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O artesanato funciona como fonte de renda para muitas pessoas que apostam nesse serviço para empreender. Porém, os trabalhos manuais vão muito além de uma forma de ganhar dinheiro, essas atividades têm a capacidade de transformar vidas e funcionam como terapia, ajudando a melhorar a autoestima. Nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) dos bairros Engenho Pequeno, Marambaia e Maria Paula, são realizadas as oficinas de artesanato que tem transformado a realidade de muitas pessoas. Com mais de 60 usuários inscritos, as aulas são ministradas por facilitadores do Serviço de Fortalecimentos de Vínculos (SCFV) e acontecem semanalmente em cada centro. Durante as oficinas, os usuários aprendem a produzir peças com materiais recicláveis e com temas inspirados em datas comemorativas de acordo com a época. Além do aprendizado ficam também as amizades que os grupos constroem nesses encontros, fazendo com que o artesanato funcione também como ferramenta de reinserção social. “Faço tratamento para depressão, ansiedade e crise de pânico e há um tempo eu não conseguia nem sair de casa. Sempre gostei de artesanato, mas além de ter baixa visão, eu não tinha estímulo, até que resolvi me inscrever na oficina do Cras do meu bairro. Há um ano que eu espero pela sexta-feira e saio de casa animada porque sei que, além de aprender sobre o que eu gosto, vou encontrar com a minhas amigas de turma. Além disso, estou desempregada e o trabalho artesanal tem sido a minha fonte de renda”, contou Patrícia Oliveira, de 50 anos, moradora de Maria Paula.

A facilitadora Rosilane Tolissano é quem ministra as oficinas nos Cras Engenho Pequeno e Maria Paula. Para ela, as técnicas manuais melhoram o estado emocional e é gratificante ver a evolução de cada usuário. “Nossas turmas são formadas, em sua maioria, por pessoas idosas. Além de buscar uma forma de empreender, muitas estão em depressão e encontram nesse espaço um momento para conversar, rir e manter a mente ocupada. Além de ensinar, nosso papel também é o de ajudar a melhorar a qualidade de vida deles”, afirmou Rosilane. Para a secretária de Desenvolvimento Social, Marta Maria Figueiredo, o Cras é um espaço de referência e socialização, com serviços que fazem a diferença na vida de cada usuário. “O trabalho desenvolvido pela equipe técnica da nossa rede de assistência é pensando sempre no bem-estar de cada um. O Cras vai além de ser uma porta de entrada para benefícios do Governo Federal. É um lugar de acolhimento e estamos sempre de portas abertas para atender a nossa população”, afirmou Marta. No Cras Engenho Pequeno as oficinas acontecem às quartas, às 9h e às 16h. Já no Cras Maria Paula, às sextas, às 9h e às 16h. Em Marambaia os encontros são quinzenalmente, às quintas, a partir das 14h.

SERVIÇO:

CRAS Engenho Pequeno – Rua Mentor Couto, 925. Tel: 3703-1885.

CRAS Marambaia – Rua Itália, 38 B. Tel: 2603-5797.

CRAS Maria Paula – Rua Antônio Alves Belmont, 385. Tel: 2617-6064.

 

 

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