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Foto/Ilustração/Divulgação

Coordenadora Pedagógica da Mind Lab explica como desenvolvimento socioemocional é o caminho para um ambiente escolar harmonioso  

Falta de convívio social, aumento da taxa de doenças psicológicas, ausência de desempenho em matérias extracurriculares são alguns dos impactos da pandemia  já mapeados em crianças e adolescentes em idade escolar. De acordo com pesquisa realizada pela Nova Escola, 65,8% dos professores afirmam que alunos estão mais agressivos após período de isolamento, gerando quadros de agressão e desrespeito com educadores. Uma parcela de 22,9% deles ainda afirma que os casos de desobediência ocorrem mais de uma vez por semana. Outros 23,4%, informam que a prática acontece, pelo menos, todo mês.

As  escolas precisaram se reeducar frente a este novo contexto. No entanto, 50% dos professores não receberam formação e apoio da coordenação com os casos, segundo pesquisa. O que mostra que a responsabilidade para lidar com as questões de saúde emocional dos alunos está recaindo em sala de aula. Para ajudar a reverter esse cenário, a metodologia socioemocional, utilizada para desenvolver as habilidades das crianças e a ajudá-las na compreensão de suas emoções, é uma grande aliada. 

De acordo com Miriam Dantas, coordenadora Pedagógica da Mind Lab, líder brasileira no  desenvolvimento de tecnologias de impacto social focada na abordagem socioemocional, as escolas precisam entender e traçar novas estratégias para lidar com o emocional abalado dos mais novos, principalmente no contexto social que os últimos dois anos trouxeram para o mundo. “Manter a rotina escolar tradicional não desenvolve técnicas precisas para viver de forma leve e com menos frustração na vida, por isso, é hora de olhar para métodos assertivos na educação”, explica.  

Em um estudo patrocinado pelo IDB Invest, “Building Socioemotional Skills by Playing: Experimental Evidence from Brazil”, publicado em março de 2021, pesquisadores confirmam que  desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais promovem a aprendizagem em diversas áreas do conhecimento, tornando os alunos capazes de lidar com sentimentos de ansiedade, frustração, autocobrança e incerteza. A abordagem torna-se essencial para combater o crescimento de agressividade que está sendo diagnosticado nas salas de aula. 

Outro aliado nesse combate é a promoção da gamificação no ambiente escolar. Relacionada  à abordagem socioemocional, o uso de jogos já entrou para as estatísticas entre os  métodos que mais ajudam na melhoria do comportamento. “A natureza de competitividade saudável dos jogos desenvolve uma aprendizagem mais dinâmica, interativa e construtiva na vida de crianças e adultos”, argumenta a Miriam Dantas. 

“Nossa missão, como educadores e autoridade nas escolas, é construir um relacionamento de confiança com os estudantes, visto que é onde passam a maior parte do dia, durante mais de 15 anos. Precisamos ter a postura de professores, mas também de humanos dispostos a olhar para problemas emocionais de cada um”, conclui a Coordenadora Pedagógica da Mind Lab.

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