas.

Ação social

“Nós estamos aqui para mostrar a todas essas pessoas, principalmente aos jovens, majoritariamente pretos, que todos têm o seu lugar. É uma troca que nos aproxima e nos fortalece, na medida em que conhecemos as necessidades de quem vive no território”, disse Dani Monteiro, emocionada, após um longo abraço coletivo.

Já a presidente da Comissão Especial de Combate ao Racismo da Câmara do Rio, Monica Cunha, ressaltou a importância da união entre as duas casas legislativas para garantir que serviços básicos cheguem às populações das favelas e periferias. “Nós sabemos bem o quanto essa gente é negligenciada e tem os seus direitos deixados de lado. Por isso, precisamos fazer essa mobilização”, afirmou.

Instituições públicas como o Conselho Regional de Assistência Social (CRAS), Detran, Defensoria Pública, Clínica da Família, e Serviço Nacional de Empregos (SINE) marcaram presença com seus serviços, todos acessíveis e no mesmo lugar. Participaram também da organização movimentos sociais como Unidos dos Camelôs (MUCA), Educação Popular Esperança Garcia, Diamantes da Favela, Roda Cultural da Providência e Favela Cineclube, que garantiram a programação cultural, aulas de jiu-jitsu, e muitas brincadeiras para a criançada.

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