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Solenidade de Abertura. Foto/Divulgação

Solenidade de abertura da conferência da Glocal Experience foi realizada nesta quarta (13) 

No Brasil, 35 milhões de pessoas não têm acesso à água potável e apenas 50% da população tem esgotamento sanitário. Entre os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que compõem a Agenda 2030, o ODS 6 trata exatamente da universalização desses serviços. A meta é desafiadora, porém os avanços obtidos em algumas frentes de atuação têm sido visíveis. Representante do Pacto Global da ONU no Brasil, Carlo Pereira esteve presente na Glocal Experience nesta quarta (13/7), e destacou o trabalho desenvolvido pela Águas do Rio. 

“As empresas de saneamento, quando investem efetivamente numa localidade, promovem uma transformação muito clara. Temos testemunhado agora, no Rio de Janeiro. Em poucos meses, a presença da Águas do Rio e já gera impactos relevantes. Desde a formação da empresa, milhares de pessoas de comunidades foram contratadas, então temos impacto social direto.  Já vemos também o impacto claro no ambiente, como na Praia de Botafogo que, por duas vezes consecutivas, teve a balneabilidade assegurada por conta dos processos que a empresa tem promovido”, disse, Carlo, que completou: 

Carlo Pereira no Pacto Global. Foto/Divulgação

“Estamos vindo numa velocidade bastante interessante no ODS 6. O novo Marco Legal do Saneamento foi um acelerador, que possibilita uma universalização em 2033. Um pouco depois da Agenda 2030, mas que já seria um avanço imensurável no Brasil”, finalizou o CEO do Pacto Global após participar da conferência “Um Rio para o futuro”, ao lado de Bruno Aranha, do BNDES e Manuel Belmar, da Globo. A conversa foi mediada pela jornalista Rosana Jatobá. 

Solenidade de Abertura 

Com a palavra da juventude, a solenidade de abertura da Glocal Experience chamou atenção para o pioneirismo do Rio de Janeiro, ao sediar a Rio92 e dar o tom da discussão sobre meio ambiente e sustentabilidade no mundo. O encontro foi aberto por Marcos Vinicius Botelho e Ana Nathália Pessoa, que leram a carta redigida após o Fórum da Juventude, que reuniu 600 jovens para discutir o que as futuras gerações esperam para o mundo.  

O documento, resultado das reuniões do Fórum, traz demandas como a presença mais efetiva da causa socioambiental nas escolas, mais empregos para os jovens e investimentos em saneamento, bem como mais responsabilidade social por parte de governos e empresas privadas. A carta pede, ainda, mais políticas públicas de inclusão social, o fim do racismo ambiental e a criação de fundos públicos e privados voltados para investimentos em indústrias locais e criativas voltadas para reciclagem e reutilização de resíduos, bem como para pesquisa científica. 

Diretor-geral da Glocal Experience, Rodrigo Cordeiro afirmou que o evento é um projeto contínuo que reúne arte, tecnologia e conteúdo para encantar e engajar as pessoas com o objetivo de pensar os próximos anos. “Queremos que juntos consigamos transformar o mundo em um lugar melhor para se viver”, frisou. Secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, José Ricardo Brito ressaltou os investimentos que vêm sendo feitos, no estado, neste sentido. Brito lembrou o processo de concessão dos serviços de água e esgotamento sanitário e disse que o estado passa, hoje, pelo maior projeto ambiental do país.  

“Serão R$ 2,5 bilhões de investimentos na Bacia do Guandu e R$ 2,7 bilhões na Baía de Guanabara. Podemos dizer, seguramente, que em 2030 já teremos a Baía totalmente despoluída, como porta de entrada do nosso estado. Uma parceria bem sucedida que envolve o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil organizada”, acrescentou. 

Secretário estadual da Casa Civil, Nicola Miccione agradeceu diretamente ao presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini e representantes de outras empresas que trabalham no saneamento do Rio de Janeiro, pelo empenho após o processo de concessão. “São os responsáveis por empresas que abraçaram conosco o compromisso de executar um projeto que não tem o condão de prometer e sim de realizar. Temos a meta de levar água e esgoto a 90% da população em 11 anos. Será uma comunhão de esforços para o estado, o país, um mundo melhor”, finalizou. 

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