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Foto/Divulgação: Julia Passos

“Expo Arte Objetos Concretos: do Cotidiano à Arte”, de Robson Sales, tem acervo de 40 peças, entre quadros e esculturas, e ficará em cartaz até o dia 10 de novembro.

Além da arquitetura histórica e do mergulho na trajetória do Brasil, os visitantes do Palácio Tiradentes também poderão ter contato com arte brasileira contemporânea. Isso porque a sede histórica da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) inaugurou, nesta quinta-feira (5/10), a exposição “Expo Arte Objetos Concretos: do Cotidiano à Arte”, de Robson Sales. A mostra permanecerá em cartaz até o dia 10 de novembro e pode ser visitada gratuitamente de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h.

Espalhadas em duas salas e nos corredores do terceiro piso do prédio, as 40 obras em exposição transitam entre memórias da infância e críticas sociais de Sales e formam uma experiência imersiva nos seus mais de 35 anos de trabalho. “Nas esculturas eu tenho uma preocupação maior com minha maturidade artística e com questões políticas, já nas telas eu fico mais solto e brinco com o colorido da minha infância nordestina”, contou o artista pernambucano.

Os desenhos de bandeirolas de festa junina e jogos de amarelinha presentes nas pinturas contrastam com a vassoura, o cabide, as chaves e outros objetos domésticos que podem ser encontrados nas esculturas de Robson Sales. A variedade de elementos é abraçada pelo ecletismo arquitetônico do próprio Palácio Tiradentes, que tem referências artísticas que transitam do estilo neoclássico à Art Nouveau. O encontro, segundo Sales, é a realização de um sonho: “Acho que todo artista quer apresentar seu trabalho aqui porque é um espaço rico e histórico”.

Aberto ao público para visitas guiadas desde abril deste ano, o Palácio Tiradentes virou palco de exposições de artistas contemporâneos no mês seguinte, em maio. À frente da Subdiretoria Geral de Cultura da Alerj, Fernanda Figueiredo explicou que o objetivo do Parlamento é oferecer gratuitamente à população acesso à arte de qualidade. “Essa é a nossa terceira exposição do ano e estamos com um calendário mensal para mostras temporárias. É um resgate do Palácio como parte do Corredor Cultural do Centro Histórico”, disse a diretora.

Segundo ela, a ideia da Cultura da Alerj é oferecer um pacote duplo aos cidadãos fluminenses e turistas que querem visitar a sede histórica da Assembleia: “Quem vem conhecer a história do Legislativo tem acesso a uma exposição diferenciada”. Nesse encontro, os visitantes poderão conhecer o uso original que Robson Sales faz da técnica assemblage, que é a arte de reunir objetos diversos para contar histórias.

Ressignificar itens comuns é uma das grandes paixões do artista autodidata, que trabalha com a reciclagem e usa objetos jogados no lixo em suas produções. “Eu tento mostrar o valor e a riqueza da transformação”, disse Sales, que também se usa como ferramenta para criar e produzir a partir de suas próprias emoções. Ele não nomeia suas peças para não direcionar a interpretação do público, que poderá encontrar em cada objeto um significado totalmente particular. “Esse é o grande barato da arte”, completou o criador das peças.

Fonte: ALERJ

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