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Com o número crescente de brasileiros querendo se mudar após a eleição presidencial, cresce também a abertura de novos empreendimentos

 

Maior economia do mundo, os Estados Unidos são um dos destinos mais procurados por empreendedores que desejam expandir suas operações para outros países.

 

De acordo com dados emitidos pela Casa Branca, em 2021 foram abertas aproximadamente 4,5 milhões de empresas, número 20% maior em relação a 2020. Embora seja possível abrir uma empresa nos Estados Unidos, isso não significa que o proprietário terá livre acesso ao país. E isso acaba gerando uma série de dúvidas.

O especialista em investimento, Ariel Yaari, da Mignone Law Firm, empresa de brasileiros com sede nos Estados Unidos, especialista em imigração, explica que com o mercado americano em contínuo desenvolvimento, as possibilidades de êxito na internacionalização de empresas e marcas também aumentam. “Porém, é preciso considerar este processo com inteligência e realizar um bom planejamento para evitar dores de cabeça e minimizar as frustrações”, observa.

 

Segundo ele, o modo de entrada mais comum de empresas no mercado americano é pelo estabelecimento de escritórios comerciais. “O Brasil é o segundo no ranking de países que mais exportam serviços, de acordo com dados da Organização Mundial do Comércio, o que mostra a força do empreendedorismo brasileiro.”

 

Particularidades

Yaari revela que muitas vezes a cidade, o condado e o estado que sediará a empresa poderá requisitar licenças específicas para o ramo do negócio. Já em outros casos, apenas uma espécie de alvará, emitido pela cidade já é o suficiente. De acordo com o especialista, é fundamental desenvolver um estudo detalhado sobre o mercado para definir o plano de ação inicial. “Isto é importante, pois ajuda a entender a concorrência, localizar clientes e adaptar o produto ou serviço e experimentar a dinâmica de negócios dos Estados Unidos antes de realizar os primeiros investimentos”, explica, ao comentar que a experiência como empreendedor no Brasil, embora seja um bom início, não é suficiente. “É preciso considerar que a competitividade é diferente em cada país, assim como a realidade de mercado e as percepções dos clientes.”

 

Segundo Yaari, ao iniciar o processo de internacionalização de uma empresa, o empresário se deparará com diferentes decisões e as mais variadas opções de estrutura. Ele afirma que conhecer as opções existentes quanto ao planejamento tributário a ser colocado em prática; o tipo de entidade como a organização será enquadrada e a estrutura societária que pode ser adotada é essencial para uma escolha segura e eficiente. “Cada opção terá diferentes implicações de ordem tributária, jurídica e sucessória. Assim, estar seguro de que a melhor decisão foi tomada em relação a estes quesitos pode ajudar a empresa a aumentar os lucros, diminuir a carga tributária e evitar problemas futuros”, diz.

 

Atente-se
 

Assim como no Brasil, empregadores nos Estados Unidos devem evitar qualquer tipo de discriminação em seus processos seletivos e no ambiente de trabalho, sem qualquer distinção de gênero, raça, cultura, religião, origem e idade. Tais comportamentos, assim como assédio sexual e moral, são monitorados com frequência e ocasionam punições severas pela legislação americana. Atentar-se às obrigações tributárias também é importante, pois as agências estaduais e federais do país são extremamente rígidas quanto à apuração indevida de tributos. “Não é necessário possuir qualquer tipo de visto ou mesmo ter o SSN (Social Security Number), que equivale ao CPF brasileiro, para ser sócio ou abrir uma empresa nos Estados Unidos. O sócio somente precisará de visto de trabalho se for atuar em território norte-americano. Além disso, não há um valor mínimo de investimento na empresa americana. Deve-se aportar o valor necessário para viabilidade, realização e ampliação do empreendimento em solo americano.”

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