Na contramão das outras cidades, São Gonçalo registrou uma redução no número de casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. Em 2017, o município contabilizou 1118 casos de chikungunya, 1048 de Zica e 2527 de dengue. Já este ano, até o mês de junho, a Secretaria de Saúde registrou uma queda brusca sobretudo nos casos de dengue, sendo 783 até o momento. Neste mesmo período em 2018 São Gonçalo já havia contabilizado mais de 2 mil casos de dengue. A queda é fruto de um trabalho em rede do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental, que une conscientização e mobilização de toda a população. Através de visitas domiciliares, palestras em escolas e associação de moradores, a Vigilância em Saúde Ambiental tem como foco o investimento na educação em saúde e na mobilização de pessoas que sejam multiplicadoras do conhecimento efetivo na eliminação dos criadouros potenciais do mosquito.
“Temos agentes atuando em diversos bairros, principalmente onde identificamos altos índices de infestação. Esse é o reflexo de um trabalho sério e constante, e realizado totalmente em conjunto com a população. Uma só pessoa pode mobilizar muita gente. Nosso objetivo é que a população tenha acesso à informação e com ela, assim como nós, possa se mobilizar pelo bem de toda cidade!”, disse o biólogo sanitarista e diretor do Departamento de Vigilância em Saúde ambiental, Adaly Fortunato. De acordo com o último Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), que corresponde à proporção de imóveis com a presença de larvas, realizado em maio deste ano, São Gonçalo possui um índice de 1,4%. Neste mesmo período em 2018 o índice era de 1,8%. Para o Ministério da Saúde, o ideal satisfatório é até 1%. Entre 1 e 3,9 é considerada situação de alerta, e acima de 4% é alto risco. De acordo com o secretário de Saúde, Jefferson Antunes, a eficácia do combate e a constante queda de casos será reflexo de um trabalho conjunto entre o governo e a população. “Essa mobilização é de extrema importância para que possamos, juntos com a população, combater o mosquito. Precisamos ir direto ao foco e mobilizar as pessoas para a necessidade de identificar e eliminar os criadouros de mosquitos”, enfatiza.