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Da esquerda para direita: delegado Adriano Adriano Marcelo Firmo França, delegado Felipe Curi e corregedor do Detran.RJ, Glaucio Paz

A Corregedoria do Detran.RJ participou da operação “Zero Ponto”, em apoio à Polícia Civil, nesta segunda-feira (01),  para desarticular uma quadrilha que atuava na transferência de pontos de CNH para o nome de empresa ou terceiros sem o conhecimento destes. O grupo criminoso é considerado um dos maiores do país e, também, transferia veículos de forma fraudulenta. Seis pessoas foram presas, incluindo o chefe da organização, segundo a Polícia Civil. Os agentes também apreenderam processos administrativos referentes às fraudes para identificar outros envolvidos na prática criminosa.

– Estamos dando apoio à Polícia Civil para desarticular um esquema com fraudadores de pontos na CNH. Vamos investigar, inclusive, se há envolvimento de funcionários do departamento e verificar os desdobramentos desta grande operação – explicou o corregedor do Detran.RJ, Glaucio Paz.

Os policiais da Delegacia do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (DAIRJ) cumpriram mandados de busca e apreensão em casas e órgãos de trânsito da capital, em São Gonçalo e Nova Friburgo, na Região Serrana. Segundo os agentes, apenas uma das pessoas investigadas transferiu quase 3 mil multas para seu nome, totalizando mais de 15 mil infrações diversas como real infratora. Após a transferência, ela entrava com recurso para receber o dinheiro de volta. No entanto, os agentes descobriram que a mulher não possuía CNH e, desta forma, não podia ser a real infratora em multas aplicadas quase que diariamente e em horários diversos.

– Os reais infratores buscavam os serviços da empresa investigada para reaver a multa, tinham seus pontos zerados e acreditavam que o recurso havia sido aceito. Contudo, os pontos eram retirados por meio de fraude: ao transferir a multa para terceiros, tal empresa recebia o pagamento pelos serviços prestados e ganhava credibilidade, conseguindo novos clientes por meio de divulgação em redes sociais, principalmente motoristas de aplicativos – explicou o diretor do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), delegado Felipe Curi.

A investigação começou em julho de 2020, quando uma empresa de locação de veículos comunicou a não devolução de um automóvel. O carro havia sido transferido de maneira fraudulenta para uma pessoa sem autorização dela. Ao ser intimada para depor, a vítima alegou desconhecer o fato e afirmou que várias infrações de trânsito haviam sido anotadas irregularmente em seu nome. Ela disse que sofreu um acidente de trânsito e teve seus documentos divulgados nas redes sociais e, em seguida, várias fraudes foram feitas em seu nome em órgãos de trânsito.

– A empresa alvo da operação também está sendo investigada por retirar dos prontuários as multas aplicadas por agentes de trânsito no Aeroporto do Galeão. Os agentes apreenderam um vasto material para futuras investigações, que vão continuar. A Delegacia do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro solicita que pessoas prejudicadas com transferências de pontos e de veículos de locadoras para seus nomes de forma fraudulenta procurem a delegacia e façam o registro – disse o titular da unidade, delegado Adriano Marcelo Firmo França.

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