Dr. Paulo Mafra. Foto/Divulgação
A campanha Março Azul, criada pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBPC) e pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), tem por objetivo ajudar a conscientizar a população para prevenir o segundo tipo de câncer que mais mata no Brasil, o colorretal. A doença atinge 40 mil brasileiros. “É um número preocupante, por isso, a importância de campanhas como essa, no desafio de incentivar as pessoas à prevenção”, diz Paulo Mafra, gastroenterologista e coordenador do Serviço de Endogastro do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC).
Quando identificado precocemente, o câncer colorretal tem cura. O grande problema é que se trata de uma doença silenciosa, em sua fase inicial – daí a necessidade maior da prevenção, que deve ser feita, normalmente, a partir dos 45 anos. Ou antes, mesmo, se a pessoa tem casos na família. “Esse rastreamento é fundamental para identificar uma lesão que ainda não avançou ou, mesmo, um câncer em estado precoce, quando as chances de cura são bem maiores”, detalha o médico.
A colonoscopia é o tipo de exame mais utilizado nesses casos, não só porque avalia, mas porque permite a eventual retirada de pólipos para exames mais detalhados, as chamadas lesões pré-neoplásicas, que podem evoluir para câncer. A identificação precoce da doença eleva a chance de cura para 90%. “Infelizmente, ainda hoje, 85% dos diagnósticos são realizados já em uma fase mais avançada. É isso que precisa mudar”, sublinha Paulo Mafra.
Pontos de atenção
Sangramento, fezes mais escuras, perda de peso sem causa determinada, alterações na rotina intestinal sem razões aparentes são sintomas que merecem atenção – e investigação, segundo o médico, ao explicar que a colonoscopia avalia todo o intestino grosso e o final do intestino delgado, avalia todos os segmentos do intestino. “Essa campanha tem o objetivo de conscientizar e sensibilizar a população a utilizar o exame como método de rastreamento e prevenção do câncer de intestino”, conclui.
Fonte: Guilherme/Pr.Comunique-se
