O governador Cláudio Castro ao lado do Eduardo Leite governador do Rio Grande do Sul. Foto/Divulgação: Rogério Santana
Acordo prevê recuperação de 90 mil hectares da Mata Atlântica, plantio de 100 milhões de mudas até 2026, entre outras medidas
O governador Cláudio Castro assinou neste sábado (21.10), durante o encerramento do 9º encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) na capital paulista, o Tratado da Mata Atlântica, plano conjunto de metas ambientais entre os governos das duas regiões para recuperar o bioma em uma área total de 90 mil hectares. O acordo prevê, entre diversas medidas, o plantio de 100 milhões de mudas de espécies nativas em ações de reflorestamento até 2026. Castro destacou a importância da agenda ambiental e da cooperação permanente entre os estados do Cosud para que as pautas discutidas nesta e em outras edições do Consórcio avancem e favoreçam o aprimoramento de políticas públicas para a população.
— Esse é um consórcio que olha pra frente, nós estamos aqui novamente para propor e construir políticas públicas para melhorar a vida das pessoas. A cada encontro do Cosud novas pautas são trazidas e neste aqui de São Paulo debatemos, em especial, a ambiental e de segurança pública, que são importantíssimas e devem ser enfrentadas por todos nós. Temos o compromisso de que todas as pautas continuem sendo tratadas pelas secretarias, para que não fiquem na gaveta até o próximo Cosud – pontuou Cláudio Castro.
O Tratado da Mata Atlântica prevê a criação de unidades de conservação e ampliação de programas de recuperação de nascentes e de regularização ambiental, além de corredores ecológicos terrestres e costeiro-marinhos. Propõe ainda um plano integrado para o enfrentamento de eventos extremos, como de chuvas e estiagens, também são outras metas previstas no Tratado.
O documento foi assinado também pelos governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Renato Casagrande (ES), Ratinho Júnior (PR), Eduardo Leite (RS), além do secretário de planejamento de Santa Catarina, Edgard Usuy, representante do governador Jorginho Mello.
— O diálogo entre os sete governos estaduais prova que é possível atuar em conjunto para conciliar o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade. A cooperação é fundamental para produzir frutos concretos como o que está sendo anunciado hoje, com a questão do meio ambiente e da sustentabilidade, com a recuperação da Mata Atlântica — disse Tarcísio de Freitas.
Foto/Divulgação: Rogério Santana
Carta de SP reforça ação integrada no combate ao crime
Castro e os demais governadores assinaram ainda a Carta de São Paulo, que consolida uma agenda de compromissos na área ambiental e de segurança pública, entre outros pontos, como o combate às desigualdades sociais. O documento reitera a defesa dos integrantes do Cosud pelo aprimoramento da legislação penal para endurecer punições.
Além disso, destaca a criação de um grupo integrado para compartilhamento de dados de inteligência das forças de segurança dos sete estados do Sul e Sudeste para reforçar o enfrentamento ao crime.
— Já ficou muito claro que a ideia de organização criminosa já caiu por terra. Esses grupos estão se tornando verdadeiras máfias e estão cada dia mais plurais. Não é um problema do Rio ou de São Paulo, onde se tinha facção A ou B e elas pontualmente se estendiam. Só no Rio de Janeiro investigações apontam que há líderes de 12 estados diferentes nas favelas do estado. Não é mais uma questão pontual, é uma questão de Brasil. E simplesmente fazer o combate regional será enxugar gelo. Precisamos de um combate nacional contra o crime — finalizou Cláudio Castro.
