PREFEITO MARIO ESTEVES

O prefeito Mario Esteves. Foto/Divulgação

O prefeito da cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, Mário Esteves, que acabou expulso do partido Solidariedade no último domingo (17/9), após sugerir que as mulheres da cidade sejam castradas para controlar o número de crianças da cidade, vai responder também processo na justiça. O prefeito se mostrou misógino (ódio, desprezo e/ou preconceito destinado a mulheres, que pode se manifestar de várias formas) e “demonstrou total desrespeito às mulheres”.

Nos dias de hoje, nossa sociedade não tolera mais discursos, ações e demonstrações de qualquer tipo de preconceito. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva – Núcleo Barra do Piraí, abriu investigação preliminar, nesta segunda-feira (18), para apurar excessos do discurso e eventual responsabilidade por parte do prefeito de Barra do Piraí, Mário Esteves, inclusive no âmbito da improbidade administrativa.

Durante evento de inauguração de uma obra pública, no último dia 14, o prefeito, após chamar o secretário de Saúde, discursou com as seguintes palavras: “O que não falta em Barra do Piraí é criança. Cadê o Dione [Caruzo, secretário de Saúde]? Tem que começar a castrar essas meninas. Controlar essa população. É muito filho, cara! É no máximo dois. Fazer uma lei lá na Câmara. É no máximo dois, porque haja creche pra ser ‘construído’ nos próximos anos”.

Segundo o MPRJ, o caso teve grande repercussão na mídia, e diversas notícias veiculadas por órgãos de imprensa foram anexadas ao procedimento da promotoria, que estabeleceu o prazo de dez dias úteis para que o prefeito preste esclarecimentos sobre o teor de seu discurso, no qual defendeu “castrar” as “meninas” da cidade. “Deverão ser comprovadas documentalmente quais medidas de controle populacional foram efetivamente implantadas durante o seu governo, especialmente a quantidade de cirurgias de laqueadura e vasectomia, os critérios para aprovação de tais cirurgias, bem como a distribuição de preservativos e outros métodos contraceptivos na rede municipal de saúde”, diz o MPRJ.

Por: Redação/com informações da EBC.

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *