Jessica Silva e Filhos

Jessica Silva e Filhos. Foto/Divulgação

Segundo dados do Trata Brasil, elas são as mais impactadas pela falta de acesso à água e tratamento e coleta de esgoto

“Lata d’água na cabeça, lá vai Maria…” A canção eternizada na voz de vários artistas brasileiros ao longo de décadas descreve a vida de mulheres que ainda hoje enfrentam a rotina cruel da carência do abastecimento de água tratada país afora. Segundo dados do Instituto Trata Brasil, além da falta de água, 38,2% das brasileiras não têm coleta de esgoto em suas residências. Os estudos mostram que o acesso pleno ao saneamento básico reduz em 63,4% a incidência de doenças ginecológicas e aumenta a renda das mulheres em mais 30%.

Dona Eunice mostrando como carregava o balde de água. Foto/Divulgação

“Quando eu era criança não existia saneamento aqui. Tínhamos muita dificuldade com água e para pegar precisávamos enfrentar filas segurando baldes. Ainda criança, quando eu chegava da escola, tinha essa função”, lembra Juliana Borges, de 36 anos, moradora do Morro do Salgueiro, na Zona Norte do Rio, que vive com sua mãe Eunice e sua filha, Ana Julia.

A situação vem mudando no Rio de Janeiro. Desde que a Águas do Rio iniciou suas operações, em 1º de novembro de 2021, 3,3 milhões de pessoas foram beneficiadas com melhorias no fornecimento de água. Dessas, 250 mil não tinham abastecimento dentro de suas casas e não podiam fazer coisas simples do dia a dia.

“Hoje é outra história, completamente diferente. Temos água encanada, podemos abrir a torneira e tomar banho de chuveiro e não mais no baldinho, lavar a nossa louça, e não temos que carregar água. Desde que a Águas do Rio chegou por aqui, a realidade é outra”, destacou Juliana.

Juliana, Eunice e Ana Julia. Foto/Divulgação

A CEO do Instituto Trata Brasil e mestre em Engenharia Civil, Luana Pretto, deu exemplos desses impactos na rotina de uma mulher.

“As mulheres que não possuem acesso a água e esgoto tratados são as mais impactadas numa família, porque são elas que, em geral, cuidam dos filhos e dos maridos. Cada episódio de diarreia, por exemplo, faz com que uma criança fique de um a quatro dias longe da escola e é a mãe, muitas vezes, que precisa faltar o seu trabalho para cuidar dessa criança. Dessa forma, essas mulheres têm uma menor possibilidade de ascensão social e possibilidade de geração de renda”, explicou Luana.

Os avanços no saneamento no Rio têm trazido oportunidades para muitas mulheres. Jéssica da Silva, de 29 anos, é uma das que ocupa um espaço majoritariamente masculino. Moradora da favela do Jacarezinho e mãe de três crianças, ela atua há um ano e quatro meses no setor de fiscalização e divide sua rotina com 31 homens que fazem parte de sua equipe.

Jessica Silva. Foto/Divulgação

“Sempre houve respeito e eu me sinto acolhida. Mas o desafio é grande. Sair para trabalhar sendo mãe de três filhos não é fácil. E sou mãe solteira. Tenho muita fé e penso nos meus filhos para seguir em frente. É isso que me motiva. E aqui eu tenho o diferencial de trabalhar próximo de casa, na Zona Norte do Rio, isso facilitou meu processo de adaptação”, lembrou.

No total, mais de 3,3 milhões de moradores dos municípios em que a concessionária atua foram beneficiados com as melhorias na distribuição de água. E esse é só o início do trabalho que têm transformado a vida de pessoas como a Dona Rudi, do Pavão-Pavãozinho, no Rio de Janeiro; da Marilene da Silva, da Pavuna; da Dona Sandra, de São Gonçalo e da Bianca Medeiros, de Belford Roxo, e de outras milhares de mulheres. Confira as histórias dessas e outras mulheres no Instagram oficial da Águas do Rio: https://instagram.com/aguasdorio.

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