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Fotos/Divulgação

Estudantes da Rede Municipal de Educação de Niterói participaram do torneio escolar do Niterói Chess Open 2023: o III Aberto de Xadrez em Niterói. O evento aconteceu nesta quarta-feira (06), no Hotel H, no Ingá, e contou com a presença de escolas públicas e privadas da cidade, incluindo as escolas municipais Professora Bolívia de Lima Gaetho (Rio do Ouro), Francisco Portugal Neves (Piratininga) e Julia Cortines (Icaraí), além de representantes inscritos através da Biblioteca Popular Anisio Teixeira (Icaraí).

O evento Niterói Chess Open está na sua terceira edição, mas essa é a primeira vez que escolas da Rede participam. Para o secretário de Educação e presidente da Fundação Municipal de Educação, Bira Marques, é fundamental ver que as crianças da Rede estão ocupando esses lugares.

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“Queremos que as nossas crianças continuem desbravando e conhecendo novas atividades, principalmente aquelas que auxiliam no desenvolvimento e formação. O xadrez é um esporte extremamente interessante, mas que ficou um pouco esquecido com o uso das tecnologias. É muito bom ver esse resgate, e os benefícios que isso pode trazer para a vida dos jovens”, destacou.

Flávio Monteiro, professor de Educação Física da Escola Municipal Professora Bolívia de Lima Gaetho, é responsável por um projeto voluntário na escola, onde trabalha o xadrez com as crianças. O projeto começou em 2022 e funciona no contraturno, como uma atividade extracurricular. Flávio conta que muitos estudantes não têm nenhuma familiaridade com o xadrez.

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“Elas acham que é algo muito difícil, eu mostro que não é tanto assim, e eles descobrem que é uma atividade prazerosa. É uma oportunidade de apresentar algo diferente e trabalhar também as questões socioemocionais”, explicou.

Os estudantes Dayvid Ferreira e Lucas Pereira, ambos de 10 anos, fazem parte da equipe de xadrez organizada pelo professor. Eles foram para a competição representar a escola e disputaram seis partidas ao longo do torneio. Os dois venceram três rodadas e perderam as outras três.

“É a minha primeira vez em uma competição, então eu fiquei bem nervoso, mas acho que joguei bem e foi bem divertido”, afirmou Dayvid.

Já Lucas, acrescentou que tem praticado bastante, mas os treinos não acontecem apenas na escola: “de vez em quando, o treino é na escola, mas quando não entendo alguma coisa, eu treino em casa em aplicativos de computador”, contou.

A prática do xadrez proporciona novas descobertas, experiências e auxilia no desenvolvimento das crianças, aumentando a concentração, a paciência e o controle de emoções. O professor Flávio reforçou que, muitas vezes, as crianças recorrem a outras atividades durante o intervalo, como jogar bola, por exemplo, porque não têm contato com outras possibilidades.

“Depois que começamos a praticar o xadrez dentro da escola, eu percebi que no próprio recreio as crianças pediam o tabuleiro para ficar jogando e praticando o que aprendem no projeto, eu acho isso bem legal”, disse.

Apesar da animação e esforço dos pequenos, ainda não foi desta vez que conquistaram a vitória, mas eles seguem animados para a próxima edição, e querem voltar com uma equipe ainda maior.

 “Já conversei com a diretora e temos a ideia de oferecer para a escola inteira uma atividade como essa, para trazer mais crianças para eventos tão legais quanto esse. Independente do resultado, a participação é algo a se comemorar”, finalizou Flávio.

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