“Nós conseguimos sobreviver nos últimos tempos, mas, agora as coisas vão mudar. Tudo que é para ajudar a população é bem vindo!”, comemorou o servidor público Wilson Batista, de 60 anos, morador do bairro Boa Vista, em São Gonçalo, ao ver a equipe da subsecretaria de Defesa Civil realizar os testes da sirene de alerta. O teste marca a reativação das 25 sirenes, que estavam há quatro anos sem funcionar, em regiões de maior vulnerabilidade na cidade. Utilizadas para mobilização da população em momentos de emergências, o acionamento das sirenes pode salvar vidas. “Hoje entregamos à cidade, através da reativação das sirenes, um sistema moderno e atualizado que irá nos ajudar na mobilização de pessoas em situação de desastres. Nossa maior preocupação é com o bem mais precioso que temos: a vida!. Poder reativar as sirenes é mais uma ação que confirma nosso objetivo de cuidar das pessoas!”, afirmou o prefeito José Luiz Nanci.
As sirenes fazem parte do programa de Proteção e Preparação de Comunidades contra Desastres Naturais no Estado do Rio de Janeiro, que contempla municípios mapeados com o aval do Departamento de Recursos Minerais (DRM). Com a reativação e atualização do software, realizado pela empresa Grid Lab, o novo sistema permitirá que as equipes, além do acionamento das sirenes, produzam relatórios de monitoramento dos pluviômetros, monitoramento das chuvas, índices de precipitação com atualizações em tempo real, trazendo mais transparência e precisão a todo processo. Os equipamentos estão instalados nos bairros de Itaúna, Nova Grécia, Zumbi, Pita, Novo México, Tenente Jardim, Engenho Pequeno, Boa Vista, Venda da Cruz, Patronato, Porto Novo, Covanca, Gradim, Sete Pontes, Vista Alegre, Arsenal, Mutuaguaçu, Lindo Parque e Laranjal. De acordo com o secretário de Defesa Civil, Antonio Haag, a sirene do bairro Boa Vista, onde foi realizado o teste de acionamento, é uma das mais importantes e será o foco de maior atenção das equipes técnicas. “Das 25 sirenes instaladas, sete possuem pluviômetros, essa é uma delas. No período de maiores chuvas torrenciais o vento predominante é o sudoeste, e é exatamente nesta localização que essa sirene se encontra, recebendo as primeiras informações de quantidade de chuvas, e através dela poderemos fazer uma avaliação da quantidade de chuva que chegará em toda cidade. Isso otimizará nossas ações de acionamento e irá garantir mais agilidade na prevenção e na mobilização de pessoas!”, afirmou. As sirenes possuem cinco gravações: Aviso de teste, Aviso de simulados, Aviso de chuva, aviso de mobilização e desmobilização. O sistema de alerta informa a população sobre o nível elevado de chuvas. Se a situação for mais grave, a Defesa Civil dará um alarme pelo sistema de sirene. Neste caso, os moradores devem se dirigir, para os locais de apoio, que estão sendo definidos nas comunidades. Se a sirene tocar, as pessoas devem reunir a família, pegar documentos e remédios necessários, desligar a chave da luz e o gás, e não voltar à casa se não tiver autorização da Defesa Civil. Além da instalação das sirenes e dos pluviômetros, a Defesa Civil vem intensificando os trabalhos de prevenção como treinamento nas escolas; Implantação de Núcleos do órgão nas comunidades; mapeamento detalhado dos riscos geológicos e hidrológicos do município; e finalização do Plano de Contingência para as múltiplas ameaças.